抖阴社区

capítulo 13 Hailey

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*Toque da campainha

– Hailey? – A Mia chama-me.

– Hey.

– Vamos agora?

– Onde? – Pergunto confusa, porque realmente não sabia do que ela estava a falar.

– A casa do teu Stalker, vamos perguntar a vizinhança se sabe alguma coisa sobre ele ou sobre aquela casa.

– Achas que vamos descobrir alguma coisa?

–Se não tentarmos nunca saberemos.

–Ok, vamos.

E saindo da escola percorremos as assombrosas ruas de Savannah, que neste momento estavam tão escuras como se estivesse de noite, estava um frio horrendo que me fazia estremcer dos pés a cabeça e parecia estar a dar sinais de chuva brevemente.

Assim que chegamos ao bairro ao lado da casa abandonada, começamos a bater a porta dos vizinhos na esperança de conseguirmos informações sobre o tal rapaz da casa ou pelo menos sobre a história da casa, qualquer informação que nos conseguissem fornecer poderia nos ajudar a descobrir quem era o misterioso rapaz.

Batemos em uma, duas, três portas e não conseguimos obter nenhuma informação, ou não estava ninguém em casa ou os vizinhos não sabiam que estava a viver alguém naquela casa.

Insistimos em mais algumas casas, desta vez batemos na porta de uma casa antiga, tinha paredes amarelas e bastantes flores com lindas cores à volta da casa, provavelmente está seria a casa com mais vida e cor das redondezas.

Depois de esperarmos alguns minutos, já sem qualquer esperança de que iriamos descobrir alguma coisa, uma senhora entre os seus setenta ou oitenta anos, de cabelos curtos e brancos abre-nos a porta.

– Boa tarde, as meninas precisam de alguma coisa? – Pergunta a senhora, muito simpática.

– Boa tarde, pedimos desculpa por estar a incomodá-la. – A Mia diz.

– Nós estamos à procura de informações sobre aquela mansão que tem aqui perto meio escondida.

– Mas aconteceu alguma coisa lá?

– Não própriamente, é que, bem, eu faço vídeos para a internet onde exploro casas abandonadas e em um dos quartos do andar de cima tinha sinais de que alguém estava a residir ali e nós estávamos a procura de alguma informação que nos pudessem dar sobre o rapaz o sobre a história da casa.

– As meninas querem entrar? É uma longa história.

– Claro. – Eu e a Mia dizemos nos entre olhando.

A senhora cedeu-nos passagem para que pudéssemos entrar, era uma casa antiga mas muito limpa e arrumada, tinha diversas flores, quadros e bonecas de porcelana espalhadas por toda a casa.
Seguimo-la até à cozinha, onde ela nos ofereceu umas bolachinhas e chocolate quente preparado por si, que por sinal está incrivelmente bom.

– Então as meninas querem informações?

– Sim. - Dissemos em conjunto.

– Bom, eu já vivi aqui há muitos anos, conheço todos os vizinhos, mas o que aconteceu naquela casa foi uma tragédia.

– O que aconteceu? – Pergunta a Mia curiosa como sempre.

– A alguns anos atrás vivia uma família naquela casa, era um casal com um filho, o menino era novinho ainda, devia ter por volta dos seus oito ou nove anos, nesse dia o menino estava a brincar na parte de fora de casa e os pais estavam lá dentro, não sei ao certo o que aconteceu mas a casa incendiou.

– E o que aconteceu a seguir? – Pergunto.

– O fogo foi se espalhando e por ser uma casa muito grande, quando deram por isso, o incêndio já se tinha espalhado o suficiente para impedir que os pais do menino conseguissem sair e eles acabaram por morrer dentro da casa.

– E o menino o que lhe aconteceu?

– Nessa hora eu estava a regar as minhas flores, quando eu senti cheiro de queimado, olhei para o lado e vi bastante fumo aqui perto, decidi ir ver onde era, quando lá cheguei estava o menino a chegar ao portão e a pedir ajuda, eu liguei para os bombeiros mas já era tarde demais, ninguém conseguiu ajudar os pais dele. – Disse pensativa. – Depois o menino ficou comigo até chegar alguém para resolver a situação dele pois eu não podia ficar com ele ilegalmente.

– Ele foi para uma instituição? – A Mia pergunta.

– Sim ele ficou lá algum tempo, eu ia visitá-lo todas as semanas, mas um dia quando lá cheguei informaram-me de que ele tinha sido adotado.

– Sabe me dizer á quanto tempo isso foi? – Pergunto impaciente.

– Á coisa de nove anos talvez.

A Mia olha imediatamente para mim e pela cara dela não preciso que ela me diga o que está a pensar.

– Poderia dizer-nos como o menino se chamava? – A Mia pergunta, mais num tom de imploração do que de curiosidade.

– Dylan, o nome dele é Dylan Ballard.

Uma onde de choque percorre pelos nossos corpos imediatamente, eu sabia que a probabilidade de haver mais algum Dylan com o mesmo apelido na nossa cidade era praticamente nula e eu não estava a acreditar no que tinha acabado de ouvir.
Seria possível? Será que seria possível o meu Dylan ainda estar vivo?

Afinal a Mia tinha razão, mentiram-me, durante todos estes anos eu achei que ele tivesse morrido, mas afinal era tudo uma grande mentira, ele tinha sido levado para outra casa, para outra família.

–As meninas estão bem? – A senhora pergunta apercebendo-se da nossa reação.

– Era o meu melhor amigo de infância... Eu achei que ele tivesse morrido, pelo menos foi o que me disseram.

– Minha querida, sinto muito, mas ele está vivo e podes vê-lo quando quiseres.

– Como assim posso vê-lo quando quiser? – Pergunto confusa.

– Ele é o rapaz que está a viver naquela casa, ele voltou, eu tenho ajudado sempre que ele precisa de alguma coisa.

– Não acredito. – Digo baixinho, mas é o suficiente para me ouvirem.

– Ele deve estar lá neste momento ou quase a chegar.

– Muito obrigada pela sua ajuda. – Digo á simpática senhora que nos ajudou.

– Voltem quando quiserem.

Concordo e a senhora acompanha-nos até á porta de sua casa despedimo-nos e vamos embora.

– O que vais fazer agora? – A Mia pergunta.

– Eu vou até á casa dele.

– Queres que vá contigo?

– Não, tudo bem eu vou sozinha.

– Ok, depois falamos melhor.

– Está bem. – Faço-lhe adeus e ela vai embora deixando-me sozinha.

Fico parada por uns instantes a pensar o que vou fazer ou dizer, mas logo depois dirigo-me para a casa do Dylan.

Encontramo-nos Na Escurid?oOnde histórias criam vida. Descubra agora