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By jackyoyo

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Elizabeth Harrington Steven Harrington Eddie Munson Robin Buckley Nancy Wheeler Max Mayfield Lucas Sincle... More

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By jackyoyo

Eliza pov

Estávamos caminhando há um tempo, e eu começava a ficar impaciente. Queria um banho e já estava cansada dessa perseguição louca. Dustin estava correndo como se tivesse visto um fantasma, e Eddie o seguia de perto.

- A gente tá chegando! - grita Dustin, ainda empolgado.

- Opa! Olha pra frente, bonitão! - Eddie diz, pegando Dustin de surpresa e quase o fazendo cair no lago.

- Ah não, ta sacanagem! - Steven diz, balançando a cabeça.

- É, bem que eu tava reconhecendo essa mata, hein? - Eddie diz, como se tivesse percebido algo familiar.

Eu, cansada e não me sentindo bem, me sentei em um canto qualquer. O Lago dos Amantes era o último lugar que eu queria voltar, e minha mente só voltava pra morte de Patrick.

- Lago dos Amantes? - Robin pergunta, tentando entender.

- Agora eu tô confuso! - Dustin diz, visivelmente perdido.

- Tem um portal no Lago dos Amantes? - Max pergunta, com a expressão curiosa.

- Sempre que o Demogorgon atacava, ele deixava uma abertura. Vai que com o Vecna é a mesma coisa... - Nancy fala, tentando fazer sentido da situação.

- Só tem um jeito de descobrir. - Steven diz, com uma expressão de determinação.

Eles decidem pegar o barco e partir para o lago. Robin, Nancy, Eddie e Steven entram. Eu me levanto porém minha pressão cai e eu dou dois passos pra trás.

- Eliza, você tá bem? - Dustin pergunta, preocupado ao ver meu estado.

- E OBVIO QUE NÃO! Eu tô com medo, tô com fome e sinto que vai dar tudo errado! - resmungo, frustrada, enquanto tento manter o equilibrio.

Max se aproxima e me segura para eu não cair

- Eliza, você não vai perder a gente. A gente é osso duro de roer. - Dustin diz, tentando me dar confiança.

Eddie, sempre tentando aliviar a tensão, fala:

- Não se esqueça da promessa que eu fiz, lembra? Nossa aposta.

- Além do mais, a gente só vai lá para ver, e não vai acontecer nada demais, OK? - Steven completa, tentando me convencer.

- Ok, mas eu já vou deixar bem claro: se vocês se machucarem, eu vou matar vocês, e sério! - Eu respiro fundo tentando não pensar no pior

Eles saem em direção ao lago, e eu, Max, Dustin e Lucas ficamos de vigia. Observo tudo pelo binóculo e vejo a cena se desenrolando.

- Meu Deus, desde quando o Steven ficou tão peludo? - pergunto, rindo, enquanto olho pelo binóculo.

- Não é? Eu já falei pra ele aparar essa juba. - Dustin diz

- Deixa eu ver - Mas pega o binóculos e solta uma risada anasalada

- O quê? - Lucas fala confuso

Eu pego de volta pelo binóculo e vejo Eddie acendendo um cigarro, o que me irrita profundamente.

- Eddie, seu filha da puta, eu vou te matar! - eu digo, irritada, quase estourando de raiva.

Entrego o binóculo para Dustin e me afasto deles, tentando processar tudo o que está acontecendo. Mas a situação toma um rumo mais sério quando ouço a sirene dos policiais.

- Unidades investigando... - ouço de longe.

- Puta merda! - murmuro para mim mesma, correndo agachada até onde eles estão e me escondendo.

- Rápido, se esconde! Os policiais estão aqui! - eu grito, me aproximando do grupo.

Max, Dustin e Lucas, aparentemente sem opções, começam a correr, criando uma distração enquanto eu me afasto para outro lugar, tentando não ser vista.

- Merda, e agora? - Max grita enquanto corre.

Eu vejo a oportunidade de criar uma cena e, com lágrimas nos olhos, começo a gritar:

- SOCORRO! SOCORRO! ALGUÉM, POR FAVOR!

Um policial corre até mim, e ao vê-lo, minha expressão muda, simulando um alívio exagerado.

- Ai meu Deus, Elizabeth Harrington, você está bem? - o policial pergunta, surpreso.

Eu deixo as lágrimas caírem, forçando uma expressão de pânico.

- Meu Deus, finalmente! Por favor, me tira daqui! - imploro, agarrando o policial.

Ele me leva até onde Dustin, Max e Lucas estão. Quando vejo os outros policiais, faço uma expressão de alívio.

