RED PHANTOM |+18| Ap¨®s o Blip, Harley Collins Stark tenta, a todo custo, viver uma vida pacata. Mas como uma supersoldada treinada pelas Vi¨²vas Negras e HYDRA, ela nunca vai conseguir se esconder do seu passado. Quando supersoldados come?am a perseg...
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Harley Collins Stark nasceu com um destino pesado demais para carregar. Ser uma Stark não significava riqueza ou poder para ela; significava se tornar uma arma em um mundo onde ninguém podia ser confiável. Mas ela nunca protestou, nunca questionou tais decisões, pois era jovem demais — uma criança presa em uma teia de pessoas perigosas e sem qualquer sanidade. O que poderia fazer?
Edward Stark, irmão mais velho de Howard Stark, era uma sombra na história da família — um homem que trocou ciência por poder, aliando-se à Hydra e à Sala Vermelha. Harley foi o preço dessa aliança.
Harley Stark é a única filha de Edward, e ninguém — absolutamente ninguém da família — sabe de sua existência. Sua mãe, uma imigrante mexicana, morreu após o parto em circunstâncias desconhecidas. A infância de Harley terminou aos quatro anos, quando foi enviada à Sala Vermelha para se tornar uma Viúva Negra. Aos dezessete, sua transformação estava completa — uma arma letal esculpida por sangue, dor e disciplina. Mas seu destino não parava por aí.
A Hydra também a esperava, planejando implantar nela o soro do supersoldado, já que ele havia funcionado no lendário Soldado Invernal. Com o treinamento das assassinas mais letais do mundo e o soro do supersoldado em seu sangue, Harley foi considerada a supersoldada mais perigosa do mundo — para alguns, até mais letal que o próprio Soldado Invernal.
A supersoldada enfrentou inúmeros desafios, incluindo missões ao lado do Soldado Invernal sempre que a Hydra julgava necessário. A conexão entre a Sala Vermelha e a Hydra se devia ao financiamento de Edward Stark, que investiu no treinamento de sua única filha para torná-la uma arma temida mundialmente. É desnecessário dizer que esse plano funcionou perfeitamente.
Red Phantom — esse era o nome sussurrado para amedrontar crianças e fazê-las temer até a própria sombra, pois nem mesmo ela era confiável. Harley Stark era rápida, letal e imparável. Quando entrava em cena, o desfecho era sempre o mesmo: ela saía viva, e os outros, mortos. Sua presença era o combustível dos piores pesadelos.
Quando a supersoldada atingiu o auge de sua reputação, Edward Stark morreu. Pouco tempo depois, Howard Stark também foi assassinado pelo Soldado Invernal. Harley mal lamentou a perda de sua família — nunca conheceu Howard além do que ouvia, e, quanto ao pai, a relação entre eles nunca foi de pai e filha, mas sim de soldada e superior.
Entre missões sangrentas, Harley e o Soldado Invernal encontraram algo inesperado: um ao outro. Mesmo sem entenderem completamente, havia uma conexão que os fazia sentir algo além de vazio — algo que nenhum deles ousava nomear. A única certeza era que, quando estavam juntos, não eram apenas soldados — eram duas pessoas que, de alguma forma, encontravam paz na presença um do outro.
Certa tarde, antes de mais uma das inúmeras sessões que a Hydra realizava com o assassino, Harley conseguiu um raro momento a sós com ele. Agachada à sua frente, sentiu as lágrimas brotarem enquanto James mantinha o olhar fixo no vazio, apático como sempre ficava antes de sua "terapia".
— Você e eu vamos conseguir fugir daqui, ser livres — prometeu Stark. — Lembre-se da força que tem. Da força que temos juntos.
O Soldado Invernal não respondeu. Nenhuma reação, nenhuma mudança em sua expressão. Se fosse outro momento, talvez demonstrasse algo.
Bucky Barnes. Esse era seu nome, um nome que, em breve, seria apagado como sempre acontecia quando o submetiam ao tratamento. Saber que Harley estaria lá quando acordasse para lhe contar quem ele era, o que fazia e o que havia acontecido não o confortava. Era um sistema secreto, algo que apenas os dois conheciam.
— James...
— Você não entende? Não há escapatória possível. Eu sempre serei o Soldado Invernal. Sempre serei um assassino.
Harley sentiu a agonia daquelas palavras, mas não recuou. Pelo contrário, segurou as mãos dele com firmeza e, em um gesto que não se permitia ter com mais ninguém, beijou-as com carinho.
— Não importa quanto tempo passe. Para mim, você sempre será você, James.
Havia peso nas palavras dela, e ambos sabiam disso. Aquela era a promessa que compartilhavam — a de que, independentemente do que acontecesse, do que o futuro lhes reservasse, sempre teriam um ao outro.
Depois daquele momento específico, a Hydra e a Sala Vermelha entraram em uma espécie de guerra, o que acabou separando os dois soldados. Na última vez que se encontraram, Harley e o Soldado Invernal estavam em lados opostos. A Hydraos colocou para lutar, e, quando o golpe final chegou, ele não a reconhecia mais. Ela, por sua vez, não conseguiu levantar a arma contra ele. Em vez disso, escolheu desaparecer, forjando a própria morte e se tornando uma lenda que ele nunca saberia se era real.
Harley Stark tentou viver uma vida normal por anos, até encontrar sua paz em Nova York. Mesmo assim, nunca deixou de acompanhar os passos do assassino e de seu primo, Tony Stark, um dos Vingadores. A solidão não a consumia, pois sempre se manteve ocupada observando os dois homens — cada um por sua própria razão.
Durante o Blip, considerou inúmeras vezes aparecer diante de Tony, disposta a ajudar os Vingadores na crise que assolava o mundo, mas nunca o fez. O motivo? Nem ela mesma sabia. O mesmo aconteceu quando ela pensou em se apresentar diante de James. Sempre que estava prestes a fazê-lo, algo a fazia recuar.
Na guerra contra Thanos, sentiu alívio ao saber que nem Bucky nem Tony haviam sofrido danos permanentes. Ambos estavam bem, vivos. De alguma forma, isso a fez feliz. Ela nunca conheceu Tony pessoalmente, mas o acompanhava tanto que sentia como se o conhecesse. No fim, ele parecia ser a única família que lhe restava e, talvez, o único em quem poderia confiar.
Um ano e meio após a vitória contra Thanos, Harley Stark tenta viver nas sombras. Ao lado de Merle Torres, um empresário com segredos próprios, ela luta para enterrar o passado. Mas alguns nomes — James Barnes e Tony Stark — nunca deixaram sua mente. Afinal, o passado tem uma maneira cruel de voltar quando menos se espera.