Este é o momento em que eu mais me agrado em viver. Jungkook está com um dos braços estendidos, dando apoio para a minha cabeça, enquanto meus braços estão envoltos em seu tronco despido.
Nós dormíamos na mesma cama desde então, a quase mais de duas semanas. Juntamos os dois móveis e ajeitamos como deu.
Acodar e ver seu rosto, era minha parte favorita do dia. Como os olhos grandes se abriam quando acordava, ou o ressonar baixo de sua boca brilhante e convidativa. Eu amo viver isso, porra! E quero viver assim por muito tempo. O quanto eu puder.
Não tivemos nossa primeira vez, ainda. Eu me sinto muito apressado, mas ele não vê problemas em me atiçar toda vez. Ele me aperta de forma sensual, me faz gemer seu nome enquanto massageia minha ereção sob a calça e me beija como se não quisesse mais nada. Ele era um demônio em corpo de homem. Um homem muito gostoso, vale lembrar.
Por pior que seja, eu me entrego a rotina e levanto para meus cuidados matinais. Deixo o moreno na cama, dando uma chance de ele descansar mais um pouco. Enquanto isso, eu tomo meu banho e escovo meus dentes.
Cheiroso e limpo, eu me jogo na cama novamente, mas dessa vez para acorda-lo.
– Jungguk? - Raspo meu nariz pela pele de seu pescoço, deixando vários selinhos molhados por ali. - A gente tem que acordar. - Escuto sua risada baixa, enquanto meus lábios se movem por sua pele, ato que com certeza está causando cócegas nele. - Não tente me enganar... Eu sei que você não está dormindo merda nenhuma. - Levanto meu rosto para observá-lo rir, e me vicio com a imagem.
– Eu não estava fingindo, só não te respondi. - Segurou meu queixo e me puxou até que eu estivesse com o meu corpo sobre o seu. Minhas pernas estavam uma de cada lado do grande corpo definido, e eu estava inclinado, apenas para selar a boca gostosa que era a do meu ficante.
Sem rótulos. Não somos namorados, ainda.
– Faz sentido. - Ri divertido e fiquei ereto sobre seu corpo. - Nós temos que levantar, cê sabe. - Tento me levantar, mas ele me puxa outra vez, me fazendo cair de bunda bem em cima da sua ereção.
– Fica no meu colo, bebê... - Ele fala, franzindo o senho em deleite, quando eu sem querer me movo sob seu pau. Suas mãos se movem até alcançarem minha cintura, logo ditando movimentos brutos com elas. Meu corpo ia e vinha, enquanto minha expressão era de puro prazer. Ele apertava a minha carne com muita força, e aquilo doía pra cacete, mas eu gostava. Minha bunda se movia de acordo com meus movimentos, esfregando seu pau bem no meio dela. Eu apertava minha ereção sob a bermuda de tecido fino, gemendo o nome do homem que residia embaixo de mim.
Meu coração bate forte conta o peito, e minha temperatura está mais alta que o normal. Me sinto doente e mergulhado em prazer. Eu nunca tinha tido uma experiência tão extasiante e viciosa como essa na vida, mas eu estava adorando tê-la com Jungkook.
Logo meu corpo parou de se mover, quando ele jorrou o líquido espesso e esbranquiçado por toda parte interna da sua calça. E mesmo sem o contato de nossas peles, nós conseguimos chegar ao ápice. Ele apertou minha bunda e urrou, com sua expressão sofrida e uma mordida forte nos lábios.
– Isso foi bom pra caralho! - Ele se sentou, ainda sensível e escorregou as mãos até as minhas costas. Olhando para a minha boca, ele parece envolto a uma bolha de luxúria. Ele logo tem oque deseja: Meus lábios entre os teus.
– Nós temos mesmo que levantar. - Digo, quando separo nossos lábios e sorrio chato para ele, que faz uma cara magoada quase que imediatamente.
...
Eu virei perito em escutar conversas dos outros por de trás da porta. Nesse momento, ouço a voz de Jungkook toda risonha e logo uma outra risada pela linha do telefone.
– Nós podemos nos encontrar amanhã, oque acha? - Ele estava deitado desengonçado, virado de ponta cabeça e com os pés apoiados na parede preta em frente a sua parte da cama. - Por mim tudo bem, Janette.