- Eliza? - Max diz, preocupado, vendo a cena.

Eu, com a maior cara de inocente, respondo:

- Ai meu Deus, que bom! Vocês estão bem? Eu achei que ele tinha pego vocês também. Muito obrigada, foi graças a vocês que consegui fugir dele! - piscando um olho discretamente para eles, tentando convencer os policiais de que a história fazia sentido.

O policial, confuso, pergunta:

- Pera, o que?

O outro policial, mais sério, diz:

- Ok, vamos deixar as perguntas para quando chegarmos.

Os policiais nos levaram até a casa da Nancy, e eu estava em pânico, mas não podia demonstrar. Eles insistiram em ligar para os meus pais, mas eu pedi que ligassem para minha guardiã legal. Mesmo assim, decidiram ligar para os meus pais. A tensão estava no ar, e eu sabia que precisava manter a calma.

- O que vocês estavam fazendo no lago? - o policial perguntou, olhando para Dustin.

- Nadando. - Dustin respondeu, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Às 9 horas da noite? - o policial parecia cético.

- Nadada noturna. - Dustin respondeu, sem nem hesitar.

- E como encontraram Elizabeth? - o policial virou-se para mim.

- Eu fugi do Eddie, graças a eles, senhor. - respondi, tentando manter a voz firme.

- O que aconteceu, afinal? - o policial insistiu.

Eu respirei fundo e comecei a contar:

- Eu estava indo para a casa da minha amiga dormir lá, mas o Eddie me sequestrou no meio do caminho. Ele disse que seria bom se ele quisesse fugir dos policiais. Primeiro, ele me levou para uma casa afastada na floresta, mas quando os meninos do basquete nos deixaram, ele me colocou em um barco e me levou até a Pedra da Caveira. Ele me desmaiou e, quando acordei, ele não estava lá. Então, eu saí correndo e acabei trombando com eles. Eles disseram que viram o Eddie e estavam fugindo dele.

Max, Dustin e Lucas confirmaram, dizendo que eu estava aterrorizada, tremendo, e que não sabíamos o que fazer até ver os policiais.

De repente, a porta se abriu, e os pais de Steven entraram. Meu corpo congelou ao vê-los, especialmente minha mãe, Ana, que me viu sentada no sofá. Ela correu até mim, mas eu me levantei e me escondi atrás do sofá.

- Eu pedi para chamar a Carol, não eles. - falei, minha voz mais fria do que eu queria.

- Nós somos seus pais, não ela! - Arthur, o pai de Steven, gritou.

- Ela me criou e me amou, diferente de vocês. Ela foi mais mãe/pai do que vocês. - retorqui, com raiva contida.

Arthur, furioso, gritou:

- FICA QUIETA, Elizabeth!

Eu não me importava mais com o peso que estava na sala. O pai da Nancy começou a falar bobagens, e logo uma discussão começou. A confusão aumentava, até que o policial mandou todos ficarem quietos e falou que queria ouvir um de cada vez, começando pela Max. Nos dirigimos para a cozinha enquanto eles conversavam com ela.

Enquanto isso, Dustin e Lucas tentavam falar com Érica, mas ela tinha uma personalidade muito forte para sua idade. Eu estava tão preocupada com tudo que não estava prestando atenção nisso até ouvir Érica perguntar:

- Vocês falaram que seguiram o Vecna pelas luzes, né?

- Sim, por quê? - Lucas perguntou, sem entender.

- Porque eu acho que ele tá aqui. - Érica disse, e eu olhei para ela, e logo olhei as luzes piscando

Dustin, eu e Érica dissemos em uníssono:

- S.O.S.

- Então lembra que eu falei que eles não seriam burros de atravessar o Watergate. - Dustin comentou, parecendo frustado.

- Puta merda. - eu murmurei, já imaginando o que viria a seguir.

- Eu subestimei eles. - Dustin admitiu, e nós começamos a pensar em um plano.

De repente, a ideia de uma fuga começou a se formar, e em seguida, saímos correndo. Pera, eles estavam roubando uma criança? Aquilo foi hilário. Subimos até o quarto da Nancy e colocamos todas as bolinhas no brinquedo que tínhamos encontrado.

- Pronto, vai vai vai vai vai vai vai vai! - Dustin falou, animado.

Lucas colocou o brinquedo na tomada, e ele começou a brilhar intensamente.

- Ok, agora vamos tirar da tomada. - Dustin ordenou, e Lucas rapidamente tirou o brinquedo da tomada.

Nós todos torcemos para que funcionasse, até que começou a escrever, vendo que deu certo!

- P...r...e? O que é "pre"? - Dustin disse, tentando entender.

