時透 無一郎.
𑁥𓍢.
• Olá, como vocês estão? Temos mais um capítulo modificado, eu espero que estejam gostando dessa nova versão. ♥︎
• Mesmo já tendo sido postada antes, peço que não deixem de comentar, pois eu realmente gosto de ler quando são bons feedbacks. ♥︎
• Então, agora aproveitem A Irmã de Muichiro Tokito! ♥︎
☁️.
❝ 𝑳𝒊𝒗𝒊𝒏𝒈 𝒍𝒊𝒌𝒆 𝑴𝒖𝒊𝒄𝒉𝒊𝒓𝒐 𝑻𝒐𝒌𝒊𝒕𝒐'𝒔 𝒔𝒊𝒔𝒕𝒆𝒓. ❞
☁️. 𝗖𝗛𝗔𝗣𝗧𝗘𝗥 𝗡𝗜𝗡𝗘𝗧𝗘𝗘𝗡.
♥︎. ❛ 𝑷𝒓𝒊𝒐𝒓𝒊𝒕𝒊𝒆𝒔. ❜
Ao fim da missão com o hashira da água e seu irmão, foram liberados para voltarem para casa, e assim [Nome] retornou acompanhada pelo seu caçula e o par de corvos brigando constantemente atrás dos dois, com ofensas um para o outro.
Ele balançou a cabeça negativamente.
— Essas pragas… — murmurou, caminhando ao lado de Muichiro, observou ele de soslaio.
O garoto não prestava atenção ao que estava ao seu redor, somente olhava o caminho que se seguia sem sequer notar a irmã lhe acompanhando. Ao se importar muito com isso, a machucava não ter o seu caçula inteiramente para si, sobrando apenas uma casca do que um dia foi aquele menino alegre e feliz.
— Você é a minha irmã, não é? — Ele perguntou de repente, não tirando os olhos da estrada.
— Sou sim, e como você lembra disso?
— Eu não sei… — ficou em silêncio alguns instantes. — Algo me diz que é… — olhou de soslaio para [Nome], e os olhos de Tokito não estavam tão opacos assim.
— Dizem que o nosso coração revela toda a verdade que não sabemos ou nos recusamos a aceitar… — proferiu, um sorriso gentil.
— Acho que você pode está certa então, irmã… — disse.
Os corvos continuaram a sua briga. [Nome] apenas sorriu com a última palavra dita por ele, então o hashira da névoa estava em um bom dia.
Em algum horário da manhã retornaram ao distrito, caçadores iam e voltavam de suas missões ou tinham trabalhos ali dentro, [Nome] não viu nenhum dos hashiras, afinal sabia o quão eram ocupados. E este dia de folga era completamente sagrado, apenas um dia de descanso e com sorte, a companhia de Muichiro.
Kirito e Ginko pararam de discutir ao chegarem na residência Tokito, respeitando o descanso dos donos — no fim, eles brigavam do lado de fora — Muichiro seguiu para o seu quarto, a mais velha o acompanhou logo atrás e entrou no seu.
O quarto estava escuro, e deixou assim, sua visão se acostumou ao escuro e tirou as sandálias e o par de meias, a katana foi colocada sobre uma cadeira e a hashira então se jogou na cama, agarrou o travesseiro e escolheu uma posição confortável.
O trabalho noturno tinha o seu preço, e precisava pagá-las com algumas horas de sono para o seu próprio bem e resultados positivos contra os demônios. Demônios…
Lembrar que um deles estava no seu pé revirava o seu estômago, e fazia querer arrancá-lo e comer o próprio por esta noite precisar — obrigada — a vê-lo novamente. Um assassino de mulheres, o assassino de Kanae, o alvo de Shinobu, o demônio do qual estava se divertindo naquele jogo em que somente um se divertia.
Se não tivesse Muichiro, tirar a vida seria tão fácil, no entanto, ainda ansiava pelo dia que o veria com as suas memórias e isso ninguém lhe tiraria. Principalmente aquele demônio falso de belíssimos e odiosos olhos arco-íris…
— Eu odeio o arco-íris… — sussurrou, caindo no sono.
