*Boa noite!! Mais um capítulo pra vocês :)) Espero que estejam gostando e estou sempre aberta a críticas e/ou sugestões*
***
Domingo - 25 de novembro
O plantão da morena acabou assim que ela saiu de sua cirurgia na madrugada. Tudo o que ela queria agora era sua cama. Estava derrotada. Então, como sempre quando isso acontecia, ela tomou café em uma cafeteria perto do hospital para chegar em casa e só dormir depois de um banho relaxante.
Arizona, por outro lado, estava muito bem descansada e acordou cedo. Ficou grata quando entendeu que havia se acostumado com o fuso. Deixou que Sofia dormisse até a hora que quisesse e foi preparar o café da manhã para elas apesar de estar sem fome e optar apenas pela sua cafeína que não podia faltar. Imaginou que a essa hora a latina já estaria voltando para casa, mas preferiu não incomodá-la por saber o quão cansada a mulher provavelmente estaria. Também com isso em mente percebeu que talvez ela tivesse que ficar responsável pelo almoço dessa vez e um certo desespero a atingiu. "Eu vou fazer merda, certamente". Preparou o café já pensando no que poderia fazer no almoço. "Melhor não tentar fazer nada extraordinário... humm será que tem frango?" Foi até a geladeira enquanto bebia café e comemorou ao ver a bandeja com o filé. "Estrogonofe it is! Kepner faz um maravilhoso, só ligar pra ela e pedir umas dicas. Resolvido". Tendo decidido isso, foi para a sala com seu café onde continuou a solucionar os assuntos pendentes da clínica em seu notebook. Sofia não demorou a acordar e comer o café da manhã que a loira fez. Depois sentou ao lado dela no sofá com seu livro.
- Que que você acha de estrogonofe para o almoço, ahn? - perguntou à menina depois de um tempo.
- Sério? Eu amo estrogonofe. Você sabe fazer?
- Bom... você pode me ajudar. E a tia April também.
- Ela está aqui? - animou-se.
- Não, meu amor. Infelizmente não. Ela pode ajudar pelo telefone.
- Ah... isso parece divertido. Por mim tudo bem. E cadê a mama?
- Ela está, provavelmente, dormindo. Você sabe que ela trabalhou de madrugada, então ela deve estar cansada. Aí a gente vai fazer o almoço pra ela.
- Ótimo. Já é para começar?
- Não, Sof. Está cedo ainda - não passava das 10:20 am.
- Então quando for pra fazer me avisa - Ari deixou um beijo em seus cabelos. - Mãe - chamou depois de um tempo.
- Oi - continuou com sua atenção no notebook.
- Você sente falta de Seattle? - a pergunta trouxe os olhos azuis para ela.
- Por que está perguntando isso? - a menina juntou as mãos e abaixou a cabeça, igualzinho à Callie quando demonstrava nervosismo.
- Porque você ficou triste falando que a tia April não está aqui.
- Eu sinto sim - não queria mentir para ela, mas talvez devesse porque a menina começou a querer chorar. - Ei ei ei! O que foi, meu amor? - largou o notebook imediatamente e colocou total atenção na criança.
- É minha culpa que você não está mais lá. Com seu emprego, seus amigos, sua namorada - disse fungando. Arizona estava sem saber o que fazer.
- Claro que não, Sofia.
- É sim, mommy. Por minha causa você veio para cá. Me desculpa - iniciou um choro que rasgava o coração de Arizona.
- Ei ei! Para! Olha pra mim - colocou a mão no queixo da menina levantando seu rosto. - Vem aqui - indicou seu colo para que ela sentasse de frente para ela. - Presta muita atenção no que vou te dizer agora, tá bom? - a menina apenas assentiu com os olhos marejados. Arizona limpou suas lágrimas enquanto dizia: - Não há nenhum outro lugar no mundo que eu prefira estar que não seja junto com você. Nenhum. Eu senti muito a sua falta quando eu estava lá em Seattle e você aqui em Nova York. Era tanta que até doía. E quando você foi morar comigo de novo eu percebi que onde você estiver é onde eu quero e tenho que estar. E sabe por que? - Sofia negou. - Porque você é minha filha, meu bem mais precioso, a coisa que eu mais amo nesse mundo todo.
- Todinho? - perguntou manhosa.
- Todinho, meu anjo. Eu amo você muito muito muito muito! - deixou vários beijos em seu rosto fazendo a menina rir fraquinho. - E quer saber mais?! - não sabia se seria realmente uma boa ideia ou não falar isso, mas queria confortá-la.
- O quê? - perguntou curiosa com as mãos no rosto da loira.