- S..o..s... Ata... presos. - Eu completei, apreensiva.

- Eles estão presos no Mundo Invertido. - Lucas disse, mais calmo.

- E não dá para voltar pelo Watergate? - Dustin perguntou, tentando entender as opções.

Nós respondemos todos juntos:

- G...u..a.r... Guardas...?

- Ok, no Watergate tem guardas. A gente pensou numa teoria que pode ajudar. O Watergate não é o único, tem um portal cada vez que uma pessoa morre. - Dustin explicou.

Eu soltei uma risada ao ver um ponto de interrogação no brinquedo, e Dustin parecia sério:

- É sério, gente, quantas vezes eu vou ter que acertar na mosca para vocês confiarem em mim?

Um sorriso escapou de mim ao pensar no que Eddie e Steven diriam, provavelmente estariam o chamando de abusado a essa altura.

Dustin desceu para chamar Max enquanto bolávamos o plano de fuga.

- E só pular a janela, seu bundão. - Érica disse com uma expressão convencida.

- Ela tá certa. - eu concordei, quase rindo.

- A gente não vai pular a janela. - Lucas respondeu, ainda cético.

- Vai sim. - Dustin insistiu.

Quando Max chegou, todos nós pulamos a janela e saímos correndo com as bicicletas. Érica, sempre com sua personalidade forte, pegou um prego e furou o pneu do carro dos policiais enquanto nós saíamos.

Subi na garupa de Dustin, e os pais de Dustin começaram a gritar seus nomes enquanto nós fugíamos, mas não havia mais volta.

Fomos em direção à casa do Eddie, onde a Chrissy... morreu. Ao chegarmos, notamos que o teto estava estranho.

- Lucas, me arranja uma vassoura - Dustin diz, olhando para o teto.

- Aqui - Lucas responde, entregando a vassoura.

Dustin começa a bater no teto e, para nossa surpresa, forma-se um buraco. Não vemos o céu, mas sim... eles.

- Oi - eu digo, acenando para eles.

Todos rimos com a nossa pequena vitória.

- BADA BADA BUM!

Depois disso, Dustin nos manda pegar lençóis e um colchão. Colocamos o colchão no chão e ele começa a fazer uma corda de lençóis.

- Não faço ideia de como a física vai funcionar aqui, mas... vamos ver - Dustin fala, jogando o lençol para o alto. - Que bizarro... Agora, se a teoria estiver certa...

Ele tira a mão do lençol e, para nossa surpresa, o lençol fica suspenso no ar.

- Abracadabra!

- Nossa, que foda! - Max exclama, impressionada.

- Caraca, isso é inacreditável! - Robin adiciona, rindo.

- Essa é, sem dúvida, a coisa mais bizarra que já vi. E olha que eu já vi muita coisa estranha por aí - comenta Érica, com um sorriso no rosto.

- Vai, puxa aí, vê se ela aguenta - diz Dustin, ansioso.

Robin começa a puxar o lençol e, sim, ele aguenta. Ela começa a subir, mas fica de ponta cabeça e cai logo em seguida. É estranho, mas funciona.

- Deu certo! Que legal! - Robin diz, empolgada.

Após ela, Eddie começa a subir. Sinceramente, estou bem irritada com ele. O desgraçado não parou de fumar. Quando ele se levanta, eu o empurro de volta para o chão. Olho para ele com raiva e me viro.

- Eu e você, lá fora, agora! - digo, já saindo para fora.

- Se ferrou, Eddie! - Dustin ri, sabendo que ele está encrencado.

Eddie dá alguns passos lentos até sair.

- Precisava me empurrar, Eliza? - ele pergunta, com uma expressão de desdém.

- Sim, e me diz: quando vai parar de usar essas coisas? Eu te vi pegando um no barco, então não adianta mentir - falo, sem olhar para ele. Não quero encarar.

- Eliza, eu... - Eddie começa, mas eu o interrompo.

- Não! Eddie, você precisa entender isso. Essas coisas fazem mal para você. Você pode morrer! E eu não quero ver isso acontecer, não assim. - Falo, frustrada, tentando conter a emoção.

- Eu não entendo... Por que você odeia tanto isso? Não pode ser só por causa disso, Eliza. Por que? - ele pergunta, claramente perdido.

Eu hesito por um momento, então finalmente falo, as palavras saindo de mim com dor.

- Porque meu pai me obrigou a usar isso com 5 anos. Fiquei internada por 7 dias depois disso. - Eu me viro para ele. - Sabe o que é uma criança sendo obrigada a usar drogas, por causa de um pai de merda?

