Na Sua Jogada

By CarolyneVitoria

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Nunca ache que uma coisa não pode piorar. Era esse pensamento que Jane tinha sobre sua vida, já que nada e... More

Cast de Na sua jogada
01- Ferida
02- Dói ser notada
03- O começo
04- obrigações
05- Um Passo
06- Marry
07- Cicatrizes
08- Minha distração.
09 - Você nunca valeu a pena
10 - Apenas a primeira
11- Apelido
12- Na minha casa ou na sua?
13- Festas e algumas fugas
14- Só o que faltava
15- Fama
16 - tentação
17- Coração não, boca sim!
18- supresa
19- Desculpas não, apenas fatos
20- Entre o paraíso e o purgatório
21- Esse príncipe
22- Hey, brother
23- uma decepção atrás da outra
24- Porque eu quero você
25- Mais do que posso admitir
26- Pra dizer que estou com saudades
27- São os caras legais que ferram com a gente
28- Fã número 1°
29- fique a vontade
30- Mas eu quero
31- Primeira Dama?
32- o aniversariante tem o que ele quer
33- afogando as mágoas
34- você é tudo que eu quero
35- Noite de besteiras
36- infeliz incidente
37- outra primeira vez
38- outra primeira vez. Part.2
39- provável fim
40- Você nunca lutou por nós
42- alguns adeus doem mais que outros
43- As coisas mudam tão rápido
44- fazer isso juntos
45- Esse assunto se chama tesão?
46- você tem que parar de achar que não é minha prioridade
47- não é só uma "garota"
48- não vou pedir isso
49- puro altruísmo
íDz
Aviso
Mimos
Livro da Stefanny

41- Teste

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By CarolyneVitoria


Estou parado no mesmo canto desde que ela foi embora. Não adiantaria eu ir atrás dela. Ela parecia não suportar nem escutar minha voz.

- Cara, - A última voz que EU gostaria de escutar soou perto de mim. Perto demais. Tão perto que minha mão começa a tremer de raiva.

- Eu acho melhor você ir embora antes que eu mate você. - Falo entre dentes.

Como o filho da puta sem noção que ele era, continuou se aproximando.

- Eu não falei pra ela. Juro.

- Não é? E como ela soube? - Pego o colarinho da sua camisa engomadinha. Ele era alto, mas eu era mais. Ele engole em seco mas não fala porra nenhuma! - Como. Ela. Soube. Porra.

Ele tosse pelo meu aperto no seu pescoço.

- Eu sem querer contei a Caren. Eu deixei escapar. Eu não queria.

- Você não queria é? - A única gota de autocontrole que tinha no meu corpo evaporou e foi quando eu deferi o primeiro murro no seu rosto.

Ele tentou me empurrar mas eu não parava de bater nele, minha mão ardia mas não era nem perto do tamanho da raiva que eu tava sentindo.

- Para, Will. Merda, se controla. - Josh grita enquanto agarra meus braços por trás me afastando do corpo caído. - Você vai matar ele.

Viro direcionando minha raiva pra o outro idiota que me segurava.

- Se presente fazer isso, escolha um lugar que não tem mais de cinquenta testemunhas. - Só então noto que da plateia que se forma ao nosso redor.

Puxo meus braços pra longe dele e vou embora não me importando em pedir licença.

Faz alguns minutos que estou parado dentro do meu carro olhando pra seu teto. Tinha chegado em caso a algum tempo já mas ainda não tive coragem pra entrar.

Quando minha mão lateja mais resolvo entrar e por gelo naquilo. Um sensação de vazio permanece em meu peito. Raiva. Angustia. Medo.

Puta que me pariu. Muito medo de perder ela.
Eu iria dar hoje pra ela esfriar a cabeça e talvez ela possa me ouvir amanhã. Vou ser literalmente sua sombra. .

As luzes estão todas acessas, meu irmão está na sala de cabeça baixa. Estranho.

- Aconteceu alguma coisa? - Pergunto olhando pra direção dos quartos pra ver se indentificava algum movimento.

- Mamãe piorou. - Ele fala mas não consigo ver sua expressão.

Meu coração se aperta e subo as escadas em dois e dois degraus. Só diminuo o ritmo ao chegar no seu quarto.

Meu pai está a seu lado, pela primeira vez, e eles conversam alguma coisa.

- Mãe?

- Tá tudo bem, não surte ainda. - Sua voz está falhada contrariando o que ela está falando.

