_ Amanhã você já começa o seu tratamento.- falou Rafaella - Logo você vai estar bem.
_ Sinto que não vou muito longe.
_ Você tem que ter confiança, tem que pensar positivo pra que tudo de certo.- falou Rafaella.- Se não for por ti que seja por ele.
_ Vocês pensaram no que eu pedi.- levantou o bebê em direção a Rafaella que o pegou o aconchegando em seu corpo enquanto ele se espreguiçava.- Não quero deixar ele em um orfanato pra viver sem saber o que um amor de família, eu sofri muito por nunca ter tido isso de verdade.- a mulher começou a tossir.
_ Acho que já está bom de esforço não é senhorita Clarisse?- falou o médico.- Você tá frágil e já conversou muito.
_ Clarisse só nos ouve tá bom?- falou Gizelly e a mulher fez que sim com a cabeça.- Bom, eu e Rafaella conversamos durante a vinda pra cá e nós temos uma proposta.
_ Nós vamos assinar a documentação aonde você nos passara o Thomás.- Rafaella continuou- porém como temos esperança e vamos rezar todos os dias pra que você saia dessa com saúde, vamos cancelar as documentações.
_ Antes da sua quimioterapia, virei aqui com a documentação e dois representantes do conselho tutelar e aqui arrumaremos testemunhas e trarei Mariana comigo.- falou Gizelly.- Mas peço que não desista de viver e pense positivo Clarisse.
_ Thomás precisa de você, ele tem que ter o amor materno junto dele.- falou Rafaella.- Então seja forte mesmo que tudo esteja difícil, não desista.
_ Obrigada por tudo.- as lágrimas já banhavam o rosto da mulher.- Me perdoem por tudo
_ Ei, isso ficou no passado tá?- falou Gizelly.- Esqueça isso e vamos pensar no seu tratamento, certo?
_ Você se cuida e vamos cuidar do Thomás e quando sair desse hospital com você curada já teremos um emprego pra ti e um lugar confortável pra vocês dois.- disse Rafaella.
Clarisse pegou a mão livre mulher ao seu lado e depois a de Gizelly.- Obrigada.
_ Nos agradeça ficando boa.- disse Gizelly, que passou a mão nos cabelos de Clarisse.
_ Agora temos que ir, ah levamos ele no pediatra hoje.- Rafaella sorriu.- Ele passou por alguns exames e tomou vacina também, o médico vai avaliar sobre a possível surdez, passou alguns suplementos já que você infelizmente não pode amamentar, compramos algumas coisas pra ele, ele é um bom garoto.
Clarisse sorriu, afagou a cabeça do pequeno no colo da maior.- Boa noite meu filho, Deus te abençoe.
_ Amanhã voltamos pra te visitar.- falou Gizelly.- Descanse.
_ Boa noite Clarisse.- falou Rafaella.
As mulheres saíram do quarto com o coração apertado de ver o quão debilitada estava Clarisse, a falta de cuidados e a demora pra um tratamento poderia dificultar mais ainda, mas elas tinham a total certeza que tudo iria ficar bem.
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Já em casa, o Thomás já estava trocado, alimentado e em seu novo berço, dormia como um anjinho, a babá eletrônica estava ligada ao lado enquanto a outra estava ao lado da cama do casal. Gizelly tinha Rafaella deitada em seu peito, abraçada ao seu corpo onde recebia e dava carinho ao mesmo tempo.
_ Amor?- Rafaella chamou.
_ Hum?- respondeu Gizelly
_ Acha que seríamos boas mães?
Gizelly olhou para Rafaella que olhava fixamente para um ponto qualquer no quarto.
_ Acho que sim amor.- beijou o topo de sua cabeça.- Na verdade, eu tenho certeza, você é toda cuidadosa, carinhosa e atenciosa, você é assim com a Soso e o Gabriel, com o Cris e agora com o Thomás. Não seria diferente com um seu, um nosso.
_ Você também é amor.- disse Rafaella lhe olhando agora.- Mas também é aquela que vai dar bronca, e talvez a que estrague.
_ Mas fácil você estragar com muitos mimos.
_ Aham Gizelly, falou a que trouxe quase uma loja inteira de coisas pro Thomás.
Gizelly gargalhou.
_ Sou libriana e a Bianca também né amor, muita indecisão e pouco tempo pra muitas escolhas.
_ Sei.- selou os lábios de Gizelly.- Eu te amo, sabia?
_ Sabia, mas é sempre a melhor coisa a se ouvir um eu te amo da Boazuda Kalimann.
_ Besta.- Rafaella a abraçou.
_ Eu também amo muito você Deusa.- apertou a mulher mais ainda em seus braços.
Conversaram mais um tempo, sobre suas novas rotinas até adormecerem, quase três da manhã foram despertadas pela baba eletrônica que emitia o choro do hóspede do quarto ao lado, Gizelly levantou-se indo até o pequeno, enquanto Rafaella seguiu até a cozinha para pegar a mamadeira já pronta, deu uma leve aquecida e seguiu para o quarto, encontrou Gizelly sentada com o pequeno encima de si admirando o desenhos de sua camisa.
Alimentaram o pequeno e depois de botarem para arrotar, o colocaram já dormindo no berço. Seguiram mais uma vez para seus quartos e voltaram a dormir. Estavam tentando se encaixar a uma nova rotina que poderia ou não ser parte da vida delas por muitos meses.Oiê? Bom como vocês sabem esse aqui só está sendo um novo final e não vai se estender muito, então temos somente mais alguns capítulos e obrigada por todo o carinho se vocês com essa história e as mensagens que deixam a autora aqui feliz.

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The Wrong Number
FanfictionGizelly largou tudo em sua cidade, saiu sem nem se despedir da sua família tudo pra viver um romance com uma mulher que conheceu na internet, a seis meses morando em S?o Paulo seus dias tem sido sair a procura de emprego. Em um dos dias em que nada...
Number 26
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