Josh queria se casar.
Any queria terminar.
Depois de dois anos juntos, Any come?ou a sentir que o futuro deles era uma grande interroga??o. Josh era incrível, mas algo n?o se encaixava, e ela n?o sabia se seria justo continuar em um relacionamento s...
— Que droga, Josh! Não é porque você é bagunceiro e meio porco que eu tenho que viver em um chiqueiro!
Ele continuou olhando para a tela do notebook, os fones nos ouvidos, como se eu não estivesse ali.
— Any, eu estou em reunião. — Seu tom ríspido cortou o ar, e um nó se formou na minha garganta.
Cruzei os braços, furiosa.
— E eu também trabalho o dia inteiro! Mas, ao contrário de você, eu ainda preciso chegar em casa e lidar com essa bagunça. Não é só sua toalha no chão, são suas roupas espalhadas, os copos largados por aí, os papéis jogados pela sala. Eu sou sua esposa, Josh, não sua empregada!
Ele suspirou pesadamente, fechando os olhos por um breve momento antes de finalmente me encarar.
— Meu Deus, Any, será que dá para não fazer drama por besteira?
Minha paciência se esgotou no mesmo instante.
— Besteira? — Minha voz saiu cortante. — Você chega em casa, se joga no sofá, larga tudo no caminho e espera que eu resolva! A diferença entre nós é que eu me importo. Eu tento manter as coisas em ordem. Eu tento manter isso funcionando.
Ele tirou os fones e se levantou, cruzando os braços.
— Se te incomoda tanto, ninguém está te obrigando a ficar.
A dor que suas palavras causaram foi quase física, mas eu engoli em seco, me recusando a desviar o olhar.
— Talvez eu esteja começando a perceber isso.
O silêncio que se seguiu era sufocante. Ele passou a mão pelos cabelos, desviando o olhar, mas não disse nada. E, pela primeira vez, senti que talvez ele realmente não se importasse.
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2024
— Já não era pra você ter tirado essa faixa da cabeça? — questionei de longe, franzindo a testa ao ver Josh lavando a louça.
Ele virou o rosto para mim com uma expressão confusa, depois ergueu a mão, passando os dedos pela bandagem como se só naquele momento tivesse se lembrado dela.
— Ah... é. — murmurou, pensativo. — Mas sei lá, achei que dava um charme.
Cruzei os braços, me encostando no batente da porta.
— Charme? Você bateu a cabeça, não virou protagonista de drama coreano.
Ele riu, enxaguando um prato antes de colocá-lo no escorredor.
— Fala sério, ovelhinha. Eu pareço um sobrevivente misterioso de um apocalipse ou não?
— Você parece um teimoso que esqueceu de seguir as recomendações médicas.