Flowing Through •l.s• / AU

By NymosLR

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V᥆ᥴᥱ̂ ᥉ᥱrιᥲ ᥴᥲρᥲz dᥱ ᥙᥣtrᥲρᥲ᥉᥉ᥲr qᥙᥲᥒtᥲ᥉ bᥲrrᥱιrᥲ᥉ ρᥱᥣ᥆᥉ ᥉ᥱᥙ᥉ ᥉᥆ᥒh᥆᥉? Louis e Harry são pessoas diferentes, q... More

[...]
⚠ Flowing Throught INTRO⚠
PROLOGUE PART ONE: what do you do when a chapter ends?
PROLOGUE PART TWO: lights up and you know who you are
CHAPTER ONE: escapism
CHAPTER THREE: now it's just me, myself and I
CHAPTER FOUR: dancing with a stranger
CHAPTER FIVE: what a feeling to be right here
CHAPTER SIX: beside you now, holding you in my arms
CHAPTER SEVEN: dancing lips
CHAPTER EIGHT: tears and flowers
CHAPTER NINE: you are everything I living for
CHAPTER TEN: just how fast the night changes
CHAPTER ELEVEN: just how fast the night changes (part 2)
CHAPTER TWELVE: home
CHAPTER THIRTEN: I want you to draw me like one of your french girls
CHAPTER FOURTEEN: sugary hands
CHAPTER FIFTEEN: don't it feel so good to be us?
CHAPTER SIXTEEN: when it's all melts down a I'll be there
CHAPTER SEVENTEEN: the voices screaming in my mind
CHAPTER EIGHTEEN: mommy's boy
CHAPTER NINETEEN: new opportunities
CHAPTER TWELVE: the beginning of a new era
EPILOGUE: always you

CHAPTER TWO: 'cause I can't get you off my mind

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By NymosLR

Oioi!

SABE O QUÊ VEM AI... SIM!

A att dupla!

Queria agradecer a todas as pessoas que comentaram e deixaram seu voto. Eu nem posso acreditar que é real :)))))

Mudamos a capa da nossa belíssima fanfic, perceberam?

▼△▼△▼△▼△▼

ℋ.𝒶.𝓇.𝓇.𝓎

𝓜inha mente ainda está presa no rapaz de olhos azuis, mesmo que eu esteja a alguns metros de distância dele. Ele me deixou pensativo.

Sei que deixei minha bolsa com os cadernos da faculdade no banco de trás do seu carro.

Talvez seja loucura, mas eu realmente não me sinto em paz sabendo que aquele rapaz estava tão só. Algo aconteceu em mim, alguma coisa que ele tem me deixou tocado e sensibilizado. Eu queria ajudá-lo.

Mas ajudá-lo não seria o suficiente. Eu quero saber se ele estaria bem.

Eu estou ficando louco.

O sono nunca foi um inimigo tão grande. Minha mente não funciona e meu corpo recusava responder a qualquer comando. Eu sentia como se fosse toneladas mais pesado. O cansaço era evidente e meus olhos não queriam parar abertos. O medo do que pode acontecer a esse horário é alto, tenho medo do que as pessoas podem fazer.

Mas a parte de que eu não conseguia esquecer o rapaz, de não conseguir parar de pensar nele, era a mais irritante e confusa.

Fico me perguntando o por que de ter me arriscado tanto. Não faz sentido para mim mesmo, pensando em todos os meus valores. Ficar com esse peso, de que agora eu poderia não estar aqui, é difícil.

Eu já conheci todos os tipos de pessoas imagináveis, principalmente quando se trata do Dirty Dozen. Pessoas vão até lá pelos mais diferentes motivos e propósitos, e o Dirty Secret faz com que eu conheça um pouquinho da história de cada uma dessas pessoas. E não foi diferente com os "olhos azuis".

Mas a forma como eu confiei nele me incomoda agora.

É algo difícil de se entender, aliás, eu sempre fui a princesa "presa" ao seu castelo. Eu tinha horas para sair e horas para voltar. Domingo é reservado para a família e, mesmo de maior, enquanto morando na casa dos meus pais, apenas podia ir a baladas e festas longas sozinho uma vez por mês. Talvez fosse a grande proteção, ou talvez fosse o medo que meus pais têm do mundo, mas minhas saídas e interações com estranhos sempre foram bem regradas.