- Não, eu não sei... - Ele dá um passo na minha direção, me abraçando. Eu só deixo, o corpo pesado de sentimentos não ditos.

- Ele me odiava, Eddie. Sempre me odiaram. Por muito tempo, eu também me odiei, até você aparecer e me fazer sentir o que é ser amada, valorizada... Até que eu descobri que você estava se drogando. E aquilo... aquilo me destruiu. Eu... - minha voz quebra, mas antes que eu possa continuar, sou interrompida por Eddie, que me beija.

O beijo é intenso, carregado de culpa e tristeza. Eu fecho os olhos e, mesmo assim, retribuo.

- Me perdoa, Beth. Eu não queria te magoar de novo. Eu realmente não uso mais isso, só quando fico estressado, mas juro que vou parar. - Ele sorriu, tentando me tranquilizar.

- Não vacila comigo de novo, Munson! Eu não sei o que vai acontecer daqui pra frente, mas uma coisa é certa: eu gosto de você, gosto de uma forma que nunca gostei de ninguém.

- Eu sou perdidamente apaixonado por você desde que éramos crianças, Elizabeth Harrington. - Ele sorriu, mais uma vez, e o meu coração disparou.

Nos beijamos novamente, agora um beijo apaixonado, sem culpa, sem medo. Eu nunca imaginei que alguém pudesse me fazer sentir tão leve.

- Gente, temos um... - Dustin apareceu de repente, com um sorriso no rosto, e os dois se separaram rapidamente. Eu senti o calor subindo ao meu rosto, uma onda de vergonha.

- Foi mal atrapalhar, mas aconteceu alguma coisa com a Nancy

Entramos na sala e vimos Nancy em estado de transe. De repente, ela voltou ao normal, mas parecia claramente mal.

- Você está bem, Nancy?

- Não... eu preciso contar algo para vocês.

- Vamos para a minha casa. - Max disse, guiando todos para lá.

Enquanto Max preparava água para Nancy, eu fui conversar com Steven.

- Mas que droga, Steven! Você está todo ferrado! - Apontando para o sangue na sua blusa e nas mãos.

- Calma, Eliza. A gente teve problemas no Mundo Invertido, mas eu tô bem!

- Por que você continua se arriscando assim? Desde que éramos crianças, você sempre se meteu em confusão, brigava, voltava todo machucado...

- Desculpa, Liz. Não saiu como planejado.

Eu o abracei com força. Não queria perder mais ninguém.

- Por favor, vê se toma mais cuidado. Eu ainda preciso do meu irmão.

- Pode deixar, Beth.

- Já te falei, só o Eddie pode me chamar assim. E é exclusivo dele.

- Ah, pronto! Agora vocês estão namorando? Nem parece que você odiava ele!

- Eu nunca odiei ele, só estava magoada. E não estamos namorando... ainda.

- Por enquanto... - Eddie apareceu de repente, fazendo com que eu olhasse para ele, surpresa.

- O QUE? - Steven fez uma cara de irmão protetor.

- Isso foi um pedido? - Perguntei, com os olhos brilhando de expectativa.

- Entenda como quiser. Agora vamos, a Nancy tem algo importante para contar. - Eddie me puxou para a sala, ainda com a mão sobre a minha.

- Trocaram duas vezes... - Steven brincou, fazendo cara de drama.

Nos sentamos juntos na sala, com Eddie ao meu lado e Steven no outro.

- O que aconteceu, Nancy?

Nancy começou a explicar tudo o que viu, e a cada palavra, meu coração apertava mais e mais.

- Quatro badaladas... O relógio do Vecna. São sempre quatro badaladas, exatamente quatro.

- Eu também ouvi. - Max completou.

- Ele estava contando o plano o tempo todo.

- Quatro mortes, quatro portais... o fim do mundo. - Lucas disse, com uma expressão preocupada.

- Bom, se for isso, ele só precisa matar mais um. - Dustin disse, tentando manter a calma.

- Aí, minha nossa senhora... - Eddie murmurou.

- Ok, tem algum banheiro por aqui? - Perguntei, me levantando rapidamente, sem conseguir processar tudo o que estava acontecendo.

- Ali, à direita. - Max apontou para o corredor.

Fui até o banheiro e me tranquei lá dentro. Chorei. Chorei tudo o que estava guardado. Eu não estava preparada para o fim do mundo. Não queria perder o Eddie, o Steven, nem ninguém. E se eu morrer e não ver mais minha mãe?

- Droga, eu só queria que tudo isso acabasse logo! - Soltei, em desespero.

Toc toc.

- Sou eu, Beth. Me deixa entrar, por favor.

