Future Ghosts. TWD

46. Eu sei, eu sei, eu sei.

Sua cabeça latejava enquanto ela segurava a arma firmemente em suas mãos, seu dedo pairando sobre o gatilho. Ela apontou para a cabeça dele. Não havia como ela errar esse tiro. Ela tinha que matá-lo. Ela tinha que fazer isso. Ele estava atirando em Carol, Carl, Maggie, Beth; sua família. Ela tinha que colocar suas vidas acima da dele.

Rosie nunca tinha matado alguém antes. Ela tinha matado zumbis. Muitos zumbis. Ela tinha matado coelhos, esquilos e veados. Nunca uma pessoa. Nunca. Mas ela tinha que fazer isso.

Então, Rosie puxou o gatilho. Um zumbido alto soou em seus ouvidos enquanto ela observava a bala atravessar a cabeça do homem. Ele caiu no chão da plataforma. Morto. Ele estava morto. A respiração de Rosie acelerou quando ela se aproximou dele. Lentamente, ela puxou a arma grande de sua mão e jogou a pistola de Glenn no chão, substituindo a arma pequena pela que o homem segurava.

Agachada, próxima ao chão, Rosie apontou a arma para fora das cercas, usando a mira para ver se Rick ainda estava lá fora.

Ele estava. E Hershel estava no quintal, deitado na grama. Mais alguns tiros disparados. Então tudo ficou quieto. Estranhamente quieto.

Um som baixo e estrondoso começou a ficar mais alto. Mais alto, mais alto, mais alto e mais agudo. Então estava na mira deles. Um caminhão laranja e branco saiu disparado pela estrada, seu motor rugindo alto enquanto aumentava a velocidade. O caminhão bateu nos portões, quebrando duas camadas de cerca como se não fosse nada. Ele saiu para o pátio, estacionando bem no centro.

Havia algum tipo de portão na parte de trás, e ele descia até o chão, tornando-se uma rampa. Os caminhantes começaram a tropeçar para fora do caminhão, indo direto para Hershel. Um homem saiu correndo do caminhão, seu corpo coberto por algum tipo de armadura. Mais tiros começaram a disparar e Rosie se moveu para mirar sua arma nos caminhantes.

O pátio agora estava cheio de caminhantes, cada vez mais vindos da floresta conforme os sons dos tiros os atraíam. Rosie tirou os caminhantes um por um da torre de guarda enquanto o Governador e seus homens voltavam para seus veículos.

Atrás dela, Rosie podia ouvir gritos altos. Era a voz de Rick. Ele ainda estava do lado de fora das cercas. Ela se virou, procurando por Rick através do telescópio. Seus olhos o encontraram empurrado contra uma cerca, com os caminhantes o cercando. Cuidadosamente, ela tirou todos os caminhantes que estavam a uma distância suficiente dele para que ela não o atingisse acidentalmente. Isso deixou Rick preso com dois caminhantes o prendendo contra a cerca, mais tropeçando para fora da floresta.

Rosie manteve os olhos na linha das árvores, esperando que mais caminhantes saíssem para o campo aberto. As folhas farfalhavam; ela sabia que eles estavam chegando. Mas quando olhou pela mira, o corpo que se empurrou através das folhas não estava morto. Estava vivo e segurando uma besta.

Deixando a arma cair, Rosie observou com os olhos arregalados enquanto Daryl atirava raios nas cabeças dos zumbis em Rick. Ela ficou ainda mais surpresa quando Merle saiu correndo de trás dele com uma haste de metal nas mãos.

Juntos, os três homens eliminaram os caminhantes que tinham vindo da floresta. Rosie se virou para o quintal. Ela não queria olhar para Daryl ou Merle. Isso fez seu rosto queimar. Então, ela se concentrou em colocar balas nos cérebros dos mortos.

Sua mira ficou mais desleixada enquanto ela disparava tiros cada vez mais rápidos, sua frustração aumentando dentro dela. Por que Daryl estava lá? Ele foi embora. Ele não voltaria. Ele foi embora e agora estava lá de novo. Ele não deveria estar lá. Por que Merle estava lá também? Por que o Governador tinha que vir? Por que ele simplesmente não os deixava em paz?

Eu matei aquele cara.

Rosie disparou tantos tiros que esvaziou a arma do morto. Ela a jogou no chão e pegou a pistola de Glenn novamente. Ela conseguiu matar mais quatro zumbis até que a arma também estivesse vazia. Ela largou a arma, rosnando de frustração. Suas mãos foram para o cabelo, puxando-o como se isso aliviasse a pressão que sentia dentro do crânio.