Amoress, espero que gostem do novo capitulo e comentem muito e me ajudem com os erros.
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- AAAHH! -Gritei com a dor, tinha tomado um tiro no oblíquo, sentei no sofá do meu quarto pressionando o ferimento.
- Eu não te falei pra recuar? -Arizona resmungou enquanto pegava algumas gases.
- Me ouve da próxima vez antes de correr pra cima de um monte de
traficantes armados até os dentes..
- Nossa que delicadeza.. -Resmunguei irônica com ela me olhando feio. - E para de me olhar assim..
- Eu tô tão... -Arizona rangeu os dentes limpando o ferimento com álcool. - Cala a boca e fica quieta dessa fez!
- Tá bom... -Mordi os lábios assim que ela pegou a pinça, rangi os dentes quando ela puxou a bala. - Ai, porra!
- Você só resmunga.. -Ela rolou os olhos. - E já acabou, só uns três pontos resolve.
- Nada demais não é? -Ri sem humor. - É só costurar a minha pele.
- É, pra você não ser mais teimosa.
Arizona deu os pontos enquanto ainda resmungava, parecia minha mãe quando eu caia, mesmo colocando pomada no machucado.. me batia mais ainda.
- Pronto, e dá próxima vez me ouve! -Ela deu um tapa no meu ombro e resmunguei.
- Eu apanho mais ainda? -Franzi o cenho e ela assentiu colocando o curativo com cuidado e deixou um beijo doce sobre o mesmo. - Onwt.. que fofinha, nem parece que me espancou o tempo todo.
- Para de reclamar.. -Ela levantou pra guardar a maletinha. - Eu fiquei preocupada.
Não me diga.. -Levantei mas ela interviu.
- Hey, não vai pra lugar nenhum.. -Arizona segurou meus braços me fazendo ficar onde estava. - Fica aí, descansa.. eu vou pegar comida pra você, okay?
- Eu quer.. -Arizona me interrompeu.
- Eu decido. -Retrucou decidida e apenas assenti a deixando sair, depois de um tempo a Addie entrou.. um suspiro alto escapou de seus lábios e ela veio andando calma.
- A Pudinzinha tá super nervosinha com você.. -Addie riu sentando do meu lado, olhei pra parede porque sabia o que vinha.. Addie como minha melhor amiga sempre tá um passo a frente de mim, sabendo meus sentimentos só pelo meu olhar. - E você sabe que ela tá gostando de você..
- E o que eu faço? -Encolhi os ombros e respirei pesado. - Eu nunca nem estive num relacionamento..
- Mas devia se esforçar, ela pergunta sempre.. por seu pai, porque é fechada.. -Addie sorriu de canto tristonha. - E porque isso, e aquilo, e mais outro..
- Eu já entendi, tá bom! -Esfreguei a testa com aquela velha ansiedade no peito. - Eu sei que ela quer saber se tudo, mas eu não quero que ela saiba.
- A Arizona é seu caminho pra felicidade.. -Addie olhou séria pra mim.
- E como eu confio nela? -Encolhi os ombros segurando minha voz firme mas as lágrimas já ardiam em meus olhos.
- Apenas confie em alguém que consiga ver estas três coisas em você.. a
dor por trás do seu sorriso, o amor por trás da sua raiva, a razão por trás do seu silêncio.. -Addie mostrou aquele sorriso dela fofo. - Isso foi bem boiola..
- É foi.. -Assenti com a cabeça, por baixo de toda aquela maquiagem que ela usava pra ser a icônica Addison também tinha dor e lágrimas escondidas, o que fazia dela mais especial. - Você disse pensando na Meredith..
- Ela me faz pensar assim.. -Addie deu uma risadinha ao vento. - Eu tô indo, Cal.. melhoras.
- Valeu, Addie.. -Pisquei pra ela. - Vai ver sua Sementinha, vai..
- Chata! -Ela mostrou a língua pra mim, ri rolando os olhos e peguei meu celular vendo umas mensagens.
- Olha, eu fiz tudo do jeitinho que a minha mãe gostava. -Arizona colocou a bandeja sobre a cama e sorriu. - Eu acho que vai gostar..
- Você fez tudo isso? -Olhei incrédula pra ela que assentiu. - Só porque eu tomei um tiro?
- Você fala como se fosse a coisa mais normal do mundo.. -Arizona resmungou baixinho e sentou do meu lado. - Não vai comer? -Ela ergueu a sobrancelhas levando o polegar a boca.