𓂃☯︎ ࣪˖
Harumi soube pelos corvos briguentos da folga de seus filhos amados, se dirigindo de volta ao distrito e à mansão dos dois irmãos. Chegando, somente escutou o silêncio e a paz reinando na casa.
— Eles realmente devem estar cansados… — disse, observando como o local estava limpo e organizado, obra dos kakushis que cuidavam das mansões quando os próprios donos não podiam.
A Suzuki se meteu na cozinha, começando a preparar um almoço reforçado e delicioso para os dois, tão imersos num sono profundo que sequer perceberam outra pessoa em sua casa. De qualquer forma, ela não representava nenhum perigo.
— Obrigada por eles terem retornado novamente, senhor… — proferiu em agradecimento, cortando alguns legumes.
Muichiro acordou algumas horas depois, ficou sentado na cama por alguns minutos para assimilar que tinha acordado, ele caminhou na direção da janela e abriu as cortinas, iluminando o quarto.
O garoto bocejou, esfregando os olhos a caminho do banheiro ele fechou a porta e ficou ali uns bons minutos. Tokito saiu de banho tomado, os cabelos úmidos e uma toalha, ele escolheu vestir o seu uniforme, logo deixando o quarto, caminhou pelos corredores.
Sentiu um saboroso aroma de comida, sendo guiado até a cozinha.
— Olá… — disse simplesmente a mulher.
— Meu menino, você acordou! — sorriu.
Ele franziu a testa, sendo envolvido carinhosamente nos braços daquela mulher, não totalmente estranha.
— Eu acho que conheço você…
— Claro que conhece… — disse, tocando o rosto do garoto e dando um beijo gentil em sua testa, ela a ficou encarando com os grandes olhos. — Hoje é um bom dia pelo visto…
— Um bom dia?
Harumi o agarrou pela mão, levando-o até a mesa e o sentando em uma cadeira, ela serviu Muichiro carinhosamente.
— Coma tudo, menino.
— O cheiro está bom… obrigado. — disse, comendo.
Ele sorriu diante da imagem de Tokito, Harumi o deixou sozinho alguns instantes para pegar uma escova, ela retornou e começou a pentear o cabelo úmido e embaraçado.
— Esse cabelo tão bonito precisa ser cuidado, Muichiro.
— Você já está fazendo isso, não é?
— Esse moleque… — balançou a cabeça negativamente, passando a escova pelos belos fios negros e de pontas coloridas. — Por que está com uniforme, Muichiro? Hoje é sua folga.
— Preciso treinar — respondeu, voltando a comer.
— Menino tão esforçado… — o olhou com carinho, e um sorriso gentil no rosto. — Que sua irmã durma mais um pouco, vocês nunca aproveitam quando podem e nunca dormem mais que 5 horas… — repreendeu.
O pequeno hashira nada disse, ele apenas repetiu seu prato e comeu com gosto.
— De comerem eu não posso reclamar, felizmente…
[Nome] rolava em sua cama de um lado para o outro, o suor escorria por sua testa, até ela acordar em supetão e ficar sentada na cama, encarando o nada respirou profundamente, com a mão acima do peito para sua respiração se normalizar.
— Até dormindo aquele desgraçado me persegue… — passou as mãos no rosto. — Não vou mais conseguir dormir, pelo visto…
Colocou os pés no chão, se guiando na escuridão até o seu banheiro ela optou por um bom banho frio para levar aquele pesadelo tenebroso.
— Sinceramente, logo hoje ainda preciso olhar para a cara dele… — resmungou enquanto se banhava.
Enrolou a toalha no corpo, espremeu a água do cabelo e deixou o banheiro, abriu as cortinas e observou o belo dia que fazia. Arrumou a cama, escolheu um kimono casual e confortável para ficar em casa e foi lavar o seu uniforme, deixando-o estendido no varal do lado da residência, entrando pela porta de trás da cozinha.
