CAPÍTULO DEZENOVE
lança perfumeDe todos os erros que Pandora cometeu em toda sua breve vida, talvez aquele tivesse sido o pior, porquê naquela situação ela não se arrependeu. Enquanto vestia as roupas espalhadas pelo chão e encarava um Sirius Black mancando ao procurar o suéter na salinha, com os cabelos desgrenhados e o rosto avermelhado, ela percebeu que o que acabara de acontecer passou longe de ter sido uma alucinação ou um sonho. Eles realmente aceitaram fazer aquilo e o pior de tudo, gostaram. E por Merlin, eles pareciam ter sido impedidos de pisar nos céus por eras e de repente tê-lo encontrado naquela sala, mas o que fariam depois de saíssem de seu pequeno oásis eles não tinham ideia.
— Não podemos contar para ninguém. — ela disse.
Sirius a encarou.
— Eu sei.
— Você tem certeza que isso é uma boa ideia?
— A melhor de todas.
Ele caminhou até ela, que ainda calçava os tênis e decidiu que ele mesmo faria um lacinho bonitinho com o cadarço.
— Não parece certo. — ela sussurrou, como se eles não estivessem sozinhos naquele lugar.
— Você está arrependida? — ele perguntou, ansioso.
Ela gostaria de dizer que sim.
— Não... não, Sirius, eu não me arrependo de nada, é por isso que parece errado. Nós não somos assim.
— E quem decide de que jeito nós somos além de nós mesmos?
Sirius revirou os olhos, estava de joelhos na frente dela, os corpos próximos.
— Se nós quisermos partir de anos de inimizade para você me beijando loucamente e me deixando pirado, nós podemos. Não se limite por bobagens. — completou. — E ninguém vai precisar saber que você tem uma quedinha por mim.
Ele viu o sorriso crescer no rosto dela, a boca delineada e cheia que ele tanto desejava beijar o tempo todo, como se fosse viciante o gosto dela. Era estranha a maneira com que eles estiveram juntos minutos antes, pele com pele, e ele ainda desejava beijá-la com urgência e abracá-la com os braços bem apertados, sem querer deixá-la ir. Mesmo contra a sua vontade, ele terminou de amarrar o cadarço dos tênis dela e se levantou, dessa vez oferecendo sua mão para levantá-la, Pandora aceitou a ajuda, mesmo que a situação a deixasse infinitamente confusa. Ao se levantar, ela sentiu uma fisgada na perna, como se levasse um choque constante.
— A minha perna... parece que eu levei um tombo jogando quadribol.
Ele riu.
— A minha também. Veja pelo lado bom, ao menos você não levou um soco no olho e caiu da vassoura. — ele provocou. — Ah, claro, esse fui eu e era você quem estava batendo.
— Você me deu um baita susto aquela vez, parecia um dementador. — ela brincou.
— Assim você me ofende.
— Dessa vez não foi a intenção.
Ambos saíram juntos pela sala, as pernas mancando e eles se segurando um no outro como se fossem bonecos de pano sem equilíbrio, Pandora só conseguia pensar no treino de quadribol que teria em alguns dias, esperando que até lá sua perna já tivesse parado de doer. A porta se fechou atrás deles e os dois decidiram que seria melhor que fossem separadamente para talvez fingir que minutos atrás eles não estavam cometendo atos libidinosos trancados em uma salinha escura, porém confusamente confortável. Pandora o viu sumir no corredor escuro, enquanto esperava que ele caminhasse rápido, para que ela pudesse sair também.

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UNTAMED ? sirius black
FanfictionINDOMADA | "existe algo mais cruel do que apostar um cora??o?" A única coisa que unia PANDORA MADISON E SIRIUS BLACK desde que se conheceram eram as apostas, as mais viscerais e cruéis que toda Hogwarts já vira. Como seu último ato na escola, os mai...