Abri a porta e Eddie entrou, fechando atrás de si. Me abraçou, forte, como se fosse a última coisa que ele fosse fazer.

- Sei que você está assustada. Eu também estou. Estou com medo de perder a pessoa mais importante da minha vida, mas não podemos desistir agora.

- Eu sei, Eddie. Só é difícil lidar com tudo isso. - Eu falo frustada

- Eu sei, querida. Eu sei.

Eu sorri ao ouvi-lo me chamar de "querida". Algo tão simples, mas que, de alguma forma, me deixava boba.

- É a primeira vez que você me chama assim. Eu gostei.

- Gostou, hein? Bom saber, querida. - Ele sorriu de volta.

- E o que você pretende fazer depois que tudo isso acabar?

- Arrumar minha vida, procurar um emprego, ter minha casa... e...

- E?

- Casar e ter uma filha chamada Lucy. Seria perfeito. E mais perfeito ainda seria se você fosse minha esposa. - Ele me olhou com os olhos brilhando, esperando minha resposta.

- Lucy... Eu amo esse nome. Sabe, eu nunca pensei que iria casar ou ter uma filha, mas, se for com você, eu aceito. - Sorri, sentindo o coração acelerar quando vi ele se ajoelhar e pegar minha mão.

- Então, Elizabeth Harrington, você aceita ser minha esposa na saúde e na doença, na loucura e na insanidade, com uma guitarra super alta ao som de Metallica até o fim dos tempos?

- Eu tenho escolha? - Perguntei, rindo, não conseguindo segurar o sorriso.

- Tem. Dizer "sim" ou "claro"!

- Então, eu, Elizabeth Harrington, aceito ser sua esposa, se você prometer me amar, mesmo eu sendo doida, dramática, e, às vezes, possesiva.

- Eu prometo.

- Então, eu aceito ser sua esposa. - Digo, levantando ele e o beijando. Rimos, e, mesmo com o mundo prestes a acabar, eu sabia que estaríamos juntos, sempre.

- Vamos, Elizabeth Munson? - Ele disse, pegando minha mão.

- Só se for agora, Eddie Munson.

Eddie me puxou para um beijou novamente, e sussurrou em meu ouvido:

- Não pense que isso não foi sério, porque agora você é oficialmente minha mulher. E não tem volta.

Sorri e o abracei com força.

- Perfeito.

Saímos do banheiro, e todos estavam nos olhando

- O que vocês estavam fazendo lá dentro? - Max perguntou, desconfiada.

- Não sei... - Eddie respondeu, olhando pra mim. Eu soltei um sorriso, sem saber o que dizer.

- Ok, isso foi super estranho, mas vamos voltar ao assunto. Não dá pra matar o Vecna sem uma arma. - Robin disse, tentando focar.

- Eu sei onde podemos comprar armas. - Eddie falou com entusiasmo.

Ele correu até seu estojo, pegou um jornal ou algo do tipo e o colocou sobre a mesa.

- Saca só. A "Zona de Guerra". Já fui lá uma vez, é enorme, tem de tudo, o que você precisar pra... matar coisas, resumindo. - Eddie explicou, apontando para o jornal.

- Será que o "Rambo falseta" tem armas suficientes? Isso é uma granada? Como isso é permitido? - Robin perguntou, um pouco cética.

- Bom, sorte a nossa que é permitido. - Eu disse, tentando amenizar.

- Então, essa loja fica bem pertinho de Hawkins. Se a gente evitar as ruas principais, conseguimos passar sem ser vistos pela polícia ou pelos caipiras malucos. - Eddie completou, com um tom mais animado.

- Se você quer evitar os caipiras malucos, acho que não deveria ir a uma loja chamada Zona de Guerra. - Érica comentou, olhando pra Eddie.

- Eu até concordaria, mas a gente realmente precisa de armas. Acho que vale o risco. - Nancy disse, pensando um pouco.

- Eu também acho. - Lucas confirmou.

- Mas será que vale o tempo? Vai levar o dia inteiro pedalando, ida e volta. - Dustin questionou, ainda hesitante.

- Quem falou em pedalar? - Eddie respondeu com um sorriso travesso.

- Você tem um carro e ninguém está sabendo? - Steven perguntou, curioso.

- Olha, não é exatamente um carro, Steven, e não é exatamente meu, mas... vai servir.... Ruiva, você tem uma máscara de esqui, uma bandana, algo assim? - Eddie perguntou, virando-se para Max

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Obrigado por ler até aqui e desculpe os erros ortográficos por favor comentem e não se esqueçam de votar beijos no popô🌊💕🔦

(3393 palavras)

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