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LIANA BARNES ERA, sem dúvida alguma, uma fonte inesgotável de problemas. Desde pequenas causas até as maiores já vistas, agora com seu pequeno jornal online - enquanto ainda tinha seu trabalho na New York Times, a...
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LIANA MAL CONSEGUIU DORMIR, sua ansiedade para o dia seguinte era tanta que ela apenas revirava na cama, escutando resmungos de Joaquin ao seu lado, até que desistiu e desceu para a sala a procura de seu notebook – que se lembrou ter emprestado para Annelise. O barulho do lado de fora lhe chamou atenção, mas as duas da manhã e com um sono desregulado ela não se considerava tão autossuficiente assim.
O barulho voltou a chamar sua atenção, se parecia com um telefone tocando e tão perto que ela podia sentir seus ossos estremecerem, não era um toque comum, e isso a assombrava. Engoliu seco, olhou para a porta de entrada e depois para a escada até o segundo andar, o toque ficando cada vez mais proximo, seus pelos se arrepiando.
Liana não conseguia se mexer, não tinha coragem o suficiente para chamar por Joaquin, foi quando o barulho parou e um telefone foi jogado para dentro pelo espaço de correspondências. Seu coração acelerado, o medo crescendo por todo o seu corpo e os olhos arregalados, a mulher precisava tomar uma decisão rapido, aquilo poderia ser uma bomba prestes a explodir ou apenas uma brincadeira de muito mal gosto de algum vizinho.
Antes que algum outro pensamento chegasse em sua cabeça, ela correu até o telefone e destrancou a porta o jogando para fora. Esperou por 5 até 10 minutos, e quando percebeu que nada iria acontecer abriu a porta novamente – não sem antes segurar uma arma.
Caminhou desconfiada ate o aparelho e arqueou uma das sobrancelhas quando notou ele piscar em preto e branco por alguns segundos, Liana só se lembrou de jogar o celular no bueiro mais próximo e voltar para sua casa, se deitando na cama como se nada tivesse acontecido.
— Amor? – Joaquin balbuciou, abrindo os olhos com dificuldade — Onde você tava?
— Fui no banheiro.
— Ta gelada... – concluiu quando a puxou para perto — Ta tudo bem?
— Sim, Joca. Tudo bem. – ela sorriu para ele, um sorriso forçado, mas o unico que Joaquin estava recebendo nos ultimos meses
O militar franziu as sobrancelhas, passando a mão no rosto dela e em seguida deixando um beijo em sua bochecha. Aconchegou Liana em seu corpo, fazendo com que a mulher deitasse com a cabeça sobre seu peito. Suas mãos acariciavam seu cabelo em uma tentativa de tirar tudo que a aflingia, mas os ultimos meses tinham sido difíceis e, de repente, ela não parecia mais querer se abrir com ele.
Não se lembrava qual fora a última vez em que Liana falou qualquer outra coisa que não fosse o ressentimento com seu pai, ela estava em seu direito de sentir, Joaquin nunca negaria isso, mas se alguma outra coisa a aflingisse, ela fugia para o tatame.
Liana não desabafava e parecia não sentir mais o minimo de apego por ele, seus olhos não brilhavam mais e ela parecia viver no automático, para tudo.