抖阴社区

Capítulo 40 ?

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Colin

Um mês e duas semanas me separaram de Penelope, parecendo a cada dia em que eu acordava uma tortura maior do que o dia anterior. Foram dias sem o toque e o cheiro dela, dias escutando a risada através de uma chamada ou ela falando que sentia minha falta com os olhinhos cabisbaixos.

Agora, enquanto dirijo de Mayfair até Londres, o mundo enfim parece brilhar com mais intensidade, depois de passar na casa de meus pais, eu enfim estava indo para casa. A minha casa e com isso eu quero dizer Penelope.

Ainda consigo sentir o leve gosto do café que minha mãe me fez tomar antes de sair, só para garantir que eu ficaria em alerta. Eu me reviro um pouco no banco, tentando me acomodar enquanto a estrada parece se estender diante de mim. A vontade de acelerar e chegar o mais rápido possível é enorme, mas prometi a ela que iria com cuidado, e não quero me preocupar.

Uma parte de mim está ficando em Mayfair agora, mas eu sigo caminho até onde o meu lar se encontra. A falta que Penelope me faz é algo que nunca pensei que sentiria com tamanha intensidade, como se cada segundo longe dela fosse uma eternidade. E a ideia de vê-la adormecida, quieta, sem saber que eu estarei lá ao acordar, bom, só o pensamento já me deixa com um sorriso bobo no rosto.

Pego a estrada principal, os primeiros raios de sol começam a surgir no horizonte. A luz dourada toca a linha de árvores ao longo, e o dia se abre aos poucos. Minhas mãos seguram firme o volante, enquanto eu passo os olhos pelo céu que começa a mudar de cor, como se o universo estivesse me empurrando para mais perto dela.

Assim que estaciono o carro na frente do prédio, solto um longo suspiro. O coração bate rápido, antecipando o momento de finalmente tê-la nos meus braços depois de tanto tempo. Pego minha mala no banco do passageiro e sigo para dentro, tomando cuidado para não fazer barulho ao abrir a porta do apartamento.

Assim que entro, Charlotte vem correndo em minha direção, suas patinhas fazendo um leve som no chão de madeira. Seu rabo balança freneticamente, e ela solta um latido animado antes que eu me abaixe para pegá-la.

- Shhh, minha filha... - murmuro, rindo enquanto ela lambe meu rosto. - Senti sua falta também.

Faço um carinho atrás da sua orelha, e ela solta um suspiro satisfeito. Largo a mochila perto da entrada e caminho na ponta dos pés pelo corredor. A porta do quarto está entreaberta, e, ao empurrá-la com cuidado, meu peito se aquece com a visão diante de mim.

Penelope está deitada na cama, os fios ruivos espalhados pelo travesseiro, a respiração calma. O cobertor cobre seu corpo até a cintura, e uma de suas mãos repousa ao lado do rosto, relaxada.

A cena é perfeita.

Fecho a porta atrás de mim e me aproximo devagar. Sento-me na beira do colchão, observando-a por alguns segundos, como se minha mente precisasse confirmar que ela é real. Então, deslizo para debaixo das cobertas e envolvo sua cintura, puxando-a delicadamente contra mim.

O calor do seu corpo me invade no mesmo instante, e suspiro contra sua nuca.

Ela se remexe um pouco e solta um murmúrio sonolento.

- Hmmm...?

Minha boca roça sua pele quando sussurro:

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