Dangerous Man |Jjk+Pjm|

[VII] Greedy

— Tudo bem.

Depois de uns vinte minutos, estávamos, enfim, à mesa de nosso restaurante favorito daquele bairro. Lá, a refeição era simples e deliciosa. Parecia que estávamos em casa... Além de que o cheiro de comida típica junto com o de gordura de barriga de porco era muito aconchegante.

— Porra, eu tô com fome para um excelentíssimo senhor caralho — Taehyung falou quando voltou do banheiro.

— Estamos — eu e Jin acabamos por responder em conjunto, o que nos fez rir de leve.

— O que vocês estavam discutindo que o Jimin reclamou que você não se aguentava o cu? — Tae levou um copo de refrigerante à boca depois de perguntar, sem papas na língua, o que eu queria saber a conclusão.

— Jackson foi para a China.

— Eu vi! Saíram algumas notícias dele. Tenho um colega que é contratado da Wang Entertainment. Eles estavam comemorando porque Jackson iria abrir uma filial no país de origem dele. Ficaria mais fácil para ele recrutar novos contratos.

— Uma boa jogada dele. É inteligente — argumentei, enquanto pensava por alto nos negócios de Jackson.

Ele é um bom cliente.

— E você acha que eu fico com gente burra? Além de gostoso, rico, ainda é inteligente — Jin se gabou, levando as mãos ao fios coloridos. Naquele seu tique de superioridade.

— O mal humor foi embora? — Minha cara de deboche fez Taehyung gargalhar.

De fato, Jin, às vezes, é alguém que muda de humor muito rápido. Ele é uma pessoa de bom coração, que não costuma guardar rancor ou mágoa por muito tempo. Mas tem uma diferença em ser alguém bom e em ser alguém leviano. Ou trouxa.

E isso, Kim SeokJin não era.

De jeito nenhum.

Nunca queira ver este homem irritado de verdade... Ele pode ter uma aparência angelical, e ser gentil, mas consegue destruir qualquer um, seja emocional ou fisicamente.

Eu agradeço por ser amigo dele, e desejava sorte para Wang. Ele teria que conseguir boas desculpas...

— Ah, deixa eu contar. Vocês sabiam que ele foi acompanhado?

— Caralho, Jeon — Jackson caiu, por fim, na cama, ao lado de meu corpo, e respirou fundo.

Eu mordi meu lábio e fechei meus olhos, afundando meu rosto no travesseiro. A vontade de gritar para ele terminar o serviço e me fazer gozar era grande, mas engoli minha malcriação e decidi levantar dos lençóis da cama.

— Vou tomar um banho — fui em direção ao grande banheiro. Tranquei a porta, para não ter nada interrompido e grunhi irritado. Quando só isso não foi suficiente para minha frustração, soquei a parede de maneira bruta. — Que porra!

Me senti sujo ao entrar no box. Não era para eu estar me sentindo daquele jeito. Era tudo tão normal e tão natural...

Não era para eu me sentir daquele jeito.

A água gelada caiu em minha cabeça e escorregou por minhas costas e, então, pude sentir meus pensamentos sendo interrompidos. A diferença de temperatura não era nada gentil e foi apenas eu me acostumar com ela que, quando fechei os olhos, não estava mais no banheiro do hotel em Hong Kong. Mas sim no banheiro da Dangerous, em Seul.

Com Park Jimin me tocando.

Apenas a lembrança de seu toque me acendeu de uma forma insana. De uma maneira que me queimava e fraquejava.