Desvio os olhos pra meu pai e ele nega com a cabeça.

Me aproximo da sua cama e encosto meus lábios na sua testa que se encontra quente.

- O médico já veio?

- Já, só preciso descansar que estaria ótima amanhã. - Seus olhos estavam meio caídos denunciando seu cansaço.

- Tudo bem, vou te deixar descansar. - Com um beijo na bochecha saio do quarto e volto pra sala.

- O que aconteceu? - Pergunto a Collin.

- Os pulmões estão sendo afetados também. - Diz. - Não é surpresa, lupos normalmente age rápido, com nossa mãe até demorou.

- O que você quer dizer? - Questiono mesmo não tendo certeza se gostaria de saber.

- Que se não acharmos um compatível com ela... Hm.. - Ele parece não conseguir terminar.

- Entendi.

- O que aconteceu com sua mão?

- Fiz o que devia ter feito a muito tempo. - Olho pra minha mão suja de sangue, a grande maioria não era meu.

Ver minha mão daquele jeito lembra o que aconteceu a pouco tempo. O mundo parecia está sobre meus ombros.

- Melhor a gente ir dormir. Não vai adiantar de nada ficarmos acordado.

Depois daquela conversa um tanto esclarecedora com Jane cheguei a conclusão que eu teria que suar pra ter ela de volta.

Eu vejo nos seus olhos que ela ainda me ama só está magoada e ressentida. Com razão.
Mas eu ia mudar isso.

Eu ia lutar por nós.

Estando determinado a isso volto pra casa pra poder pensar com mais calma e ficar mais com minha mãe.

Meu pai finalmente estava se tornando um homem de verdade e tinha diminuído sua carga horária pra ficar com ela.

Todos nós tinhamos feito o mesmo.

Hoje ela estava na sala deitada no sofá enquanto assistia algum desses programas que ela gostava.

Sento na ponta do que resta do sofá e observo a televisão. Finjo prestar atenção mas estou ali apenas pra fazer companhia.

- Pensei que fosse sair com Jane hoje. - Sua voz suave demais diz.

Engulo em seco, eu não tinha dito a ela e nem pretendia. Tínhamos coisas mais importes pra se preocupar.

- Não não. - Respondo apenas.

- Peça desculpas. - Diz com os olhos fixos na televisão, não digo nada porque não entendo. - Eu sei que aconteceu alguma coisa. Leva desculpas. Não perca isso que você tem com ela, é especial. Não é sempre que achamos. Eu tive a sorte de achar nova, e você também. Não desperdice.

- Eu fiz merda.

- É mal do lado masculino dessa família. Você consegue concertar. Pode me levar até meu quarto, querido? Estou cansada.

- Claro, cadê meu pai?

- Ele saiu a pouco tempo, teve uma emergência, mas Jajá ele volta

- Huh. E Collin?

- Trabalhando, foi chamado de última hora.

- Nossa, ele parece tão responsável. - Brinco já chegando em seu quarto, ela rir mas que logo vira uma tosse.

- Seu irmão é.

Depois de colocá-la na cama e ajudar ela a se acomodar melhor saiu para o meu, deixando a porta aberta pra caso ela chamasse.

O que não foi de muita serventia, já que dormir pouco tempo depois.

Acordo com o meu celular tocando, penso que é o despertador mas não.

- Alô? - Pergunto, minha voz ainda rouca de sono. Não reconheci o número.

- Bom dia, somos da faculdade de NY. Estamos falando com Will Storm?

O que?

- Sim. Posso ajudar?

- Sim, alguns olheiros da nossa faculdade presenciou um de seus jogos. Mas formos informados que outra universidade já fez uma proposta, certo?

O que?

- Sim.

- Então estamos te oferecendo outra. Uma bolsa totalmente integral por sua colaboração no nosso time. Você poderia vim aqui pra um tuor pela nossa instituição, iremos te receber muito bem.

Eu ainda não tinha processado.

- Ah, claro. Eu iria adorar.

- Ótimo, você pode ligar mais tarde pra conversamos melhor sobre. Tenha um bom dia, senhor Storm.

Por mais que eu não tinha um interesse nessa faculdade eu não poderia recusar assim de cara.

Suspiro e me levanto pra começar a me arrumar para o dia.

Quando entro na sala de aula, a maioria dos alunos já estão lá. Inclusive ela. Meu olhos se prendem em seu rostos por longos cinco segundos antes de voltar a realidade. Ela parecia abatida, e perdida em pensamentos.
Eu acredito que não estava muito diferente dela.