- Eu estava morrendo de saudades da sua mãe - sussurrou para ela, que arregalou os olhos surpresa e começou a esboçar um sorriso.
- Sério?
- Muito, mas não conta pra ela. É nosso segredinho, tá bom?!
- Tá bom - sorriu. - A gente vai ser uma família de novo?
- Sofia, nós nunca deixamos de ser uma família. Mesmo separadas, a gente é uma família, porque família é amor e a gente vai te amar pra sempre e independente de qualquer coisa.
- Mas a gente vai ser junto de novo alguma vez?
- Eu torço para que sim, franguinha.
- Eu também, mommy. Posso contar um segredo? - perguntou travessa.
- Claro, meu amor. O que é? - estava curiosa e ainda limpava os resquícios de lágrimas dela.
- O meu maior sonho é ver você e mama juntas de novo - Arizona sorriu.
- É mesmo? Maior do que ir na Disney?
- Muito maior!
- Então vou ter que te contar um outro segredo.
- O quê?
- É o meu maior sonho também - fez cócegas nela e a menina gargalhou.
- Eu te amo, mommy. Obrigada por cuidar de mim. Eu tenho as melhores mães do mundo - abraçou-a forte.
- A gente sempre vai cuidar de você. Sempre - segurou o choro.
***
Quando chegou a hora, Arizona, Sofia e April, por vídeo, começaram a fazer o estrogonofe. Fizeram ainda arroz e uma salada de alface, além de suco de laranja. Só depois que arrumaram a mesa é que se despediram de April, prometendo que se veriam em breve.
- Você quer ir lá chamar sua mãe pra comer? Acho que ela deve ter acordado já.
- Ah não, mommy. Vai lá você. Eu vou ver televisão, está na hora do meu desenho - sentou na sala e ligou o aparelho, deixando a loira sem contra-argumentos.
- Tá, então se comporta aí. Eu não demoro - saiu e bateu na porta da morena, que não atendeu. Ela então pegou a chave reserva e entrou. Callie ainda estava dormindo em seu quarto e lá foi o primeiro lugar que a loira foi procurá-la. - Callie? - chamou na porta e não obteve resposta. Abriu e encontrou a mulher toda jogada na cama. Sorriu com a imagem e foi aproximando-se. - Calliope - deitou por cima dela, retirando o cabelo de seu rosto e deixando beijos por ali. - Acorda, amor.
- Hum... - murmurou despertando. Arizona deixou mais beijos em seu rosto e cheirou seu cabelo.
- Sofia está esperando você para almoçar. Vamos, a gente fez estrogonofe.
- Fizeram? - disse com a voz rouca de sono.
- Fizemos - a loira deu um beijinho de esquimó nela fazendo-a sorrir, mas ainda de olhos fechados.
- Gosto de acordar assim - passou os braços em torno de Robbins.
- Assim como? - estava circulando seu rosto com a ponta do nariz.
- Com você aqui. Me dando beijinho, me chamando de amor - abriu os olhos, deparando-se com a imensidão azul a sua frente.
- Eu gosto de te acordar assim.
- E eu gosto de você - deu um selinho nela.
- E eu de você.
- Ótimo. Que bom que a gente namora então - sorriu passando uma das mãos pelos cabelos loiros e enroscou seus dedos entre os fios para trazer o rosto dela para si e iniciar um beijo lento, sem malícia. O fato de Callie ter acabado de acordar não importava naquele momento.
- Hum... - mordeu o lábio inferior da latina e disse, sem abrir os olhos ou afastar seus lábios: - Eu amo quando você me beija assim. - Callie retribuiu a mordida.
- E eu amo te beijar assim.
- Ótimo. Que bom que eu posso te beijar sempre então.
- Ah pode, pode muito. Não só pode como deve - deu selinhos nela. - Arg linda! - Arizona riu pelo modo como ela falou antes de deixar um selinho em seus lábios e levantar.
- Agora vamos comer, bora - Callie sentou na cama. - E eu preciso conversar com você depois - a morena levantou já se encaminhando para a banheiro a fim de trocar de roupa e fazer suas necessidades e a loira foi atrás, se encostando no batente da porta.
- Sobre o quê? - perguntou de cenho franzido.
- Sofia.
- Algum problema? - preocupou-se rapidamente.
- Não, nenhum.
- Então o qu...
- Depois, Calliope. Vou indo lá antes que ela faça alguma coisa. E você, - segurou as bochechas dela com uma das mãos, formando um bico em seus lábios - não demore que eu já estou com fome - beijou seu bico.