Meus pais sempre me ensinaram sobre a malícia do mundo e toda a sua crueldade e maldade existente. "O mundo é um lugar bom com pessoas más" foi o que eles me disseram. E eu nunca tive reais dificuldades para aceitar isso, já que eu recebi muita negatividade e violência de pessoas estranhas, principalmente pela minha sexualidade e gênero.

Certa vez, Ashton me disse que as pessoas costumam mentir muito. E existem várias "desculpas" para essas mentiras: "habilidades naturais"; as pessoas que acreditam mentir é necessário por qualquer insegurança; as que acreditam que omissão não é mentira e entre outros.

"Todas as pessoas mentem, Haz" foi o que ele me disse. E disse também que nem sempre elas podem estar fazendo isso para te prejudicar. Mas não é certo confiar em alguém que seja estranho a você. As pessoas têm instintos, mas nem sempre sabemos se eles são de alto-defesa ou sabotagem.

Então, eu sempre fui muito cuidadoso. Com quem me envolver? Nunca adentrar muito a vida de alguém que eu não conheço e nunca deixar que adentrem a minha. Fácil.

Mas eu não consigo entender o que houve em minha mente ontem.

Como bartender, eu estou em contato com as mais diferentes problemáticas - o que acontece muito quando junta pessoas bêbadas e com problemas -. O ser humano pode ser muito traiçoeiro, e eu tenho provas de histórias que eu escuto. Traições, términos, traumas, distúrbios e até mesmo crimes que me reportam. A necessidade de enganar e o ciclo de ser enganado.

E eu dirigi para casa de um homem bêbado.

Sem nem mesmo saber o nome dele.

Tenho vontade de me bater por isso.

Chegar em casa foi mais difícil do que o normal. Ao pegar o celular, vejo que são 06h00 da manhã. Respondo Niall dizendo que estou bem. Prefiro contar a ele tudo que aconteceu quando o ver. Tiro as roupas com agilidade e entro em baixo do chuveiro, sentindo a água quente cair sobre meus ombros.

Isso ajuda. Ah, ajuda.

Dormir não foi tão difícil. Definitivamente não.

▼△▼△▼△▼△▼

O moço da noite passada.

Dormi por exatas 3 horas e cinco minutos. Estou exausto. Sento na beira de minha cama e vejo que tenho que me apressar. Já são 8h30. Me levanto rápido e caminho ao banheiro, tomando um banho e fazendo as higienes devidas. O tempo passa voando.

Ele não sai da minha cabeça.

Cada traço de seu rosto ficou fixado em minha mente. Suas bochechas vermelhas, seus cabelos bagunçados, sua respiração entrecortada e sua voz rouca. Como se ele estivesse necessitado de algo.

Eu realmente gostei de imaginar que eu poderia o dar o que ele precisava.

Sai de casa com uma mochila que eu tinha guardada. Caso ele não entrasse em contato comigo, eu iria até a casa dele. Em um dos meus cadernos havia meu endereço de email, e ele sabia onde me encontrar.

Os fones estão em meus ouvidos quando eu entro no metrô. Seguro na barra próxima a um rapaz sério, e conto os segundos.

1. 2. 3. 4.

5.

Niall entra no metrô. Ele usa uma calça de alfaiataria bege e uma camisa preta. Por cima, um suéter da mesma cor de sua calça. Seu topete é espontâneo como sempre. Ele passa seus olhos azuis pelo vagão e me entrega um sorriso pequeno quando me vê.

Eu o retribui.

Ele caminha até mim e me presenteia com um abraço que apenas Niall pode dar. Acho que ele sabe quando eu preciso de seu carinho apenas olhando para mim.

- Como você está? - Entrego um fone a ele.

- Bem. - Ele coloca em seu ouvido e sorri, segurando a minha mão com a sua, enquanto a outra segurava firme a barra ao seu lado. - E você? Parece cansado. Chegou muito tarde?

- Dormi por três horas e cinco minutos. - Sorrio pequeno.

- Você foi para casa andando?

- Sim. - Não minto, mesmo sabendo que essa não era a resposta que ele queria ouvir. - Não fique irritado. Aconteceu... Algo.

- O que houve? - Seu dedo polegar acariciava minha mão.

Suspiro.

- Um rapaz foi até o Dirty e pediu um Dirty Secret. Eu estava atendendo ele e então escutei o que ele tinha a dizer. Ele disse que tinha terminado com o namorado e estava sozinho, já que havia perdido a mãe também. Ele estava chateado. No final, ele bebeu muito e me pediu para dirigir para a casa dele.