"Janette"?
Me afasto da madeira e fico encafifado com quem possa ser essa mulher.
Nós não temos nada concreto, nem um relacionamento definitivo. Então estaria ele saindo com outras pessoas? Isso me deixa quase paranoico, e eu me vejo caminhando apressado para a cozinha, apenas para procurar uma cerveja e afogar a minha ânsia por alguma resposta.
– Aconteceu alguma coisa, ruivinho? - Taehyung me pergunta, mas eu não respondo. Apenas abro a geladeira para pegar a garrafa de cerveja e virá-la no gargalo para dentro da minha boca. - Cê tá estranho demais... Brigou com o Jungkook? Olha, ele é meio cuzão às vezes, mas ele faz as coisas por impulso e não pensa muito no futuro.
"Faz as coisas por impulso."
Isso só serviu para me deixar ainda mais paranoico sobre as coisas. E se ele estivesse comigo apenas para explorar sua sexualidade, e não quisesse nenhum relacionamento concreto futuramente. Talvez ele tenha agido por impulso quando disse que gostava de mim, e de repente estamos juntos sem querer.
– Eu estou bem, relaxa. - Dou um sorriso falso em direção ao loiro, que corresponde com uma expressão meio desconfiada e acena.
Caminho de volta para o quarto, mas dessa vez eu passo da porta. Meus movimentos são todos automáticos, isso inclui em quando eu me deito na minha parte da cama, sem nem mesmo direcionar um olhar para o moreno.
– Bebê, aconteceu alguma coisa? - Eu não respondo, apenas aperto meus olhos com força e dobro minhas pernas para me esquentar. - Você tá bem? - Mais uma vez ele tenta, e eu sinto ele se inclinar para tocar o meu ombro.
– Não sei, pergunta pra Janette. - O forço a tirar a mão da minha pele, me sacudindo como podia.
– Ah, é isso. - Ele pergunta e solta um riso tão natural que eu quase me envolvo na onda. - Jimin, ela é a minha psicóloga.
– Oque?! - Me levantei rapidamente e me sentei sobre a cama. Olhei profundamente em seus olhos, não notando um pingo de mentira em suas orbes. - Você não está saindo com outras pessoas pelas minhas costas?
– Eu não faria isso, bebê. - Ri e me puxa para um abraço apertado. Apoio meu queixo em seu ombro e agarro sua cintura com meus braços, fortemente. - De onde você tirou isso? Uh?
– É que eu escutei sua conversa com ela por trás da porta, e eu achei que ela poderia ser seu caso. - Abaixei meu olhar, e me aconcheguei mais em seu colo. Me senti arrependido por ter pensado isso ao seu respeito. - Me desculpa...
– Calma, meu bem. Tudo tem uma explicação. - Ele afagou minhas costas e eu suspirei com seus carinhos. - Quando você ficar desconfortável com alguma coisa, venha conversar comigo. Um relacionamento é constituído a base de confiança e amor. Conversar abertamente sobre oque sente com o seu parceiro, ajuda com o desenvolvimento da relação.
– E você me ama? - Ainda é muito cedo pra dizer, Jimin, seu merdinha! - Confia em mim? - Mesmo que minha pergunta tenha soado inconveniente, eu mordo meus lábios, ansioso pela resposta.
– Jimin, eu não confio nem em mim mesmo. Eu penso a todo momento, o quanto eu posso te machucar ao realizar uma ação mal pensada e... Porra, bebê. - Afasta meu rosto de seu ombro, e me olha sincero. - É complicado pra mim, responder isso agora.
Eu entendo...
– Mas... Você gosta de mim?
– E como, bebê! - Sorri e sela meus lábios pela milésima vez naquele dia. Eu nunca me cansaria de seus toques, beijos e do apelido carinhoso ao qual ele vem me chamando desde antes de estarmos ficando.
– Você não está dizendo isso por impulso, ou porque quer se descobrir mais, não é? - Minha expressão ainda é preocupada, e eu me sinto inseguro sobre essas questões. Como ele disse, se eu me sentisse incomodado com algo, era pra eu falar com ele.
– Não, e não. Eu já descobri oque tinha que descobrir, Jimin. - Encostou nossas testas e acariciou as laterais de meu rosto. - Eu gosto de você. Não se sinta duvidoso sobre isso, nunca. Eu não diria algo assim sem pensar nas consequências, é muito grave.
