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Os dias que se seguiram ao confronto com Chan foram uma mistura de confusão e silêncio. S/n não sabia o que fazer com as informações que tinha, e a verdade parecia se expandir, criando uma distância cada vez maior entre ela e ele. Chan havia prometido protegê-la, mas, ao mesmo tempo, ela não sabia se ainda podia confiar nele.
Ela não havia falado com ele desde aquele dia no estacionamento. As mensagens eram curtas e sem emoção, como se ambos soubessem que estavam apenas adiando a decisão final. S/n sabia que precisava entender tudo o que estava acontecendo, mas, ao mesmo tempo, sentia uma necessidade crescente de se afastar, de encontrar seu próprio caminho. O que ela sentia por Chan, por mais intenso que fosse, não era mais suficiente para encobrir as mentiras e os segredos.
Uma manhã, enquanto ela olhava pela janela de seu apartamento, o som do celular quebrou o silêncio. Ela hesitou antes de pegar o aparelho, mas sabia que não poderia ignorar para sempre. O número que apareceu na tela fez seu coração parar por um instante.
Era Chan.
Ela respirou fundo e, com um movimento decidido, atendeu a ligação.
- S/n... - a voz de Chan veio do outro lado, carregada de uma tristeza que ela não conseguia ignorar. - Eu sei que você precisa de tempo. Eu entendo. Mas preciso que você saiba que estou fazendo tudo isso por você, mesmo que de uma maneira errada. Eu... não posso mais te esconder a verdade. Não de você.
Ela ficou em silêncio, os dedos apertando o celular com força. Ele estava tentando se justificar, como sempre, mas ela já não sabia mais se as palavras dele ainda significavam algo.
- Eu já ouvi tudo, Chan. - Ela falou com uma calma que ela mesma mal reconhecia em si. - Eu já entendi o suficiente. Eu... eu só não sei se posso continuar nisso.
Ela sentiu uma dor crescente em seu peito, como se estivesse se despedindo de algo que sempre quis, mas sabia que não poderia mais ter. A sensação de traição ainda queimava dentro dela, mas, acima disso, havia uma necessidade de seguir em frente. Ela não podia mais viver nas sombras das mentiras de Chan.
- Não, S/n, por favor. - Ele implorou, sua voz ficando mais desesperada. - Eu te amo. Você sabe disso, sabe que tudo o que fiz foi para tentar te proteger. Eu só... Eu só não quero te perder.
Aquelas palavras fizeram seu coração vacilar. Ela se sentiu perdida por um momento, o amor que sentia por ele ainda estava lá, mas agora tudo parecia mais sombrio. Como alguém poderia amar outra pessoa e ainda envolvê-la em algo tão perigoso e sujo?
Ela fechou os olhos, sentindo o peso da decisão. Ela sabia que não podia continuar vivendo essa mentira.
- Eu não sei se posso fazer isso, Chan. Eu realmente não sei. Você me colocou em uma posição impossível. E, no fundo, eu sei que, se continuar ao seu lado, eu nunca vou ser capaz de me perdoar por isso. Eu preciso encontrar o meu próprio caminho agora. Não posso mais ser parte disso.