depois de quase dois meses Íris estava cansada e humilhada, vira todos os seus vídeos de terapia em uma sala com a juíza e com uma porção de advogados, os jornais só falavam dela. Inúmeras pessoas gritavam que ela deveria passar o resto da vida atrás das grades quando ela adentrou no tribunal. O grande dia.
— você está bem? — Tony pergunta a acompanhando pelos corredores gélidos
— não, Stark, eu não estou bem — Íris responde andando em passos rápidos — o que você está fazendo aqui? vem todos os dias, mas nunca me disse uma palavra — diz sem o olhar
— olha eu fui um...— começa, mas ela o interrompe
— babaca, egoísta, covarde, filho da puta — lista — desculpa Mary—.
— eu não usaria essas palavras, mas resume bem — ele apressa o passo — eu entrei em pânico — explica
— okay — Íris responde seca
— okay? — ele pergunta confuso
— não preciso de você, Stark, volte para a sua casa, não precisa se sentir culpado, me virei bem — diz fria
— não estou aqui por culpa — ele responde e Íris o lança um olhar desafiados, o cinza de seus olhos frio como metal — estou aqui porque posso oferecer apoio —.
— não vai subornar uma juíza — ela diz simples, parando em frente à porta grande guardada por dois seguranças
— não era isso que eu estava insinuando — ele sussurra
— era sim — Íris responde
— talvez fosse — revira os olhos — mas qual o problema se...— a frase foi interrompida quando as portas pesadas são abertas e eles endireitaram a postura
Os dois entraram de forma arrogante na sala, os narizes empinados, os passos firmes e as expressões que exalavam superioridade. Íris foi para sua cadeira enquanto Stark ficou na plateia.
— senhorita Carter— a juíza entra na sala
— grande dia, meritíssima — Íris responde
— pronta para depor pela ultima vez?— pergunta e ela se levanta, andando com passos decididos até a cadeira ao lado da mulher
— jura dizer a verdade e somente a verdade? — um policial pergunta quando ela se senta
— juro — Íris responde, a mão na bíblia que ele segurava
— assistimos suas terapias, senhorita Carter— a Juíza começa — mas quero que me fale um pouco mais sobre o controle mental da hidra, o que sentia? existiam decisões suas em algum momento?— pergunta
— eu não sentia — Íris responde — nem mesmo sabia o que era sentir, não tomava decisões, meu cérebro não estava ativo o suficiente para pensar, existia um comando e minha programação era obedecer—.
— mas a senhorita confirma que destruiu as bases nos últimos anos por vontade própria?— questiona
— fiz o que os outros não tiveram coragem, confirmo, Meritíssima — diz séria
— a senhorita acha mesmo que matar todas aquelas pessoas não foi uma vingança? — insiste
— fiz o que precisava ser feito — Íris responde seca, já entendendo onde a conversa chegaria
— devido seus últimos feitos, não posso lhe conceder liberdade — a juíza diz dura
— mereço liberdade mais do que qualquer um nessa sala, meritíssima — a Coronel cruza as pernas de modo confortável, atraindo olhares curiosos — lutei pela merda desse país por quase todos os meus momentos de liberdade, mesmo tendo passado pelo projeto Amé...— diz desafiadora e a juíza a corta
— tirem a imprensa daqui — a mulher gritou e Íris se permitiu sorrir vitoriosa.
Os guardas tiraram os fotógrafos e a maior parte da plateia, deixando apenas a juíza, os advogados e ela
— eu não entraria em uma batalha que não soubesse que venceria, meritíssima — Íris diz séria — tentei fazer as coisas do jeito politicamente correto, mas tive um momento de epifania e percebi que não existe justiça nesse mundo, uma utopia idiota — a voz neutra fazendo uma veia saltar na testa da juíza
— poderia ser presa apenas por tentar chantagear uma autoridade — a mulher responde com raiva evidente
— a senhorita sempre soube que seria humilhação tentar me prender — Íris rebate com um sorriso inocente no rosto— se tentar me prender, o que não vai dar certo, vou abrir a boca sobre o projeto América e um declínio econômico vindo da nova face sangrenta dos Estados Unidos seria completamente sua culpa, posso fazer da sua vida um inferno, da mesma forma que persegui a hidra— ameaça e sente as armas dos guardas serem apontadas para ela
— não posso simplesmente a deixar livre, tem muita burocracia envolvida — a mulher fala cínica
— vou estar livre, pelas suas mãos ou não — Íris cruza os braços — aceito continuar com as terapias, mas não presencialmente — dá de ombros
— e sobre a medicação controlada?— pergunta
— se eu aceitar a medicação, vou querer minhas coisas de volta, as mochilas apreendidas em Berlin— responde e a juíza suspira em derrota — bom conhecer a senhorita, meritíssima — se levanta e sai andando pacificamente pela sala, sem se incomodar com as armas ainda apontadas para si
— disse que não subornaria a juíza — Tony se levanta quando Íris abre as portas pesadas da sala
— eu disse que não deixaria você subornar a juíza — Íris corrige, um sorriso convencido em seus lábios
— conseguiu? — Steve pergunta
— tenho terapias diárias e uma medicação, mas consegui as coisas apreendidas em Berlin — ela responde orgulhosa e ele a abraça
— você fez isso — ele diz com orgulho
— fiz por ele — responde soltando o abraço e limpando uma lágrima teimosa — você quer ir comemorar? — pergunta à Stark, que observava a cena com os braços cruzados
— eu vou para casa, tenho coisas para fazer — respondeu depois de um momento de hesitação
— sabe como nos encontrar — Íris diz antes de dar as costas para ele, indo embora de mãos dadas com Steve e Natasha
— vocês se resolveram? — Nat pergunta
— não estávamos brigados — Íris responde
— como foi lá dentro? — Steve questiona
— jurei falar sobre o projeto américa e seguir ela até o inferno, uma terça feira comum — Íris dá os ombros
— como se sente? — Natasha pergunta
— igual quando me acordei — diz simples
— pronta para a multidão? — Steve questiona quando os dois ficam em frente a porta pesada que dava para a escadaria, o barulho podendo ser ouvido ali de dentro
— eu sempre estou pronta para tudo, Franguelo — respondeu em tom de deboche para ele, que revirou os olhos sorrindo
Quando as portas pesadas abriram, a multidão gritou inconformada e íris apenas soltou as mãos dos amigos e mostrou o dedo do meio para eles, o trio saiu sem responder nenhuma pergunta dos repórteres.
continua...
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VOC? EST? LENDO
Aurora // Soldado Invernal {livro 01}
FanfictionO que ninguém sabia, era que antes da guerra, a Hidra e a KGB já tinham um projeto em comum. A teoria dos grandes números diz que quando uma a??o é feita repetidas vezes, gera uma certa porcentagem de variáveis. A jornada de ?ris de deixar de ser um...