– Obrigado... - Suspirei contra seu rosto, sorrindo aliviado.
Eu estava tão feliz. E por mais que algumas inseguranças ainda habitassem meu âmago, eu não me deixaria levar.
Ele gosta de mim, e disse isso com muita convicção. Eu não duvido mais.
...
– Jieun, oque faz aqui? - Abri a porta, já que ninguém parece ter escutado a campainha soar freneticamente dentro do apartamento. - Está tarde. Precisa de alguma coisa? - Me assusto, quando a garota passa por mim sem nem me dar uma resposta, esbarrando nossos braços com brusquidão.
– Cadê o Jungkook?! - Ela tinha os olhos arregalados e estava ofegante. - Ele me disse que estava saindo com alguém, por isso não podia se relacionar comigo. Ele tinha dito que gostava de mim!
– Tenha calma, Jieun. Eu tenho certeza de que tudo foi um mal entendido. Ele disse que tinha gostado de você como pessoa, não romanticamente. - Tento amenizar seus atos catastróficos, quando suas mãos se movem pelos porta-retratos e os esparrama pelo chão.
– Eu quero ver ele, onde ele está? - Tentei segurar seus passos, mas ela não cedeu, e continuou a invadir os cômodos da casa.
– Cê tá loca, porra?! - Ouço Yoongi bradar, quando ela atravessa a porta de seu quarto e começa a vasculhar por todo canto. - Oque essa maluca tá fazendo no meu quarto, Jimin? - Me olhou confuso e desconfortável com a presença da menina em seus aposentos, e eu entendo seu modo de estar. Afinal, eu também estava dos dois jeitos.
– Ela tá procurando o Jungkook, e não quer parar de mexer em todo o canto. Ela quebrou a nossa foto de família. - Me desespero, quando ele se levanta da cama e caminha em direção à garota. Suas mãos vão direto para os ombros dela, e ele logo começa a chacoalhar ela como se fosse um daqueles instrumentos. Aquela foto era realmente importante, nela residia todos que moravam no apartamento, nós a tiramos uns dias depois da minha chegada.
– Para de ser doida, vadia. - Ele olha ela diretamente nos olhos, e então, quando ela para de se movimentar desgovernada, ele para. - Oque você quer? Me diga com calma e sem essa merda de maluquice.
– Eu quero falar com o Jungkook. - Disse de nariz empinado, batendo as sapatilhas de borracha no chão. - E eu não vou sair daqui até fazer isso. - Cruzou os braços e firmou a postura.
– Eu não sei se você percebeu, mas esse é meu quarto. O fodido do Jungkook não tá aqui. - Ele soltou os ombros magros da morena, e logo olhou raivoso para ela. - Porquê você não experimenta e olha na porra do quarto dele?! Uh?
Ela logo se move em direção ao nosso quarto, e eu não impeço. Já cansei de tentar amansar esse felino com aparência de gato e força de tigre.
Ela, logo quando entrou e encontrou Jungkook, sorriu doce e mudou toda sua pose de garota enraivecida.
– Jungkook... - Ela se aproximou do moreno por trás, aninhando suas mãos sobre os ombros largos dele. - Eu senti sua falta.
– Jieun?! - Ele da um salto surpreso, e logo está virado de frente para ela. - Oque faz aqui? Eu já disse que nosso envolvimento está findado.
– Eu não quero que acabe assim... - Sentou-se perto dele. Perto demais. - Vamos sair hoje à noite, e nos divertir um pouquinho. Oque acha?
– Eu acho que você tem que ir embora. - Caminhou até a porta do quarto, em um pedido silencioso para que ela saísse. Ele me olhava confuso e sorriu, quando a garota bufou e atravessou a porta para sair do apartamento. - Mas, oque foi isso?
– Ela queria muito te ver...
– Eu não quero nada com ninguém que não seja você, bebê. - Se aproximou de mim, encostando nossos corpos e bocas.
- Mas talvez um telefonema trágico mudasse o rumo dessa nossa história romântica e acabasse de vez com a minha felicidade.
...
🤟 Bom dia, flores do dia! Espero que tenham tido uma boa leitura, e até o próximo capítulo.