The Wrong Number

Desperto com o som do alarme,vejo que já são seis e meia, minha entrevista está marcada pras nove, agradeço mentalmente por não ter exagerado na bebida ontem, pois hoje eu realmente.precisava estar disposta. Levantei separei minha roupa para a entrevista, escolho um terninho simples, depois da escolha feita fui preparar um café, dei carinho pros cachorros, alimentei eles e depois fui para o banho, fiz toda a minha higiene me arrumo toda e sigo para tomar meu café. Já estava terminando de me organizar quando ouço a porta sendo aberta.

_ Boom diiia amiga - era Mariana.

_ Bom dia gostosa.- falou Bianca mais atrás.

_ Bom dia meninas.

_ Nossa mais já tá pronta e amiga você tá linda demais. - disse Mari

_ Tá preparada pra matar hoje em.- disse Bianca se jogando no sofá.- Tá indo hipnotizar a boazuda né?

_ Ué? De onde tirou isso, tô indo atrás de emprego, preciso dele.

_ Todo mundo viu as trocas de olhares ontem.- falou Mari.- foi inevitável a tensão sexual entre vocês.

_ Isso porque ela já chegou olhando você com a bundona lá pra cima e aí? xeque mate na boazuda.- Bianca continuou.- Na verdade você chegou arrasando os corações das meninas.

_ Nossa vocês são incovenientes né?- resmunguei.- Não fiz nada.

_ Não precisou amiga, só de ter chegado já abalou as kengas tudo.- disse Bianca.

_ Vocês são malucas, bom eu vou saindo esse trânsito de São Paulo é um caos as segunda, fui.

_ Vai no meu carro né amiga?- afirmei.- Então boa sorte vai dá tudo certo.

_ Obrigada amiga.

_ Boa sorte Gi.- disse Bianca.- Manda beijo pra boazuda por mim.

Mostrei o dedo do meio pra ela, depois mandei um beijo no ar e sai. Realmente o trânsito em São Paulo tava naquele nível, porém faltava 20 minutos pras nove e eu já estava estacionando em frente ao local da ByRkstores. Peguei minha bolsa, desliguei o celular e joguei na bolsa, peguei meu currículo e adentrei ao local, cheguei na recepção e uma moça muito gentil me pediu que sentasse e aguardasse pois a Flavina e a Marcella, responsáveis então pela entrevista ainda não haviam chego.

Peguei algumas revistas e analisei todos os looks que continham ali, todos lindo porém nesse momento eu iria só admirar mesmo. Me perdi vendo todas as fotos e algo me chamou atenção, a mulher dos olhos verdes estava em algumas páginas vestida com peças que lhe caiam muito bem, incrível como ela ficava linda com qualquer roupa, elas valorizavam a curva da mulher e eu tinha que parar de babar na revista pois a boazuda, digo a Rafaella será a minha patroa. Deixei a revista de lado e peguei minha agenda, dei uma verificada em algumas coisas anotadas por lá que eram bem importantes, final do próximo mês será o aniversário da minha vó Mada, tudo que eu poderia querer era está com ela, mas sei que isso não é mais possível. Perdida em pensamentos, fui tirada do mesmo por um sorriso familiar, levantei o olhar em direção de onde vinha o mesmo e deparei com a dona dos meus pensamentos de segundos atrás. Ela me olhou e sorriu, acenou com a cabeça e eu fiz o mesmo. Cochichou alguma coisa com as duas mulheres que pelo que notei me analisavam dos pés a cabeça, uma delas caminhou até mim enquanto as outras duas entraram no elevador.

_ Bom dia, senhorita Bicalho.- esticou a mão, a qual segurei para cumprimentou.- Sou a Marcella, queira me acompanhar por favor.

Assim fiz a segui, aguardamos o elevador e eu ainda estava em silêncio, creio que deixei transparecer meu nervosismo, pois a mulher me olhou e sorriu.

_ Olha, seu currículo é maravilhoso. Só queria poder ter referências a mais sobre você.- engoli a seco,afinal eu praticamente deixei meu último emprego lá em Vitória.- mas temos ainda muito o que conversa.

Assenti.

Passamos direto para uma sala que era de reuniões, Marcella pediu que me sentasse e logo a outra moça, que se apresentou a mim como Flavina já estava sentando ao lado da outra. Várias perguntas, análise de currículo, minhas ideias em algumas situações aconteceram tão espontâneo que eu esqueci totalmente do nervoso.

_ Nossa Gizelly, você explicando isso aqui ficou tudo mais nítido.- disse Marcella.

_ Verdade, matamos nossa cabeça com isso a alguns dias e não achamos uma solução.

_ Mas como disse pra vocês nesse padrão ele ficará mais resumido e nítido toda a proposta.

Notei que agora não éramos só nós três ali, mais alguém nos observava, virei a cabeça Paraná porta assim como as outras.

_ Pelo visto, vocês já estão explorando a doutora Bicalho.- disse Rafaella encostada na porta.

_ Sabe aquela documentação que estava tirando nosso sono. - ela afirmou - Então, Gizelly nos ajudou de uma forma tão simples e fácil, que hoje a noite vou poder dormir depois de vários dias tentando solucionar isso aqui.- disse Marcella, me fazendo abrir um sorriso.

_ Então que dizer que ia achamos nossa advogada?- Rafaella me olhou e sorriu, meu Deus que sorriso lindo.

_ Por mim, tá contratada.- disse Marcella.

_ Olha.- foi a vez de Flavina.- se não fosse contratada aqui pro escritório, eu contrataria pra mim mesma.

As mulheres sorriram, Rafaella se aproximou até mim, estendeu a mão a qual rapidamente eu peguei.

_Bem vinda a família ByRK, drª Gizelly Bicalho.

_ Obrigada, senhorita Kalimann.

Nossos olhares estavam ali conectados, assim como nossas mãos estavam juntas uma na outra.

_ Nossa, ocê sentiu amiga?- perguntou Marcella para Flavina.

_ Acho que até quem não tem estar aqui sentiu.

Rafaella fuzilou as duas e logo estavam sorrindo. Depois disso conversamos mais um pouco sobre o meu contrato, meu expediente. Rafaella e eu não deixamos de sempre nos olhar, eu sei estou extremamente fudida, afinal ela é minha chefe, uma puta gostosa, mas é minha chefe.

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA- gritavam meus pensamentos, de felicidade, esperança e não vou mentir de tesão. - Oi Deus, sou eu de novo.