- Você não foi, não é? - Niall me olhava concentrado.

- Eu fui.

- Haz! - Ele me olhou indignado, mas ainda sim falava baixo ao som de Shania Twain. - Isso é perigoso! Sei que você consegue imaginar o perigo que você passou.

- Sim, eu consigo.

- Então por que se arriscar tanto?

- Eu não sei. - Olho para o chão, envergonhado. - Eu simplesmente não sei.

Percebo que Niall está me avaliando. Ele me analisa, e pergunta:

- Onde está sua mochila? Quero dizer, o que você costuma usar?

- E-eu...

Olho para Niall e vejo o que me faz confiar minha vida a ele: a compreensão em seus olhos. Ele me olha calmamente, sem julgamentos ou algo genérico. É apenas compreensão e atenção, e um pouco de confusão e preocupação. Ele está prestando atenção em mim. No que eu estou dizendo. E está vendo através de mim. Está vendo o que eu estou sentindo.

- Deixei no banco de trás do carro dele.

- Por que? Você esqueceu?

- Eu quero me certificar se ele estará bem.

Niall assentiu e suspirou.

- Isso é no mínimo estranho e curioso. É intrigante também, eu não entendo o que está te levando a fazer isso, na realidade. - Sinto sua sinceridade. - Isso é perigoso. Me deixa preocupado.

- Eu também não entendo, se quer que eu seja honesto. - A música agora é Mick Jagger. E David Bowie. - É só estranho. Ele estava vulnerável e isso me incomoda.

Niall não diz nada.

- Mas eu me incomodo com como eu confiei nele. Com como eu fui ingênuo. Eu juro que isso está me deixando bem incomodado.

- Não, tudo bem. - Ele morde o lábio. - Sei que você não é bobo. Apenas tome cuidado e me avise se algo assim acontecer novamente. Me mande uma localização ou algo genérico.

Assinto, sentindo ele encostar a cabeça em meu ombro.

- Como ele era? O garoto?

- Baixo. - É a primeira coisa que digo. - Não tanto, para ser sincero, mas ele tinha sua altura. Ele tem olhos azuis e cabelos castanhos. Um narizinho arrebitado e curvas. Curvas bonitas.

- Ele faz seu tipo. - Niall me lembra, desnecessariamente.

- Eu não sei. Ele estava muito bêbado e... Carente quando pedi para ele acertar a conta.

- Carente?

- Excitado. Ele estava ofegante e corado. - Consigo me lembrar dele. De seu rosto vermelho, sua respiração descompassada. Ele tinha uma ereção dentro do carro.

Senti um choque de eletricidade em mim. Correndo de meu pênis até meus pés.

- Uh, isso te deixa quente, não?

Olho para o teto.

Isso não seria certo. Eu não o conheço.

É desrespeitoso com ele.

- Eu não sei. Não sei o que eu senti por esse rapaz, mas foi novo e estranho.

Niall virou seu rosto, seu nariz em meu ombro e seus olhos no meu rosto. Não estou olhando de volta, mas sinto seu olhar.

- Eu poderia ser seu tipo. Claro, não sou curvilíneo, mas nem todos os rapazes que você ficou nos últimos tempos são.

Não sei onde ele quer chegar.

- É, você poderia.

- Mas você não sente tesão por mim, sabe por que?

- Sim, eu sei. Mas eu quero ouvir sua resposta.

- Simplesmente por que você me viu crescer. Assim como eu vi você. Você é uma pessoa de respeito e não se sente bem e nem se permite sentir tesão por pessoas alheias, a não ser as raras vezes que isso ocorreu.

Ergo as sobrancelhas.

- Hm, é isso mesmo.

- Mas não se sentir bem e não se permitir é diferente de não saber. Você sabe, Haz. Você conhece muito bem a si mesmo. Eu sei disso. Não esconda de mim.

Olho para o azul de seus olhos.

Sem julgamentos.

- Você sentiu tesão por ele, não é?

Mordo o lábio, lembrando-me do rapaz ofegante novamente.

Mais um choque.

Isso ainda é errado.

- Sim.

Ele apoia a cabeça em meu ombro de novo.

- Ele devia ser bonito.

É minha vez de não dizer nada.