- Você chupa o dedo? -Ri pegando uma fatia de torta, Arizona assentiu com a cabeça chupando o dedo como uma criança. - Você tem cinco anos, não é possível..
- Come logo.. -Ela resmungou a senti dando uma boa mordida na torta. - Tá doxtoso?
- Fala errado também? -Ergui a sobrancelha e riu escondendo o rosto no meu pescoço. - Sabe o que é infantilismo?
- Sei.. -Ela tirou o dedo da boca e olhou de lado pensando. - É quando uma adulta se comporta como uma criança..
- É.. -Suspirei pesado e ela baixou o olhar triste. - O que foi?
- Eu parei, de.. é, de ser assim.. -Ela deslisou os dedos pela pele do meu braço. - Porque eu tive que ser a responsável, não podia ser como uma criança..
- Como assim? -Franzi o cenho mastigando a torta.
- Eu não podia ser, assim... -Ela entortou os lábios franzidos. - Eu tinha que ser uma adulta e tinha que cuidar da minha mãe.
- Você carregou muito peso que não suportava sozinha.. -Suspirei pesado e ela assentiu. - Eu sei bem como é..
- Sabe que pode me contar o que quiser.. -Arizona beijou meu ombro e ri, há anos que não tinha algo como aquilo, parecia novo mas nostálgico ao mesmo.. e não perecia errado, ao contrário parecia certa, tudo aquilo.. só queria continuar vivendo isso.
- Você faz parecer ser fácil.. -Ri de canto pegando o copo de chantilly com frutas. - Ser vulnerável, essas coisas..
- Mas não é.. -Ela suspirou pegando o copo das minhas mãos e uma colher. - É bem mais difícil, a diferença entre você e eu é que eu tive alguém do meu lado me incentivando a fazer isso sempre..
- Sua mãe? -A olhei curiosa e ela assentiu trazendo a colher até minha boca.
- Ela sempre me disse que eu me abrisse.. porque guardar sentimentos só traz mais sentimentos e eles não são bons.. -Ela mordeu a parte interna da bochecha, me olhando de uma forma doce, terna.. - E eu tento levar isso comigo.. você não leva alguma coisa da sua mãe?
- Minha mãe, ela.. era bem, bem bipolar.. -Ri de canto com as lembranças mas sentia aquela ansiedade no peito por falar dela. - Só que também carinhosa.. quando queria, ela me disse as coisas mas lindas d Amin vida, só que também muitas que eu tento apagar.. -Mordi os lábios sentindo as lágrimas queimarem meus olhos.
- Ela te machucava? -Arizona inclinou a cabeça falando com um tom cheio de cuidado.
- Não, não.. -Respirei fundo na tentativa de tirar aquela angústia do peito. - Ela sempre, sempre ficou do meu lado.. de uma forma que mais ninguém nunca o fez, me apoiou e me acolheu.. e sempre me dizia que eu podia tudo.. -Ri olhando o nada, apenas pensando nas lembranças. - Um dia ela me disse "vai fera você consegue" e naquele dia eu me senti a melhor do mundo.. é meio besta, mas.. -Encolhi os ombros e ela negou.
- Não, não é.. continua. -Ela pegou um biscoito e me olhou atenta esperando que eu continuasse.
- Ela amava a lua, demais.. -Sorri de canto trazendo aquelas memórias a minha mente. - Sabe aquela música Talking to the moon..
-Cantei aquela parte e Arizona sorriu assentindo com a cabeça. - Ela cantava tanto, na sacada quando a lua tava cheia.. e ela, ela me disse pra ser como ela, mesmo sendo iluminada pelo sol.. tem sua própria história e suas fases.. -Ri negando com a cabeça e Arizona fez o mesmo. - Ela foi tudo pra mim, me ensinou muitas coisas, e o mais importante.. ela me protegeu quando ninguém mais fez isso.
- Do que ela te protegeu? -Arizona mordeu os lábios antes de colocar mais uma colher de chantilly com frutas na minha boca.
- De muitas coisas.. do meu pai, desse mundo filha da puta. -Encolhi os ombros e ela riu negando com a cabeça. - Mas agora tá tudo bem..
- Você quer mudar de assunto? -Ela fez um beicinho e assenti. - Quer falar de como tá o lanche que fiz?
- Tá uma delícia! -Roubei um selinho seu e ela riu. - Igual você..
- Nem disfarça mais.. -Ela escondeu o rosto no meu pescoço e me entregou o copo. - Eu não quero mais ver você se machucar..