Eu prometi dar espaço pra ela, e vou cumprir. Mas apenas por hoje.

Dean entrou logo quando eu sento em uma das carteiras. Seu rosto ainda estava inchado e roxo. Ver aquilo só me dar mais vontade de cobrir as únicas partes que não estão roxas.

Ele se acomoda na mesa ao meu lado e eu viro o rosto pro lado oposto.

Ia ser um longo dia.


Há três dias eu tinha começado a por meu plano em prática, um plano que logo ela iria ver.

Eu esperava ansiosamente pelo momento que um cara estranho iria aparecer com um buquê de flores enormes chamando por Jane.

Alguns minutos depois ele apareceu, Jane sequer levantou a cabeça como todos os outros fizeram. Todas as meninas na sala ficaram esperançosas na possibilidade de ser pra uma delas. A curiosidade aumentou quando ele tirou o recibo do bolso pra olhar o nome da destinatária.

- am, Jane? - Ela ergue a cabeça parecendo confusa. Os outros na sala também. - Eu errei a sala?

O entregador também parece confuso com o silêncio.

- Jane? - A professora olha pra ela numa clara ordem de ir pegar. Ela o faz, falando alguma coisa pro entregador.

Depois de pegar o enorme buquê de rosas azuis ela volta pra sua cadeira parecendo muito envergonhada.

Eu não tinha colocado nenhum cartão. Não queria deixar mais óbvio do que já era.

No outro dia a mesma coisa, só que agora eram amarelas. E no outro, roxas.

Aquilo iria se repetir pelo resto da semana. Ela ainda não tinha vindo falar comigo, mas eu sabia que uma hora viria. Eu também estava deixando alguns bilhetinhos em seu armário.

Esse último, eu não tinha visto a entrega, porque estava no treino, mas as vermelhas era perfeitas. Eu estava vendo agora porque ela estava parada me esperando com ele nos braços.

Coloco meu melhor sorriso no rosto e tento falar normalmente, e não como um louco de saudade que sou.

- Flores bonitas.

- Porque? - Pergunta.

- Não estou entendendo. - Ela revira os olhos parecendo impaciente.

- Porque você está mandando todas essas flores?

- Não sei do que você está falando. - Finjo desentendimento.

Ela bufa.

- Claro. - Ela olha ao redor antes de voltar a falar. - Por favor, não me mande mais. Eu não gosto de receber toda essa atenção.

Ela parece está sendo sincera.

- Pelo tanto que você é incrível, merecia muito mais. - Digo suavizando a voz. Seus olhos vacilam pela primeira vez desde da nossa conversa e vejo aquela velha batalha interna.

- Eu estava falando sério. - Diz antes de se afastar.

Quando ela está longe o suficiente, solto um suspiro mal contido. Eu sentia tanta falta dela.
Mas eu precisava ter calma se a quisesse de volta.

Retorno para o treino.

Na semana seguinte eu tinha agendado de ir conhecer a faculdade de Chicago. Era lá que o Cump Trunk atuava. E eu estava ansioso pra caralho. Eu tinha marcado isso com o incentivo da minha mãe.

Eu iria amanhã e passaria dois dias, e voltaria a tempo do feriado de ação de graças. Eu não iria mais perturbar Jane, porque já tinha feito isso bastante pelo início da manhã a seguindo pra todas suas aulas. Mas aquilo parecia muito bom pra eu não aproveitar.

Ela estava sozinha, olhando algo em seu armário, no corredor. Só tinha nós dois, nada além.

Me aproximo em silêncio e assusto por brincadeira.

- O que?! Merda. - Seus olhos me fuzila. - porque você fez isso?

- Desculpe, não foi minha intenção. - Sorrio me encostando no seu armário bem próximo a ela.

- Sério?

- Huh, eu queria falar uma coisa com você. - Começo prendendo sua atenção em mim. - Amanhã eu vou visitar a universidade do Camp Trunk.

Sua boca se abre em surpresa e ela parece triste, mas logo tira essa expressão.

- Que bom pra você. - Diz mas seu tom não parece animado. Ela troca o peso do corpo entre as pernas e me olha meio hesitante. - Então já é confirmado, sabe, você ir pra Chicago?

- É, quer dizer, eles querem e eu também. Então... - Digo e sua expressão só fica mais triste. - Tudo bem?

- É né, se você quer não tem tempo a perder...

- Eu estava falando de você. - Ela parece desconcertada.

