Amor de programa - ?°?JIKOOK?°?

6. deception

Ele beijou minha testa sutilmente e depois minhas bochechas, tomando distância dos meus lábios, num sinal de respeito ao meu gay panic e disse:

— eu senti falta de sentir um olhar assim sobre o mim. — tocou meus ombros, descendo suas mãos pelo meu peito. — o olhar de alguém que eu sei que não pensa só em me comer, eu senti falta de... Me sentir amado.

Amado.

Eu amava Jimin?

Eu não sabia dizer.

Só queria ter ele perto, mais um pouco, um pouco que durasse a vida inteira. Mas naquele momento eu só podia dizer que os sentimentos estavam dando espaço em minha mente e em meu coração.

Conhecia ele em menos de uma semana, estar com ele agora significa muito.

Mas ao mesmo tempo nada.

O ponto principal não é estar me apaixonando por Jimin.

Mas sim admitir que estou me apaixonando por ele mas com a certeza de que não posso tirar os pés do chão em nenhum momento.

Por mais que ele me faça querer flutuar como um balão.

— Jimin... — Chamei a atenção dele, subindo minhas mãos até as costas dele. — Não me diz que você já tem que ir. Por favor.

Aos poucos a luz que habitava àquele rosto lindo foi sumindo, junto de seu sorriso.

— Se eu tivesse escolha... — Seu olhar desviou do meu, mas eu segurei seu rosto, o fazendo voltar a mim de novo.

— Você tem, você tem escolha Jimin. — Acariciei a bochecha inchadinha. — Não deixe seu brilho se apagar, por favor.

— Obrigado por aparecer na minha vida, babe... — Ele beija meu queixo e finalmente a minha boca, mas o contato não durou dois segundos. — Mas... Eu realmente não tenho escolha. Não tenho mais jeito. Eu escolhi seguir esse caminho então é assim que tem que ser.

Ele sai do meu colo, meu coração bate rápido, ao mesmo tempo que eu tento esconder o meu bico de choro.

— Eu quero te ajudar.

— Não se atreva. — Ele tira a coberta da cintura, dessa vez não senti vergonha e nem nada daqueles sentimentos bonitos de antes, agora estava coberto por uma tristeza sem igual. — Jungkook, se afaste de mim. Eu não sou como pensa.

— Você sabe que mente. — Me levantei, tentando me aproximar mas ele se afastou, catando as roupas no chão. — Hyung, eu-

— Jungkook, foi bom. Me fez sentir como se eu ainda tivesse um pingo de valor, mas agora tenho que voltar a minha realidade, e você tem que voltar a sua. Não força.

Seus olhos encontram os meus quando ele por fim termina de se vestir. Meu olhar brilha pelas lágrimas que eu não derramaria. Não na frente dele.

— Você é só um pirralho. Tem muito o que aprender.

Ele solta aquilo como se não fosse nada, como se não doesse em mim. E então ele simplesmente sai do quarto e posteriormente da minha casa. Tão rápido como um flash.

Eu não sei por quanto tempo fiquei de pé ali, mas quando me dei conta as lágrimas varriam a acne matinal do meu rosto, eu não consegui segurar. Não dessa vez.

Me sentei na beira da cama, tampo meu rosto e me deixo levar pela onda decepcionada que corroía pouco a pouco meu peito.

Ali, só ali eu tive a confirmação que já estava apaixonado.