抖阴社区

                                    

Olhei pra Vinnie que mordia a lateral do lábio nervoso, ficamos assustados com aquilo, mais pensamento positivo, acontecia como a enfermeira disse", ficamos um bom tempo quietos no quarto, Vinnie andava de um lado ao outro e eu olhava pro teto esperando que Daisy voltasse.
Após pouco mais de meia hora a enfermeira voltou trazendo Daisy e com a pediatra e Dra Manuela que trazia papéis nas mãos, ela me entregou Daisy que dormia.
_"Aqui está ela", a enfermeira disse me entregando ela e eu sorri a segurando.

_"Sarah eu tô aqui com os papéis da sua alta, já assinados, tenho aqui receita, o relatório do parto, vou precisar que você assine, e vou te dar essa pasta com tudo, resultados dos exames, medicações usadas, tudo", ela disse entregando a Vinnie que trouxe pra perto de mim e eu assinei e Vinnie assinou também, logo ele teria que cuidar de pagar tudo então ele analisou tudo.
_"Pronto, você está de alta", ela disse eu assenti feliz.
_"Sarah, recebi Daisy agora a pouco com a queixa de engasgo né?", ela perguntou e eu assenti.
_"Ela ingeriu líquido amniótico, não é nada perigoso pra um bebê, mais pode ser pra um bebê prematuro, ela tá bem, até mais forte do que muitos prematuros que já vi mais eu não queria arriscar", ela disse eu já comecei a suar frio, Vinnie parecia não entender o que ela queria falar, mais eu já tinha sacado.
_"Eu queria manter ela por mais um ou dois dias aqui pra vistoriar esse engasgo", ela disse e eu já comecei a chorar.

_"Eu sinto muito, mais pensa que é pro bem dela, se acontece um engasgo desse em casa vocês saberiam como reverter?", ela perguntou, a resposta era 'não', mais mesmo assim eu não queria ir embora sem ela.
_"Mais como assim, ir embora sem ela?", Vinnie perguntou.
_"Infelizmente, mais o quanto antes ela eliminar o líquido e não tiver engasgo ela terá alta, mais eu gostaria de vistoriar isso", a médica falou, nem eu nem Vinnie queríamos aquilo, mais já estávamos cansados de querer algo e acontecer diferente e esse diferente era as melhores opções até a agora.
_"Como ela vai mamar?", perguntei.
_"Podemos voltar com o tubo", a médica disse e eu neguei, aquilo era invasivo demais, deveria doer, machucar, "ou podemos amamentar por mamadeira, mais você vai ter que fazer a ordenha e mandar o leito de todo o jeito, ou temos fórmulas, mais o leite materno é sempre a melhor opção, se quiser vim amamenta-la também você pode, pode passar o dia, você faz o que for do seu gosto", ela disse eu assenti.

_"Eu vou ter que levá-la então tá bom?", a médica disse e no fundo eu queria atacar aquela mulher por querer segurar a minha bebê ali, mais era só meu subconsciente querendo que eu atacasse todo mundo que queria impedir que Daisy fosse embora comigo, e eu sabia que aquilo, adiar a alta era pra cuidarem dela, pra terem uma confiança a mais pra quando ela fosse embora definitivamente.
_"Vou pedir pra que de mais um mama até ela cansar e vocês podem se despedir tá bom?", ela disse e Vinnie assentiu e as três se retiraram do quanto por um tempinho.
Olhei pra Vinnie que parecia chateado, mais não queria chorar pra não me desesperar, ele a pegou e a ninou por alguns segundos passando a mão pelos seus cabelinhos.
Sussurrou alguma coisa pra ela, baixinho demais e não consegui ouvir, era uma conversa só deles então eu fiquei quieta olhando pela janela, sentindo meus olhos ficarem lacrimejados, aquilo era um pesadelo.
_"Toma", Vinnie disse me entregando e saindo de perto limpando os olhos.

Daisy começou a mamar e sorri admirando ela.
Segurava sua mãozinha e guardava na memória cada centímetro de detalhes dela, era perfeita, fiquei um bom tempo a olhando quando a médica abriu novamente a porta após um bom tempo de mamada, era a hora de entregá-la.
_"Mamãe te ama filha", disse quando a médica colocou Daisy a caminha ao lado e saia empurrando, mais antes ela deu todas as garantias que aquilo era apenas preventivo, que não deveríamos se preocupar, ela cuidaria com muito carinho, que o hospital estava de portas abertas pra virmos aqui enquanto ela estivesse ali e saiu do quarto.

Foi elas fecharem as portas senti minhas lágrimas descer, Vinnie estava parado ao meu lado me fazendo um carinho nos cabelos.
Sem dizer nenhuma palavra eu e Vinnie nos organizamos, eu troquei de roupa, recolhi tudo meu do quarto, Vinnie fez duas viagens pra levar tudo pro carro, presentes, flores, balões, deveríamos levar tudo que pertencia a nos, mais o que queríamos que nos pertencia não poderíamos levar.

O caminho até em casa foi silencioso, Vinnie não sabia o que falar e em mim doía demais.
Vinnie dirigia com cuidado pra que não me incomodasse os pontos da cesária, estacionou em casa e chegar ali sem nossa bebê doía tanto em mim quanto em Vinnie, ele me ajudou a descer do carro e fazia movimentos lentos pois a cicatriz doía.
Assim que abri a porta entrando encontrei meus sogros e minha mãe parados nos olhando caminhei até minha mãe que me abraçou, Vinnie já havia avisado que Daisy não havia recebido alta então ninguém falou nada.
Mais assim que senti o abraço de minha mãe eu desabei a chorar, não era um choro como muitos que já havia dado, era um choro de desespero, eu gritei com a dor que sentia, só uma mãe pode saber o quanto dói quando não consegue trazer seu filho pra casa.
Meu desespero foi perceptível e Vinnie deixou as coisas no chão vindo correndo pra mim me segurando em pé, já que minhas pernas começaram a perder a força.

_"Sarah, Sarah, por favor, se acalma meu amor, vai ficar tudo bem, ela logo vem pra casa", Vinnie disse me abraçando.
_"E se acontecer algo lá com ela?", perguntei em meio ao choro.
_"Não vai, ela vai ficar bem, nada de ruim vai acontecer com a nossa filha Sarah, fica em pé, você vai abrir seus pontos amor, você não pode, vem comigo, vamos pro quarto", Vinnie disse me conduzindo pro quarto, tudo doía, meu coração doía, minha cicatriz doía, minha cabeça doeu.
Eu só queria estar com Daisy no meu colo.






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E SE ELA QUISER? ? VINNIE HACKER Onde histórias criam vida. Descubra agora