- Também te amo, viu?! - disse um pouco mais alto para que Arizona, que rapidamente já estava na porta do quarto, ouvisse.
***
- ... Aí a tia April ficou dizendo pra gente o que fazer e então a gente fazia, eu e a mommy - Sof explicava para Torres como elas fizeram o almoço. Já estavam praticamente no fim, reunidas na mesa da cozinha de Robbins.
- Vou ter que agradecer à Kepner então por essa comida deliciosa. Eu sabia que você não tinha feito isso sozinha, Arizona. Você nunca conseguia fazer estrogonofe.
- Ei! - fingiu ofensa. A latina apenas deu de ombros.
- Já que vocês duas se esforçaram tanto pra fazer esse almoço, eu faço questão de lavar a louça.
- E eu faço questão de não me opor - Arizona disse fazendo Callie rir alto.
- Danada! - piscou para ela levantando da mesa com seu prato. - Já acabaram? - recolheu o prato das duas depois da resposta afirmativa e levou até a pia. Sofia levantou e foi para o quarto deixando as duas sozinhas. Arizona seguiu a morena, sentando no banco da ilha e ficando de frente para Callie. - Então? - sugeriu que ela falasse alguma coisa enquanto lavava a louça.
- O quê? - ficou sem entender.
- Sofia. Disse que tínhamos que conversar sobre ela.
- Ah, sim. Primeiro eu só queria agradecer à você pela filha maravilhosa que me deu. Não sei se agradeço o suficiente - Callie estranhou apesar de ter sorrido com isso.
- Por que isso agora?
- É que ela veio com um papo estranho.
- Que papo?
- Perguntou se eu sentia falta de Seattle e depois se culpou por eu ter vindo pra cá.
- O quê? - espantou-se pela menina assumir uma culpa que não era dela.
- Pois é! Eu tive a mesma reação. Mas conversei com ela que não era culpa dela e tudo mais e está tudo certo, mas eu não quero mais esconder dela que a gente está junto. Sabe o que ela me disse?
- O quê?
- Que o maior sonho dela é que a gente fique juntas de novo. Maior que ir pra Disney - falou como se fosse um absurdo.
- É, ela vive me dizendo isso - sorriu.
- Então? O que acha de contarmos pra ela logo?
- Tipo hoje?
- Não precisa ser hoje. Mas dessa semana não passa. Eu só não quero que ela fique carregando uma culpa que não é dela.
- Eu ainda estou surpresa que ela ache isso.
- Pois é - ficaram em silêncio enquanto a morena terminava de lavar tudo com Arizona admirando-a.
- Para de ficar me olhando - pediu sem graça.
- Eu não consigo. Você é a mulher mais linda que eu conheço.
- Boba! - terminou de lavar e secou a mão em um pano de prato, dando a volta na ilha e indo em direção à ela. - Sabe, acho melhor a gente falar logo, porque eu não aguento mais me controlar na presença dela.
- É? - a puxou pela cintura.
- Uhumm - respondeu olhando em seus olhos. - E eu quero vê-la pular de felicidade.
- Então vamos agora - ameaçou levantar, mas foi impedida.
- Espera, tem uma coisa - Callie disse fazendo a loira olhar curiosa pra ela.
- O quê?
- Ela muito provavelmente vai vir com papo de querer um irmão. Ela me disse que quer um - Arizona arregalou os olhos. - Eu não gosto da sua reação - viu que a mulher ficou tensa.
- N-não - era um assunto delicado para ela.
- O quê? Eu só preciso saber o que dizer à ela.
- Você acha que a gente é capaz de passar por isso de novo? Eu não sei não, Callie.
- Eu sou se você for. Continuo morrendo de vontade de ter outro filho com você - sorriu acariciando seu rosto.
- Okay. Eu não prometo nada. Se ela perguntar ou pedir por um só diz que a gente não sabe. Não quero colocar expectativas nela a respeito disso. Nem em você. Você sabe que é difícil.
- Eu sei, meu amor. A gente vai amadurecendo a ideia, okay?! Só não podemos demorar muito, você sabe...
- É, eu sei - sorriu fraco.
- Ei, não fica assim vai. Vai dar tudo certo. A gente está junto.
- Eu sei - disse e a latina a colocou de pé para abraçá-la forte. - Eu também quero ter outro filho com você.
- Mesmo? - se afastou do abraço.
- Você sabe que sim, Calliope. Isso já fez parte dos nossos planos tantas vezes... E não lembra quando eu disse que não poderia viver sem você e nossos dez filhos?
- Não achei que fosse sério.
- Eu queria que fosse, mas dez realmente é muito, foi o calor do momento. Mas dois a gente dá conta, né?! - riu.