- Ah, tô sim. - Ela parecia tudo, menos bem.

- Jane. - pego seu rosto nas minhas mãos, aquela era a primeira vez que a tocava em muito tempo. - Aconteceu alguma coisa?

Ela coloca sua mão em cima da minha e parece querer dizer algo mas desiste e se afasta.

- Nada. Eu tenho que ir...

E assim ela sai e me deixa pensando em absolutamente tudo relacionado a ela. Alguma coisa estava acontecendo, algo ruim. Mas ela não me contaria, muito menos Stefanny que parece me odiar como ninguém. Mas Collin poderia me ajudar nisso.

Aproveito que ele vai me acompanhar amanhã e peço sua ajuda.

Eu podia ver a cara de desgosto de Stef por algo que ela tinha visto. Seus olhos desviam para os meus e vejo apreensão neles seguida por uma pressa de tirar seja lá o que for do celular.

- Me mostra agora. - Digo indo em sua direção.

- Não é nada, porque acha que é alguma coisa?

- Porque você não quer me mostrar, por isso é alguma coisa.

- Não vale a pena ver isso Jane, sério...

- Mas que quero ver. - Eu estava ansiosa pra ver o que era, mas ela tinha razão. Não valia a pena.

Era uma foto de Will sorrindo com o rosto colado a de uma loira. Linda. Engulo em seco e tento fingir indiferença.

Não é como de ainda tivéssemos alguma coisa. Não tinha pra que eu me sentir dessa maneira.

Era esperado que um cara como Will já tivesse seguido em frente. Só percebo que meus olhos ainda estavam fixos na foto quando Steff desliga o celular.

- Ele é um idiota.

- Não é, ele tá solteiro. - Dou de ombros sentindo minha garganta apertar. - Pode estar com quem bem entender.

- Não finja que você é indiferente, seu corpo grita decepção. - Não respondo porque é a verdade e não tô afim de discutir sobre isso. - E sobre a conversa de hoje mais cedo com ele, não desconfiou de nada?

- Não tem nada pra desconfiar. - Meu peito se aperta com a probabilidade.

- Ok, continue se enganando. - Ela parece stressada. O que me faz EU me irritar.

- Porque VOCÊ está tão preocupada com isso?

- Porque você pode estar grávida de um babaca e se recusa a fazer a merda de um teste de gravidez. - Ralha.

Tento engolir o nó presente na minha garganta e só consigo aumenta-lo.

- Você está exagerando. - Minha voz soa mais calma. - Minha menstruação sempre foi desregulada. É normal.

- É? - Procura algo dentro da sua bolsa. - Então não vai se importar de fazer um teste de gravidez.

Colocando aquele teste em cima da mesa e me encara.

- Não há necessidade.

- Faz! - Manda. Nego com a cabeça. - É sério, Jane. Você vai fazer!

As chances? Eram altas. Mas eu preferia continuar negando pra mim mesma. O que eu iria fazer se aquele teste desse positivo? Eu ainda não tinha terminado nem o ensino médio, não tinha absolutamente ninguém.

Quer dizer, eu tinha Stefanny, mas não era a mesma coisa de ter pais aos seu lado. Como iria sustentar uma criança?

Tinha Will, mas não sabia se eu podia considerar essa opção.

- Eu não posso saber, se der positivo... - Minha voz morre na metade da frase.

- Você fazendo ou não, vai estar aí.

Aquilo era uma realidade. Pego o teste e vou para o banheiro do meu quarto, Stef me segue mas eu fecho a porta do banheiro. Eu precisa de um momento.

Só um. Respirando fundo abro a embalagem e faço aquele teste. Um maldito que decidiria como ia ser minha vida daqui pra frente.

Não espero pra ver a resposta, coloco ele em cima da tampa da privada e saio indo me deitar.

- Então? - Stefanny pergunta ansiosa.

- Não sei, tem que esperar alguns minutos.

Enterro minha cabeça entre os travesseiros e deixo algumas lágrimas escorrerem, eu não estava sofrendo por antecipação. Eu conhecia meu corpo e ele estava mudado.
Mas definitivamente, não queria acreditar. Não existia hora pior pra isso acontecer.

Escuto Stef limpar a garganta atrás de mim mas não me movo.

- Jane, o teste já está pronto. - Ela diz cautelosa. Como eu não falo nada ela continuou. - Deu positivo.

Postei e sai.
Deixem a estrelinha de vocês.
Beijos

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