enemies - Taylor Max

06

naquele momento, foi inevitável não descer meu olho sobre todo seu corpo, ainda não tinha falado nada, tava impressionada. além de ter crescido muito, de longe vemos um ratinho de academia. não sou mto alta, chego a ser a mais baixa atacante da seleção, com a alturas das líberos, mas pensava que ele era mais baixo.
não percebo o quanto estava encarando descaradamente seu corpo, fazendo ele ficar com um sorriso de canto em seu rosto. balanço a cabeça pra sair de todos meus pensamentos, tentando disfarçar a vergonha que estava sentindo agora.

- quanto você mede? - pergunto sem esboçar nenhuma vergonha ou desconforto.

- de altura, ou o tamanho do que você não para de olhar - encaro seu rosto e o garoto demostrava confiança em seu olhar.

- altura - pergunto sem ceder a sua provocação.

- um metro e oitenta, e o que você está olhando nunca foi medido - o desgraçado não tirava nem sequer por um instante o sorriso sarcástico do rosto. encaro-o de cima a baixo novamente, termino olhando em seu rosto e retribuindo seu sarcástico sorriso.

- você se acha o centro do mundo né - digo cruzando os braços.

- óbvio. eu sou o melhor, pretinha - falou também cruzando os braços, deixando o sorriso sarcástico sumir por um mísero estante e ser substituído por um genuíno, confesso que seu sorriso é lindo.

reviro os olhos e acabo fazendo o mesmo que ele ao ver do que acabei de ser chamada.  um ótimo apelido pra me provocar, o que aparentemente era tudo que ele queria.

não cede luna, não cede.

- honestamente, eu não acho que seja o centro do mundo - puxo a gola de sua camisa fazendo-o olhar diretamente em meu rosto - mas aparentemente tô sendo o centro do seu.

solto ele e saio esbarrando propositalmente eu seu braço, eu ein, que garoto folgado. desço as escadas sem olhar pra trás, mas sinto seu olhar queimar em minhas costas.

- finalmente né, foi fazer o carregador - Gabriel fala quando chego na sala.

- toma essa merda - o entrego seu carregador - esbarrei com um entulho no caminho. - desde quando éramos mais novos nossa relação sempre foi assim, entre provocações e brigas.

- o Taylor? - ele pergunta.

- quem mais seria? aquele garoto me tira do sério só em abrir a boca - falo me sentando.

- luna não se senta não, levanta vem - disse me puxando - os outros dois patetas tão lá na cozinha, vamo pra lá. - me levanto e o sigo até a cozinha, agora que percebi que os outros dois meninos não estavam com a gente.

Taylor Max

desço as escadas atrás dos meninos, e de comida também. mas antes mesmo de chegar na cozinha prenso minha atenção somente numa coisa, a risada de luna, que com certeza contagia qualquer um ao seu redor. chego na porta da cozinha e fico parado aqui, só observando a menina por um pequeno tempo. sua risada é doce, nem parece a mesma garota de 10 minutos atrás. confesso que sempre a admirei, mas nunca iria admitir.

- acordou né fi, finalmente - Bak fala bagunçado meu cabelo.

- pensei que tinha hibernado - flupy comenta.

- bem que podia - escuto luna falar um pouco baixo, e agora que lembro que a odeio, reviro os olhos em resposta.

- bem que você podia ir embora, sua voz me irrita, e sua risada é alta e escandalosa - mentira.

- não se preocupe, agora que você tá aqui não tenho a mínima vontade de ficar - disse se levantando, indo se despedir dos dois garotos.

não vai, não vai.

- eu e Bak já estamos de saída mesmo - ela continua conversando com os outros dois, enquanto eu fico de canto bebendo uma água pra ver se me saem esses pensamentos. a garota é irritante e chata, porque eu quero que ela fique?

- tchau manomax - Bak fala saindo dali. tava tão distraído que nem percebi que sua irmã já não estava mais no cômodo. apenas aceno com a mão para o garoto.

flupy e luna se deram muito bem, esse trio com o two vai tocar o terror.

primeiro encontro entre Max e lua, e que encontro.

os dois se admiram tanto quando não estão brigando, ou caindo na porrada, ou colocando fogo na casa. enfim, quando estão calados!

não sejam leitores fantasmas!
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