- Com certeza, amor. Então... a gente conta pra ela agora? - Arizona apenas segurou a mão dela e foi levando-a até seu quarto, onde estava a menina. Encontrou-a deitada na cama mexendo no celular.
- Sof - entrou com Callie, ainda segurando a mão dela. - A gente quer conversar com você - a menina parecia concentrada no que fazia, pois não tirou os olhos da tela.
- Pode falar, mommy. Eu estou só terminando aqu... AAAA droga! Perdi - lamentou jogando o celular na cama. Arizona sentou trazendo a morena junto. - O que foi? - Callie levantou e sentou do outro lado da menina.
- Então, meu amor. A gente tem uma coisa pra te dizer - a latina se pronunciou.
- E o que é? - questionou curiosa.
- Lembra que você me disse hoje que seu sonho era que eu e Callie ficássemos juntas de novo? - a pequena assentiu. - Então, nós estamos - Sofia levou imediatamente suas mãos ao rosto, surpresa.
- O QUÊ? - ficou de pé para olhar para as duas. - É verdade mama? - já era possível enxergar lágrimas em seus olhos.
- É verdade, So - sorriu para ela e pegou uma das mãos de Arizona. - Nós estamos juntas de novo - disse olhando nos olhos da loira. Sofia olhava de uma para outra sem conseguir acreditar.
- AI MEU DEUS - pulou em cima delas, tentando colocar as duas dentro de seus pequenos braços. - ESSE É O MELHOR DIA DA MINHA VIDA! - gritou chorando e sorrindo.
- Ei, se acalma, filha. - Callie passava as mãos por suas costas consolando a menina.
- Eu estou tão feliz! - saiu do abraço para falar com elas.
- Nós também, meu amor - a loira pontuou limpando algumas lágrimas de Sofia.
- Você também estava morrendo de saudades da mommy, mãe? - lembrou do que Arizona disse à ela de manhã.
- Também?
- Ela me disse hoje que estava morrendo de saudades de você - imediatamente a menina colocou as mãos na boca.
- Ei!! Era segredo - Arizona fingiu indignação.
- Era? - a latina olhou para ela de cenho franzido e a loira piscou para ela, fazendo-a entender a brincadeira e sorrir.
Mais tarde daquele dia elas resolveram ir ao cinema assistir Wi-fi Ralph. Estavam tão felizes, todas juntas, como uma família unida novamente. Qualquer um que passasse por elas era capaz de sentir a alegria e a felicidade que estavam transbordando delas. Sofia saltitava pelo caminho, ora na frente ora entre as mães, que eram só olhares e sorrisos como duas bobas apaixonadas.
Quando voltaram para casa já era hora da pequena Sloan dormir e ela fez questão que ficassem todas juntas e por isso foram para o apartamento de Callie, onde a cama era maior. Elas se prepararam para dormir e Sofia deitou no meio delas. A menina só apagou depois da terceira história que elas revezaram em inventar para ela. Depois que garantiu que ela tinha realmente dormido, Callie tentou chamar atenção de Arizona para que elas pudessem sair dali e ficar sozinhas. A loira não demorou a entender o que a mulher pedia e logo saíram do quarto.
- O que foi? - Robbins perguntou do lado de fora do quarto assim que a porta do mesmo foi fechada e Callie começou a arrastá-la até a sala pela mão.
- Só quero ficar sozinha com minha namorada um pouco - continuou andando na frente até chegar no sofá, sentar e trazer a loira para seu colo. Ela caiu com a bunda no sofá e as pernas em cima de Torres.
- Hum... - passou os braços pelo pescoço dela. - Gosto disso. Ainda bem que eu escolhi uma namorada inteligente.
- Cala a boca e me beija - disse beijando a mulher com firmeza. Estava com saudades de sua boca, não haviam se beijado direito hoje. Arizona perdeu o fôlego.
- Uau - disse quando o beijo terminou. - Isso é saudades?
- Isso é saudades, desejo, amor, tudo junto. É muito tempo longe dessa boquinha, - tocou os lábios rosados - eu não aguento - Arizona quem iniciou um beijo de tirar o fôlego dessa vez.
