? paper hearts ?

Lalisa Manoban:

- Lili, você bebeu?

- Suco e um pouquinho de champanhe. Confia em mim, esposa. Não vou deixar você cair.

- E por que eu não posso te carregar até o quarto?

- Você é pequenininha, vida.

- Nos casamos há poucas horas, quer o divórcio Lalisa Kim-Manoban?

- Claro que não, minha gigante gostosa. - Fiz cara de cachorro sem dono e a agarrei de surpresa. Nini deu alguns gritinhos e logo eu já a estava levando para dentro do quarto de hotel, onde passaríamos nossa primeira noite da lua de mel. - Desde que te vi mais cedo, estou com vontade de tirar esse vestido e fazer amor com você.

Coloquei o corpo da minha esposa sobre a cama e fiquei admirando o quão perfeita ela é. Cada menor detalhe dela.

Vi suas bochechas se tornarem rubras.

- Você está me encarando!

- Sim!

- Não vai perder essa mania nunca?

- Nunca. Eu tenho a mulher mais linda do mundo bem aqui, nessa cama, comigo. Acha que vou deixar escapar a oportunidade?!

- Lisa... - Jennie ficou ainda mais corada. Tão linda.

- Você fica linda envergonhada, meu amor.

- Eu amo tanto você. Obrigada por ter aparecido na minha vida, obrigada por me amar. Obrigada por existir e ser você.

- Nossa noite de núpcias vai virar um grande chororô se você continuar desse jeito.

Nini me beijou de um jeito tão suave, mas ao mesmo tempo com uma intensidade que demonstrava tanta coisas. Tantos sentimentos envolvidos.

Não demorou para que nossos vestidos estivessem jogados no chão do quarto, junto com todo o resto que nós usamos.

Tudo pareceu ainda mais intenso nessa noite. Fizemos amor da forma mais pura.

Emanando amor por cada sorriso, toque, beijo, gemido, orgamos. Cada um de nossos poros exalavam amor.

Jennie Kim-Manoban dormia serenamente ao meu lado, ainda nua, e eu sorrindo feito boba, inconscientemente, Nini se agarrou a mim, grudando nossos corpos. E caralho, como eu amo essa mulher.

Jennie Kim:

Nossa viagem de lua de mel durou duas semanas. Ficamos um tempo na Tailândia, Indonésia, Filipinas. Demos um "oi" para Paris, afinal é um grande clichê romântico, e de alguma forma Lisa me convenceu a passar três dias inteiros no nordeste brasileiro. E agora ela estava enrolando muito para fazer as malas.

Porque a Lili não queria voltar para a Coreia, já que assim que voltássemos ela iria se tornar presidente da empresa.

- Ainda acho que você deveria ser a presidente.

- Para aqueles vermes saírem dizendo que me casei com você apenas por interesse? Não, obrigada.

- Mas, amor...

- Lisa, foi o acordo que você fez com seu pai.

- Porque eu achei que nunca iria me casar!

Ri da cara de indignada do meu neném e mordi seu lábio inferior.

- Mas você casou, bobona. Temos que ir, você não quer perder o voo, certo?

- Na verdade, eu gostaria muito de perder o voo e passar mais alguns dias por aqui. Você poderia tomar toda caipirinha existente, amor.

- Não irá me convencer, pequeno demônio. - Fechei minha mala e a da criatura birrenta. - Estou com saudades das nossas filhas. Você não?

Minha Lili arregalou os olhos e praticamente correu para fora do quarto, me apressando e dizendo que iria adiantar o processo na recepção.

Acertei o ponto fraco da Lisa mãezona.

Lalisa Manoban:

O caminho de volta pra casa foi extremamente logo e cansativo.

Eu só preciso dormir cinco dias seguidos.

- Honey, que horas são?

- Dez e vinte e três.

- Eu seria uma mãe muito ruim se desejar que as meninas estejam num sono muito profundo?

- Então somos duas mães péssimas, eu preciso tanto de um banho e dormir uma semana inteira.

Chegamos em casa e assim que a Jennie destrancou a porta, fomos bombardeadas por crianças, cachorros, gatos e Chaeyoung.

Todo mundo querendo falar ao mesmo tempo, todo mundo pedindo colo e exigindo atenção.

- Desculpa, casal. As duas imploraram para esperar vocês...

- Tudo bem, Chaeng! Pode ficar de olho só mais um pouquinho? Precisamos urgentemente de um banho.

Rosie tirou um apito do bolso e fez um barulho infernal, atraindo a atenção de todos os pestinhas. E eles retomaram a brincadeira.

- Acho que vou adotar a ideia do apito, babe.