▼△▼△▼△▼△▼

O dia foi corrido como sempre. Fiz algumas entrevistas pela tarde e fui à faculdade. Levei apenas meu notebook e uma caneta caso eu realmente precisasse. Cheguei ao Dirty, cumprimentei Mitch com um abraço e fui ao banheiro me trocar, começando a atender logo que saí.

Eu estava ouvindo um desabafo de uma moça que dizia que tinha sido traída quando Mitch cutucou minhas costas com suavidade, e sussurrou em meu ouvido.

- Haz, querem falar com você.

Oh meu Deus.

Meu coração acelerou a palpitação no mesmo instante.

- Quem é? - Pergunto, tentando soar o mais casual possível.

- Um rapaz. Disse que quer falar com o bartender de cachos longos. - Mitch de ombros.

Assinto.

- Peça para esperar, por gentileza.

Mitch assente e caminha para longe. Eu não olho em sua direção. Estou brincando com meus sentimentos. Quero ficar na curiosidade, na expectativa.

Termino de escutar o relato da moça sobre a infidelidade do marido e confesso que não prestei atenção em nem meia palavra depois do aviso de Mitch. Fiz o mesmo drink para ela que eu havia feito ao rapaz que possivelmente me aguardava, limão e vodka. Pedi para Pauli me cobrir enquanto caminhei até Mitch.

- Onde ele está?

- Na mesa 28.

- Obrigado.

Saio de trás do balcão e caminho até a mesa de número 28, olhando para o rapaz que mantinha a atenção na tela de seu celular. Minhas pernas amoleceram e meu coração acelerou ainda mais. Vi que minha mochila estava ao seu lado.

Sentei-me à sua frente.

- Olá, boa noite. - Lhe dou um sorriso, tentando disfarçar minha ansiedade.

Quando seus olhos azuis pararam nos meus, percebi que seu rosto corou. Ele bloqueou o celular e começou a bater as unhas na mesa.

- Você deixou sua bolsa comigo. É... boa noite.

Sua voz é uma melodia.

- Eu realmente achei que a havia perdido. - Comentei, sabendo muito bem da minha mentira. - Um alívio que ela esteve contigo.

- Pois é. Tome aqui. - Ele sorriu e me entregou a mochila. - Bom, sinto que agora seja o momento em que eu te agradeço de maneira adequada por sua gentileza. Por ter me levado até minha casa.

- Ah. - Sorrio. - Não tem com o que se preocupar.

- Espero não ter sido inconveniente. - Ele me olhava preocupado.

- Você não tem com o que se preocupar. - Respondo simples. - Eu apenas lhe fiz um favor.

- Mas eu preciso lhe agradecer. Obrigado.

- Você não tem o que agradecer. - Insisto, meus olhos hipnotizados pelos seus azuis. - Foi um prazer te ajudar. Está afim de beber alguma coisa?

Ele riu anasalado.

- Estou morrendo na mão da ressaca. Ela está me matando lentamente. - Seu rosto está inclinado de maneira adorável e seu sorriso é pequeno.

- Posso te fazer um drink kids.

- Kids?

- É, mesmo que crianças não possam entrar, nós fazemos drinks sem álcool. Aceita? Direito a balas Haribo. - Gesticulo com a cabeça indicando o balcão.

Ele sorri, o maior sorriso que deu até o momento.

Minhas pernas são inúteis agora.

- Vou ficar devendo essa para você. - Seu sorriso ainda está lá, e quando ele se levanta, arrumando o grande moletom que cobre seu corpo, eu mordo o lábio inferior. Ele é pequeno. Eu não exagerei.

Eu me levanto também, olhando para seu rosto com devoção. Ele é lindo.

- Eu posso saber seu nome? - Pergunto o mais rápido possível.

- Louis. - Ele pronuncia lentamente. - Meu nome é Louis.

LouisLouisLouis.

Combina com ele.

- Bom, eu vou indo. - Louis dá de ombros. - Tenha um bom trabalho.

- Obrigado. - Não sei o que dizer e nem o que fazer.

- Então... Tchau. Obrigado por sua ajuda. - Ele se afasta.

Não posso deixar ele ir.

- Hey! - Digo alto. Alto o suficiente para fazer ele parar. Alto o suficiente para as borboletas no meu estômago baterem suas asas de maneira rápida e ansiosa. Alta o suficiente para fazer eu me arrepender mais tarde. Alto o suficiente. - Existe alguma chance de eu te ver de novo?

