Seul: Cidade Sem Cora??o - Jikook Detetive

42. the other daughter

Mas e se ele estragasse tudo?

— Estaremos lá fora se você precisar de alguma coisa. — O guarda disse tirando Jimin de seus pensamentos sombrios.  

— Certo. — Jimin respondeu antes de atravessar o último limiar.

De uma maneira anticlimática, a sala de interrogatório estava vazia. Ele soltou um suspiro lento antes de colocar sua bolsa no chão e seu casaco emprestado nas costas da cadeira vazia. Jimin sentou na cadeira desconfortável, daquelas que dobravam no meio com almofada barata.

Enquanto esperava, ele pensou nas vezes em que conheceu Choi Hyukhe. Não houve muitas vezes, mas eles foram impressionáveis. A primeira vez foi na audiência com Namjoon, depois na mansão de Hyukhe, e finalmente no julgamento. Todas as três vezes Jimin se sentiu ameaçado, a primeira vez quando os olhos de tubarão de Hyukhe se aproximaram dele na audiência. A segunda vez quando Hyukhe deu a Jimin a sensação de que ele era de alguma forma perigoso para Hyukhe. A terceira vez foi quando este homem ameaçou deliberadamente sua vida. Jimin se lembrou de pensar que não gostaria de ficar sozinho com esse homem, e hoje isso ainda era verdade. Jimin estremeceu
com esses pensamentos e antes que pudesse se recompor as portas se abriram com um estrondo alto.

Jimin observou Choi Hyukhe entrar na sala.

O prisioneiro de uniforme azul entrou mais arrastado do que andado devido às correntes desajeitadas em seus pés e pulsos. Dois guardas da prisão caminhavam de cada lado, enquanto ditava suas ordens com tom áspero. As expressões faciais dos guardas eram estóicas como se eles também estivessem em um headspace, e Jimin rezou desesperadamente por coragem.

Para Jimin, a progressão foi quase cômica, pois os guardas moveram Choi Hyukhe e o forçaram a se sentar e começaram a prendê-lo na mesa. A ideia de passar um tempo sozinho com esse homem assustava Jimin. Ele quase deixou os guardas manterem as correntes no prisioneiro, mas parte dele sabia que Hyukhe nunca falaria com ele se ele fosse tratado como um cachorro.

— Por favor, removam as restrições. — Jimin disse aos guardas e eles congelaram a seu pedido.

— É contra a regulamentação. — Disse um deles.

— A menos que seja autorizado por alguém do Ministério da Justiça. — Jimin os lembrou.

Jimin estava ciente dos olhos afiados de Hyukhe sobre ele, mas ele fez questão de manter seu olhar no guarda que falou com ele primeiro. Sem outra palavra, eles removeram as correntes e se retiraram da sala. A porta se fechou e desta vez realmente parecia o final, o que o fez pular, mas ele conseguiu parecer que estava pegando seu bloco de notas.

Assim, Jimin pegou uma caneta e depois a gravação de voz que ele deveria usar. Ele não apertou o botão direito e, em vez disso, olhou para o pequeno botão vermelho. Jimin queria ignorar isso. Ele queria ignorar apertar este botão e jogar fora o protocolo e se tornar um desonesto. Pelo Taemin... para encontrar Taemin.

Jimin apertou o botão vermelho

— Data de hoje, 14 de novembro de 2019. 20:34. Duas pessoas presentes na sala, o crachá do procurador Park Jimin número xx-xxxx-xxxx. Na minha frente está o prisioneiro xxxx-xx nome legal Choi Hyukhe, por favor, indique seu nome para o registro. — Jimin disse decidindo que precisava seguir seu treinamento, pelo Taemin... para encontrar Taemin.

O silêncio na sala era palpável e estagnado. Jimin olhou para o homem que ainda estava esfregando os pulsos das amarras. Seus pequenos olhos estavam ampliados em Jimin, e levou toda a sua coragem para sair correndo pela porta.

— Choi Hyukhe. — O prisioneiro disse com uma voz baixa e áspera.

— Eu não tenho muito tempo, então vou direto ao assunto. — Jimin disse sem tirar os olhos do predador na frente dele. — Você estava ciente das afiliações de sua esposa com Jawang, Purple King?