— Eu acho que nós dois temos personalidades bem fortes e isso meio que se choca quando estamos juntos. Nada com a gente é mediano, é sempre oito ou oitenta. E sendo oito ou oitenta a resposta sempre é sexo. — riu.
— Quem está analisando quem agora? — sorri.
— Desculpa, doutora. — brincou. — E desculpa de verdade por voltar ao passado toda vez que a gente discute. É que eu sei que não há nada na sua vida atual que seja uma dor pra você. Não há nada de errado, você é realizada e feliz agora. Então a minha raiva busca falar de um tempo em que você não era tão segura. E isso é uma parte de mim que eu preciso concertar, além das outras dezenas de coisas que precisam de uma atualização.
— E eu sei porque você faz isso. — suspirei, me sentindo envergonhada. — Você não é burro ou idiota, nem um brutamontes. Às vezes você nem é babaca. — ri de leve e ele riu comigo. — Você é inseguro com você agora, não é?
— Eu nunca fui seguro, Lili. — sorriu sem humor.
Coloquei minha mão sobre a dele e o olhei com empatia.
— Desculpe falar essas coisas pra você. É difícil controlar a boca quando se está com raiva. E quando eu fico com raiva de você é difícil controlar todo o corpo. — admiti.
Ele olhou para mim como se estivesse pensando e naquele momento eu desejei poder ler a sua mente e decifrar o que aquele olhar queria dizer.
— Lili, eu posso te fazer uma pergunta? Mas você tem que me prometer que vai ser totalmente sincera. — aquilo parecia muito sério.
— Eu prometo.
— Você gosta de mim? Digo, não gostar como se gosta de um amigo, mas de uma forma mais... passional.
Travei ao ouvir aquela pergunta. O que eu deveria responder? Ser sincera ou mentir? De qualquer modo, eu parecia ter perdido toda a minha ligação com ele até agora e colocar mais lenha em uma fogueira apagada não faria a menor diferença.
— Eu nunca soube descrever como é estar apaixonada por alguém porque eu nunca estive. Eu achava que poderia ser algo parecido com sorvete na tpm. — sorri e olhei para baixo, mexendo na barra da minha saia. — Mas não é bem assim. É um misto de sensações, como se o meu coração estivesse em uma montanha russa eterna, viciante e que atrapalha todo o lado racional do meu cérebro. E sabe como eu descobri isso?
— Como? — ele nunca me olhou com tanta atenção quanto agora.
— Eu me apaixonei por você. — consegui dizer olhando nos olhos dele e por incrível que pareça, eu sustentei a minha expressão e não parei de encara-lo mesmo depois de admitir a coisa mais delicada que estava acontecendo comigo atualmente.
— Por que não me disse? — soltou o ar, parecendo lamentar a situação.
— Porque você disse que se isso acontecesse, o nosso acordo teria um fim. Eu não queria parar de ver você, tocar você... — tive que respirar fundo para não ficar melancólica.
Cole esfregou o rosto com as mãos como se estivesse chocado e com a mente longe do espaço que dividíamos agora. Deixei que ele processasse aquela informação e simplesmente me calei aguardando que ele dissesse as próximas palavras.

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Enemies with Benefits ???????????
FanfictionO colegial foi a pior fase para Lili, que era um 肠濒颈肠丑ê perfeito da nerd com poucos ou nenhum amigo que vivia sendo alvo de bullying. E o grande responsável por seus piores momentos era Cole Sprouse, o 肠濒颈肠丑ê do bad boy popular. N?o, ele n?o era cap...