Brooke
É assim que acontece.
Uma hora tudo está bem, confortável, como o usual, até algo, vamos dizer que um meteoro, invade sua vida e vira tudo de ponta cabeça.
E esse meteoro tem nome. Héctor Beaufort.
Brooke não precisou bater na porta e entrar. Assim que pisou na varanda ela se abriu, dando a ilustre imagem dele, seu rosto sério e olhos azuis a encarnado com puro ódio.
Seria difícil dizer que eram pai e filha ali.
Estavam mais para inimigos mortais ou algo assim.
Não disseram uma palavra um para o outro, Brooke passou por ele ainda o fitando, e assim que entrou passou seus olhos pela casa a procura dele.
Mas não o achou em nenhum lugar.
— Cadê ele? — Se virou de frente para Héctor.
— Achou que eu o entregaria assim? — Caminhou até a cozinha, sabendo que estava sendo acompanhado. — O que ele tem, Faith? É impressionante, de verdade, que você tenha vindo até aqui para o resgatar. Pensei que não se importasse com os outros o suficiente para isso.
— Cadê ele, Héctor?
Era incrível que mesmo os dois falando baixo e calmamente a cada palavra era notável a ameaça escondida por trás.
— Em algum lugar, sendo torturado — diz simplesmente.
Sua mandíbula tensionou, ele não havia se recuperado totalmente da última e era possível dizer que essa poderia até mesmo ser pior, mas queria acreditar que ele era forte o suficiente para aguentar firme.
— Agora vamos falar sobre que merda você tem na cabeça de procurar por coisas para serem usadas contra mim. — Se vira pegando um copo parecendo de cristal no armário e uma garrafa de whiskey, enchendo-o sem a olhar. — Não pensou que todos seus luxos femininos acabariam? Ou que você não viveria para contar a história? Ou melhor ainda, toda essa sua liberdade acabaria assim que eu dissesse uma única palavra? É, provavelmente não. Você foi estúpida, Brooke, achou que 20 mil calariam a boca daquele jornalista idiota? Tenho até uma certa pena, ele não teve ao menos a oportunidade de usar... Ou dizer sua última palavra, a garganta estrangulada não permitiu.
Era algum vicío por esse tipo de executação?
Ele solta uma lufada de ar, expressando seu divertimento, provavelmente não foi ele quem o matou, mas assistiu. Não sujaria suas mãos com isso.
Brooke respirou fundo, o observando tomar goladas da bebida amarga. Héctor queria brincar, então brincaria.
— Agora, falando do seu namoradinho, meu querido genro, onde o conheceu? Na faculdade? Se apaixonou justo pelo jogador de hóquei popular. — Ri de escárnio. Andando até ela com o copo quase vazio em mãos. — Isso sim é engraçado, foi estúpida por achar que ele gostaria de alguém como você? Não, Faith, sinto em lhe dizer, pessoas como nós não tem pares românticos, eles desistem, ficam desgastados com os problemas, quando você menos espera vão embora sem pensar uma segunda vez ou o que isso poderia causar.
Ele deu a brecha que ela precisava.
— Como minha mãe, Héctor? — Ela quase sorri com a raiva, da mais pura, o exalando.
Só não esperava que ele pegasse o copo e tacasse no chão com força, o vidro desenhado se despedaçando no chão, foi possível quase sentir os estilhaços pegando na sua pantirrilha, mesmo que coberta pela calça. Logo em seguida, a mão dele pegando em seu rosto, a segurando pela bochecha, apertando com a unha e enquanto andava a forçava a ir junto, ainda mantendo os olhos nos seus.

VOC? EST? LENDO
cold heart
Romance"- Você me quer lá... Apoio minha m?o esquerda no colch?o e a outra proximo ao seu rosto, desta vez sou eu que estou no comando. Seus olhos me queimam de um jeito bom, o frio se derretendo aos poucos. - N?o sei porque, mas também quero estar lá...