— Olá minha princesa, eu estava esperando você — disse Harumi, abraçando-a assim que a viu.
— Eu já te esperava aqui pelo cheiro de comida infestando a casa, mamãe… — retribuiu o abraço, ficando neles durante bons minutos.
Muichiro as olhou de soslaio por um momento, mas não ligou muito.
— Agora coma, [Nome].
— Tudo bem, tudo bem…
Foi até a mesa e se aproximou de seu irmão, dando um beijo gentil no rosto dele que apenas aceitou, a hashira serviu um prato farto para si, comendo o que Harumi havia preparado, tirando um sorriso de satisfação da outra mulher.
— Obrigado pela comida… — disse ele após terminar a sua refeição, Muichiro lavou o seu prato e talheres, deixando as duas mulheres sozinhas.
— Hoje ele está mais sociável, não é [Nome]?
— Ele está sim, é um bom dia então — comeu um bolinho de arroz. — Shinobu diz que ele está melhor do que nos primeiros anos, já não somos tão desconhecidas assim.
— Isso é muito bom, oro todos os dias para que recupere sua memória.
— Eu também, mas estou esperando o tempo dele para as coisas, ainda não é o momento.
A Suzuki foi até [Nome] e lhe deu um abraço cheio de amor e afeto.
— Você é uma ótima irmã, tá?
— Eu não disse nada, mãe…
— E daí, conheço você e sei que faz o seu melhor por ele. No fundo Muichiro também sabe, pelo o que me disse ele é um garoto incrível.
— Sim, o Mui é incrível…
Harumi beijou a sua testa.
— Então, não se cobre tanto por algo que você não poderia prever…
[Nome] agarrou a cintura da mulher, deixando que as lágrimas rolassem por seu rosto enquanto o toque gentil de sua mãe lhe acalmava aos poucos, até o momento que o choro parou de vir.
Suzuki se ajoelhou de frente para a garota, segurou as mãos dela e beijou a palma carinhosamente.
— Não esqueça de cuidar de você também, [Nome]...
— Eu estou me cuidando…
— Você tem coragem de mentir descaradamente para mim? — Fez cara feia, tocando suas mãos carinhosamente.
— Eu estou tentando… — desviou o olhar.
— Não é o suficiente, Muichiro só tem você.
— Tudo bem, tudo bem… — deu um sorriso fraco.
— Minha menina, agora termine de comer! — disse seriamente.
[Nome] terminou o seu almoço e lavou o restante da comida, ajudando Harumi a guardar o restante da comida.
— Muichiro vai treinar o resto da tarde pelo visto… — disse [Nome], se jogando confortavelmente no sofá.
— Menino esforçado demais.
— Ele é um verdadeiro prodígio.
— Um orgulho, mas me diga, [Nome].
— Dizer o quê?
— Não acontece nada de interessante na sua vida, não? Você só vive para trabalhar e o Muichiro.
— Porque são as minhas prioridades, além disso eu não faço ideia do que de novo eu poderia ter para falar.
— Sua mentirosa. Você já desistiu do seu sonho?
— Era só uma bobagem de menina, mãe…
— Não é bobagem alguma só querer uma vida normal, sem está vivendo perigos.
— Essa não é a minha realidade…
— Você é tão nova, talvez você tenha a sorte de encontrar um homem que te ame da forma que merece, e que me dêem netinhos!
— Sinto muito acabar com o seu barato, mas isso é muito difícil de acontecer.
— Ninguém?
— Ninguém.
— Você escolhe demais..
— Não é isso, é que ninguém me interessa. Isso deixou de ser algo que eu quisesse… tanto faz, esqueça isso.
— Tudo bem, tudo bem. Outras prioridades então…
— Sim, outras prioridades…
Fazia um tempo que não pensava a respeito disso, entretanto, de alguma forma, a primeira coisa que lhe veio à mente foi aqueles olhos coloridos. Talvez, fosse o desgosto de ter de vê-lo novamente.
[Nome], [Nome], eu já sei esse final hein... 🤏