- Eu vou ficar bem.. -Beijei seu couro cabeludo e ela fez um carinho no meu ombro. - Eu tô aqui pra cuidar de todo mundo..
- E quem cuida de você? -Seus dedos delicados fizeram um leve carinho no meu no meu rosto.
- Eu mesma me cuido.. -Tentei sorrir presunçosa mas saiu um riso sem humor.
- Não, tá errado.. -Arizona deslisou os dedos por meus lábios. - Eu cuido de você, agora.. e sempre, tá bom?
- Tá.. -Ri de canto assentindo com a cabeça.
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Estava no terraço bebendo com a Meredith.
- O que voce falou pra ela? -Ri de canto olhando o céu repleto de estrelas.
- Que eu gosto dela.. -Meredith encolheu os ombros nervosa. - É difícil esse lance de namoro..
- A gente, não namora.. eu não tenho aliança.. -Addie chegou de surpresa e ri com a cara da Mer. - A Pudinzinha dormiu..
- Tava deve tá cansada.. -Suspirei pensativa.
- Eu acho que alguém anda gostando dela.. -Meredith ergueu as sobrancelhas bebendo o suco no canudo.
- Eu não sei, é complicado.. -Esfreguei o couro cabeludo colocando o cabelo pro lado. - Ela é bem mais aberta a sentimentos.. e eu, eu.. sou eu..
- Mas você tá se abrindo, continua nesse caminho.. -Addie sorriu de canto antes de sentar de lado no colo da Meredith.
- Tava demorando eu ficar de vela.. -Rolei os olhos e elas riram. - Ah, as vezes eu odeio vocês..
- Você ama a gente, Callie.. e não nega, não mesmo.. -Addie riu, logo quando parou me encarou. - Você sabe que precisa falar com ela do seu pai.. e sobre
você.
- Eu não sei, eu tô.. não diria bem, mas.. eu posso aguentar isso por.. -Meredith me interrompeu.
- Não, isso só vai ficar pior, Callie.. -Ela bebeu um gole do uísque. - Você precisa falar com alguém sobre o que sente e precisa fazer isso antes que consuma você..
- Tá, tá bom.. eu s... -Paramos assim que ouvi um barulho lá embaixo. - Vou ver o que é, vem comigo Addie.
Peguei uma pistola sobre a mesa, desci as escadas devagar me esgueirando, a porta voltou a bater.. assim que cheguei perto vi a Alex do outro lado também armada.
Fiz um sinal pra ela que se esgueirou até o lado da porta, fui logo depois dela encostada na parade.. Addie veio do meu lado, contei em silêncio antes e abrir a porta e apontar a arma prontamente pra quem quer que fosse.
- A gente tá numa boa! -Maya levantou as mãos com a respiração descompassada.
- O que porra vocês tão fazendo aqui? -Falei alto enquanto ainda segurava firma a pistola para ela. - Anda, fala caralho!
- A gente tá foragida.. -Carina me olhou tensa. - E precisa de um lugar pra ficar..
Olhei de lado pra Alex que apenas desviou o olhar. - Entra aí, Cacete. -Baixei a arma mas não a guarda.. elas entraram devagar e foram sentar. - Não mandei sentar, caralho.
- Eu não tenho nada! Nem ela! -Maya quase gritou raivosa.
- Escuta aqui. -Segurei seu rosto colando o cano da pistola contra sua julgular. - Da última vez que eu te vi, você tinha atirado na minha melhor parceira, então fala baixo o que merda você fez! -Soltei ela que se inclinou puxando o ar com força.
- A gente perdeu uma carga do caralho pra aqueles filhos da puta.. -Maya resmungou esfregando o pescoço.
- E agora não tem mais ninguém com nós duas.. -Carina esfregou a nuca nervosa. - Nem pra onde ir a gente tem..
- Eu não sei não.. -Olhei firme pra ambas, pela a forma como estavam, diziam a verdade. - Não vão ganhar minha confiança tão fácil..
- É, eu sei.. eu só peço uma chance.. -Maya engoliu em seco provavelmente o próprio ego que sempre foi maior que ela. - Eu preciso disso agora..
- Maya Bishop e Carina DeLucca.. -Ri alto com o sarcasmo. - Vocês já são o casal improvável.. mas pedirem ajuda pra os Torres's é demais. -Gargalhei com a Addie.
- O que a gente faz com elas Cal? -Addie fé um beicinho fingindo pena.
- Vamos descobrir...