- Nem eu - disse enquanto a latina respirava com dificuldade e voltou a beijá-la em seguida, sentindo uma mão apertar sua coxa e outra se afundar em seus cabelos, e essa mesma mão puxou os fios loiros para trás, dando à latina a exposição do pescoço alvo. E foi onde ela dedicou atenção de seus lábios. Arizona arfava com aquilo tudo e seu íntimo doía. Callie era tão boa com a boca. Pra enlouquecer ainda mais a mulher, a morena levou a mão que estava na coxa para um dos seios da loira, que estava coberto apenas por uma blusa fina. Não satisfeita, passou essa mão por baixo da blusa dela, fazendo-a se arrepiar da cabeça aos pés e arfar ainda mais de ansiedade e desespero por aquele toque. Quando Callie tocou seus seios e mamilos, ela gemeu e como aquele toque era ansiado também pela morena ela acabou deixando um chupão na loira, que nem foi capaz de reclamar. Aquilo era tão bom. Ela levou a cabeça da latina de volta para cima para beijá-la. - Me toca, Calliope - implorou olhando em seus olhos. A morena atendeu ao pedido imediatamente levando a mão para baixo. Arizona abriu mais as pernas de imediato. Ela desatou o nó da calça moletom da loira e a tocou por cima da calcinha.
- Aqui? - perguntou com a voz rouca.
- Yeah! - arqueou as costas. - Bem aí - Callie sorriu com a expressão de prazer de Arizona. Olhos fechados e boca entreaberta. Callie então afastou a calcinha dela e tocou diretamente onde ela mais precisava. A loira gemeu alto e Torres a beijou de novo para abafar o som. Ela começou com movimentos lentos e superficiais até a mulher pedir por mais e ela colocar dois dedos dentro dela.
- Você está tão molhada, Ari - a loira respondeu com gemidos. - Shiuu - beijou-a. Arizona jogava a cabeça pra trás e com isso a latina começou a descer os beijos novamente para o pescoço, mas ousou ainda mais e levou os lábios até os seios dela. E aquilo foi o fim para a loira e quando Callie notou que ela estava prestes a chegar lá, trouxe o rosto da mulher pra frente de novo, acelerando em baixo. - Olha pra mim - pediu quando a viu de olhos fechados. - Eu quero que olhe pra mim quando chegar lá - ambos os olhos estavam uns dois tons mais escuros e elas amavam ver os olhos uma da outra nessa coloração. Só precisou de mais algumas estocadas para a loira se desmanchar nas mãos da latina. Callie ficou apreciando a visão até ela se recompor. - Linda.
- Eu amo você - disse ainda ofegante e deu um selinho longo na morena. - Muito - depois de um tempo elas deitaram com Callie entre as pernas de Arizona, com as costas em seu peito, e ficaram em silêncio até a loira quebrá-lo. - Sofia ficou tão feliz.
- Eu te disse que ela pularia de felicidade - brincava com suas mãos entrelaçadas.
- Não foi precipitado da nossa parte não, né?! Quer dizer, a gente voltou não tem nem três dias, para além do fato que eu vim pra cá há exatas uma semana.
- E esses são os primeiros três dias do resto de nossas vidas juntas. Não foi precipitado porque a gente sabia como nos sentíamos. Não é como se alguém aqui estivesse confusa, não tinha porque esperar mais tempo, já perdemos tempo demais e eu não quero mais viver sem você, Arizona - beijou sua mão.
- Eu também não quero viver sem você - disse sorrindo e beijando sua cabeça.
- E não é como se fosse a primeira vez que ficamos juntas. A gente sabe como isso funciona.
- É justamente por isso que eu tenho medo.
- Meu amor... - sentou, ficando de frente para ela. - Olha só para nós agora. Esse nosso amor passou por tanta coisa e mesmo assim a gente quer estar uma com a outra. E isso me faz acreditar que não importa o tempo, não importa a distância. O universo, Deus, o destino ou qualquer que seja a coisa que controle tudo isso, vai sempre arrumar um jeito de colocar a gente assim, juntas. Vai sempre dar um jeito de trazer você pra mim. Então eu não tenho medo, porque eu sei que independentemente do que aconteça, no final a gente vai estar do mesmo jeito que agora. E eu vou me dedicar todos os dias pra que a gente sempre queira estar juntas - Arizona sorriu com as lindas palavras.
- Você sempre fala tão bem. E sempre tem toda razão - disse acariciando a face da morena. - Eu não sei se já te disse isso o suficiente, mas eu sou completamente apaixonada por você.
- Eu nunca vou me cansar de ouvir - beijou-a da forma que elas mais gostavam de compartilhar um beijo: lenta e apaixonadamente.
- Vamos indo que amanhã você acorda cedo, né?! - sugeriu quando encerraram o beijo. Levantou do sofá estendendo a mão para a outra.
- Arg! Eu odeio segundas feiras - levantou se arrastando e agarrou a cintura da loira, andando com ela de costas para si.
- Eu estou ciente disso - riu.
***