Sigo pelo caminho de pedra até a porta e saiu, mutando meu rosto de choroso e raivoso, para alegre e elétrico, tinha que pegar Philip, andei pensando nas coisas que estavam deixando minha mochila mais pesada, roupas casuais e que facilitam a mobilidade, casacos, um cobertor e até um travesseiro, umas garrafas d´água, lanches, sabão e toalhas, acho que isso, meu celular e carregador em meu bolso da saia, como sempre.
Chego a casa de Philip e a bolsa dele parecia expandida também, ele além de sonolento parecia cansado pelo peso, algo que mão me preocupo , afinal para quem já passou anos matando monstros e carregando suas recompensas para casa, aquilo não era nada.
-Oi, Philip. – Digo acenando com um sorriso.
-Ahhhhh, acampamento de verão? Sério, nada melhor não?
-Bem, é para o seu bem, e acredite, você vai perceber na hora certa que isso vai ser ótimo para você.
-Não fale como a minha professora, por favor.
-Mesmo que diga, só estou repetindo oque eu digo para mim mesma, afinal, sabe como não gosto de atividades tipo corrida ou caça ao tesouro.
-Sei, corre disso como o diabo foge da cruz.
-Ou os deuses, de tifão.
Ele sorri um sorriso lento e gargalha lentamente, sonolento ele parece uma tartaruga.
-Essa foi boa, mas por favor, vamos logo, ficar parado com isso nas costas destroi qualquer um.
-Certamente.
E nos fomos para a escola, eu tendo que acordar ele algumas vezes no meio do caminho, mas chegamos lá, no meio do engarrafamento de alunos, Abigail não estava ali, nem quando chegamos a sala, não é surpresa, ela sempre é uma das primeiras a entra mesmo.
Nos chegamos na aula e todo aquele inferno começou, depois dos quatro tempos e matemática, tivemos enfim o intervalo, fui ao pátio externo e procurei abigail, que estava sentada na sombra do prédio, lendo um livro de fantasia com os fones de ouvido, ela era assim, amava ler, sempre lia das coisas mais bobas as mais informativas e sérias, mas sempre era mais vista lendo coisas bobinhas, ela dizia que isso acalmava a mente e a impedia de ir muito longe.
-Abigail? – Digo me abaixando, movendo a mão na frente e seu rosto.
Ela me olhou, os olhos desfocados, tirou os fones e disse:
-Oi.
-Como foi com o seu pai?
-Bem, ele gosta de dar conhecimento, então não se importou em me contar, já que estou na idade de saber, ao que parece, minha mãe é atena.
-A deusa guerreira e virgem atena? Como?
- Eu também não sei, meu pai disse que eu simplesmente apareci na porta dele.
-Esperava esta atitude de qualquer uma, menos de Atena. -digo indignada. - Uau, por isso você é tão boa em coisas relacionadas a batalha e é tão esperta e sábia. – Digo em grego, para fazer o teste rápido, ainda bem que treinei um pouco enquanto estudava.
-Não é para tanto, e é impressão minha, ou seu tom mudou? – Ela respondeu na mesma língua.
-Estou falando grego, e você está entendendo, está é a prova definitiva, ainda não fiz com o Philip, então não tenho certeza, mas pela história que a mãe dele me contou acho que ele é.
-Que história?
-A mae dele tava naqueles dias e queria relaxar, aí um homem apareceu para ela, e fez aquilo de um jeito relaxante e lenta, tanto que ela até dormiu, e achou que tinha sido um sonho no dia seguinte, ela diz não ter visto nem o rosto do cara.
-Nossa.
-Realmente. – Digo voltando ao inglês
-Uma filha de apolo e uma filha de atena, quem diria?
-Ninguém que não nos conhecesse.
O sino toca.
-Já acabou o intervalo? – Digo, indignada
-Ao que parece, é. – Abigail diz se levantando.
-Mais uma coisa antes de nos separarmos, me diz, posso te chamar de Abi ou abiga?
-Claro, acho que já nos conhecemos o suficiente para isso.
-Ok abi, pode me chamar de Mar, ou tata, que soa melhor.
-Ok, tata, nos vemos depois, na aula de arquearia.
-Nos vemos lá.
Nós nos separamos aqui, cada uma indo para a sua sala, para continuar a tortura diária.

VOC? EST? LENDO
faetonte, o filho do sol
FantasyNo ano de 2019, uma nova semideus descobre a existência de um acampamento, o acampamento meio sangue, onde ela recebe seu destino, n?o de bra?os abertos.