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Quando os risos altos e divertidos que vinham da sala tomaram conta da audição de Yeosang, ele perguntou-se como seria aquela sensação

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Quando os risos altos e divertidos que vinham da sala tomaram conta da audição de Yeosang, ele perguntou-se como seria aquela sensação. Ele não sabia, nunca sentiu vontade de rir, em nenhuma situação, nem mesmo com suas mães.

Não era um problema, sua vida era assim, não tinha muitas coisas que pudessem ser feitas. Mas, agora, Yeosang sentia algo estranho, uma pontada bem no fundo do peito, um incômodo no estômago e um peso diferente no corpo. Mesmo não entendendo o motivo dos risos, eles eram bons de ouvir, Kang sabia que não possuía sentimentos e qualquer coisa que estivesse ligada a eles.

O que era aquilo então?

A janela do quarto estava aberta, o sol brilhava do lado de fora e iluminava o cômodo com sua luz intensa. Yeosang caminhou até ela, vagando os olhos apáticos pelas ruas ao dia. Era tudo muito diferente de quando a escuridão tomava conta do mundo inteiro.

Humanos andavam de um lado para o outro, mesmo que em fluxos calmos, diferentemente de como era antes. Os barulhos relativamente altos soavam bagunçados, como uma sinfonia de pensamentos incoerentes. Yeosang não conseguia sentir nada, apenas observar, o que deixou sua mente mais bagunçada.

Quando o barulho da porta de entrada da casa ecoou pela residência parcialmente silenciosa, Yeosang escondeu-se atrás das cortinas brancas, observando, de longe, o humano que atravessava a rua quase deserta com passos saltitantes, como uma criança.

Kang o analisou antes de perdê-lo de vista. Ele era pequeno, talvez, menor que si, os cabelos brilhavam ao sol num tom de castanho médio, bem aparados e alinhados. O rosto era sereno, mesmo que um grande sorriso estivesse enfeitando a boca pequena. E os olhos, sérios, intensos, mesmo quando calmos.

Yeosang perdeu-se ali, naquela pequena visão, não notou quando Wooyoung adentrou o quarto num silêncio gritante, muito menos a atenção que ele lhe dava de uma maneira estranha, sem nenhuma linha de pensamentos formada.

Era uma incógnita.

- Podem acabar vendo você.- Yeosang virou-se rapidamente, ele sorriu, isso conseguia fazer, diferente de expressar risos, pois, era bem mais fácil.

- Ele é seu amigo?- Wooyoung olhou para a janela, para onde Yeosang voltou a prestar atenção.

- Sim... Somos praticamente da mesma família.

- Entendi.- Não entendia, mas Wooyoung não precisava saber disso.

- Você está com fome? Acho que perdemos um pouco a noção do tempo e, olha só, é meio-dia.

- Ah, na verdade, não estou. Mas, posso te fazer companhia se você quiser.- Yeosang se afastou da janela, sorrindo para o humano com leveza. Era quase estranho como estava sendo fácil para ele fazer a mesma coisa quase o tempo todo.

- Bem... Tudo bem. É chato ficar sozinho, você ficou sozinha demais, não é? Vamos.

Yeosang seguiu o menor assim que ele se virou para a porta e saiu do quarto, dizendo algo em um tom de voz baixo, Kang não conseguiu entender mesmo que sua audição fosse boa. Não entendia a língua.

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