抖阴社区

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Cole

Eu sabia que ela havia ficado chateada com o que eu disse, mas eu tinha que ser justo e não me deixar aproveitar por sua inocência. Notei que Lili tinha a mania de ficar quieta quando estava incomodada e isso me deixava ansioso de um jeito nada legal. Ela sempre é tão falante que o seu silêncio me deixava agoniado. Tentando tornar a falta de diálogo aceitável, eu sugeri que assistíssemos algo. Ela adorava ver filmes e claro que não se negou a isso, com a condição de que ela pudesse escolher.

Observei ela ler a sinopse de um deles e notei que sua leitura estava ótima, havia progredido bem rápido em pouco tempo. Depois de escolher o que queria assistir, nós nos acomodamos no sofá. Ironicamente ou não, Lili optou por um romance. Um clássico inimigos para amantes.

— Como ela pode gostar dele se ele a irrita tanto? — Lili questionou.

— Algumas pessoas fazem isso para chamar a atenção quando gostam de alguém. Dá pra notar quando a implicância é desejo reprimido.

— Por que os sentimentos precisam ser tão complicados? — soltou um suspiro. Aquela pergunta não era apenas sobre o filme.

— Eu não sei. — falei apenas.

O filme continuou e foi chegado o momento crucial quando o casal principal admite que se gosta depois de uma série de acontecimentos que faz os dois mudarem a própria perspectiva. Roteiros de filmes água com açúcar são bem previsíveis.

Os personagens se envolveram em um beijo selvagem e de repente começaram a tirar as suas roupas. Ergui as minhas sobrancelhas surpreso por ter achado aquele tempo todo que era um filme para adolescentes.

— O que eles estão fazendo? — Lili perguntou assim que os dois se deitaram na cama já seminus.

— Sexo. Algo que outro dia você chamou de acasalar.

— Ah, então eles vão procriar. — deduziu.

— Não. Na maioria das vezes, não se faz sexo na intenção de procriar.

— Então por que fazer? — franziu a testa.

— Porque é bom. — dei de ombros.

— Mas... — ela não fez a sua próxima pergunta e arregalou um pouco os olhos quando a garota do filme soltou um gemido. — Entendi.

Lili continuou a assistir com uma expressão de surpresa e talvez um punhado de choque. A cena era muito bem feita, romântica e de um jeito que mostrava bem o quanto os personagens estavam gostando. Quando o cara traçou um caminho de beijos pelas costas da garota, Lili arfou e me deu uma breve olhada de relance. Eu respirei fundo e tentei me concentrar em outra coisa que não fosse aquela cena.

Pelo resto do filme, ela se manteve em silêncio e mais quieta do que o normal. Nenhuma pergunta sobre mais nada foi feita até os créditos começarem a subir.

— Certo... — fiquei de pé. — Já está tarde, eu vou dormir. — avisei e desliguei a TV. — Você precisa de alguma coisa? — olhei para ela.

Lili coçou a nuca e mordeu o lábio inferior sugestivamente. Eu não queria achar que ela estava pensando o que eu achava que estava.

— Qual é a sensação? — perguntou.

— Sensação de que?

— De fazer sexo. — foi direta.

— Eu... — pigarreei. — Não dá pra explicar. É só prazeroso.

— Prazeroso como comer chocolate?

— Um pouco mais que isso. — desviei o olhar.

— E as pessoas só fazem quando estão apaixonadas?

Survival ???????????Onde histórias criam vida. Descubra agora