Ele se vira para mim. Seus olhos me analisavam.

- Quem sabe? - Ele pronuncia tão devagar que eu sou capaz de enxergar sua língua se movendo a cada sílaba. - Foi o que o universo fez acontecer.

Essa frase é minha.

Sorrio, assentindo e o deixando ir. Ele sorri para mim também, suspirando e dizendo:

- Até o próximo golpe do universo.

Assistir ele se afastar me fez ter um frio na barriga diferente de todos os que eu tive até hoje.

▼△▼△▼△▼△▼

- Niall? - Sussurro no telefone. - Está me ouvindo?

- Hm... - Sua voz está com sono e me sinto culpado agora por acordá-lo. - Estou te ouvindo. Só me dê um segundo.

Escuto ele se mover nos lençóis.

- Sim. Pode dizer.

- Desculpe te acordar. Consegui minha mochila. - Digo, ainda sussurrando, sabendo que ele entende o que isso significa.

- Oh. E como foi?

Sorrio, mordendo o lábio. Não quero parecer patético, mas eu já pareço. Eu nem sequer conheço o rapaz.

- Tranquilo. O nome dele é Louis.

- Tranquilo? E o que mais? Eletrizante? Sexy?

- Novo. - Essa era a única palavra para descrever uma pequena parte do que eu sentia. - Absurdamente novo.

Escuto uma risadinha do outro lado da linha.

- Eu estou feliz de ouvir isso. Como ele é? Tipo, sóbrio?

- Eu tive uma conversa com ele sóbrio antes. - Suspiro e finalmente consigo abrir a porta de meu apartamento, a trancando e sentando no sofá logo em seguida. - Ele é muito sexy. Muito.

- Eu imagino ele bem sexy. - Niall diz. - Lábios carnudos e olhos redondos como o de uma boneca.

Uma risada sai de forma espontânea de mim.

- Não... Sem lábios carnudos e olhos grandes. De jeito nenhum. - Tiro meus jeans e massageio minhas canelas. - Eu diria lábios finos e olhos estreitos. Não como um asiático, mas acho que olhos pequenos definem melhor.

- Realmente? - Niall parecia verdadeiramente impressionado. - Isso é diferente do que eu imaginava.

Tiro a camisa e vou até o espelho, analisando o elástico da boxer em meu corpo.

- Eu nunca fui capaz de imaginar alguém como ele. - Estou sendo sincero.

Tiro a boxer e analiso meu corpo. Nu. Depois de um dia inteiro de trabalho. Suado. Cru. Sou eu ali.

E para mim, o que eu vejo é maravilhoso.

Eu amo meu corpo. Minhas tatuagens. Os pequenos detalhes. Os pelos ralos em meu abdômen. As marquinhas. Quase tudo. Eu amo cada coisa que esse corpo já fez por mim. Cada cicatriz que é invisível para muitos, mais gritantes e chamativas para mim. Cada pequena marca de expressão em meu rosto, cada bíceps, cada coisa que me fez especial.

Acho que o meu único problema com meu corpo são a acne que tenho em meu rosto. É difícil ter acne, por que forando o fato que ela te deixa se sentindo feio com sua aparência, elas doem e sangram, deixam meu rosto sensível e me fazem sentir dor.

Niall me tira de meus pensamentos. Ele boceja e suspira.

- Acredito totalmente em você.

Sorrio por sua voz de sono.

- Vou deixar você dormir. - Corro o dedo por minha v-line, vendo que meu próprio toque é capaz de me arrepiar. - Me mande mensagem quando acordar.

- Hm... Obrigado. Eu te amo. Não vai dormir muito tarde.

- Eu também te amo.

Tiro o telefone de meu ouvido, desliguei e sorrio pequeno, segurando meu pau semi ereto em minha mão. Não tenho certeza se quero me masturbar.

Sei que se eu me tocar eu vou pensar em Louis.

Mas estou excitado, quente. Sem atividades sexuais há algum tempo.

Não.

Um banho gelado vai servir hoje. É isso que me espera.

Mas mesmo decidido a não envolvê-lo nas minhas atividades sexuais, seu rosto ainda não sumiu de minha mente. Nem quando a água gelada caía nas minhas costas, nem quando eu me enfiei em meio às cobertas, nem quando fechei os olhos e me permiti me desligar. Seu rosto estava em minha mente agora e eu tenho a impressão de que não vai sair tão cedo.

E isso não me incomoda.

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