Querida Irene

Jennie tem se sentido estranha ultimamanete, devido aos ultimos acontecimentos ela nunca se viu tão vulnerável diante um grupo tão grande de pessoas, mesmo que fosse um grupo seleto, era correto afirmar que ela não se importava tanto com as aparências em relação ao passado, contudo, ela sabia que certas inseguranças e uma sensação de medo constante ainda seria responsável por assombra-la por muito, muito tempo.

Quando ela finalmente sentiu a brisa do vento batendo no seu rosto, atingindo seus cabelos e os fazendo voar, ela sentiu uma enorme sensação de alívio que não sentia há muito tempo.

O pulmão dela inflava de ar e ela respirava com uma calmaria tomando conta do próprio corpo, pela primeira vez em muito tempo, ela se sentia livre. Sentia que um enorme peso tinha sido retirado de suas costas e o que era a razão por lhe sufocar, finalmente tinha ido embora.

Ela se sentia segura perto das melhores amigas, ela sabia que não precisava fingir ser outra pessoa e que muito menos precisava prencher as expectativas de todos, apesar de estar em processo de recuperação há algum tempo, ela tinha conhecimento de que a jornada pela frente ainda estava longe de acabar, mesmo que ela se perguntasse as vezes se aquilo realmente tinha um fim ou uma cura. 

Era difícil de dizer. Não parecia ter uma resposta concreta, assim como muitos outros aspectos da vida da Kim.

Olhar o próprio apartamento mesmo que somente após poucas horas longe, parecia algo completamente diferente. Ela não sabia explicar o porquê, mas algo tinha mudado, mesmo que visualmente tudo estivesse em seu perfeito lugar.

Irene estava a visitando regularmente, elas estavam mais próximas do que nunca. Elas entram dentro do prédio e entram no elevador em silêncio, compartillhando pensamentos através de telepatia. Quando o elevador parou no andar da garota mais nova, ela apressa o passo e pega o molho de chaves, são tantas que normalmente ela se confunde vez ou outra. 

Joohyun a observa atentamente, assistindo Jennie virar a maçaneta de forma delicada.

— Ningning saiu com a Lisa? — indaga Joohyun analisando todo o apartamento, mas nao encontrava vestigios da mais nova, nem um ruido sequer pelo apartamento todo.

— Sim, elas tem tido alguns encontros ultimamente. — conta Jennie sorrindo, ela está achando aquilo uma graça.

— Eu torço por elas.

— Eu também.

Ela coloca a mão no interruptor e todas as luzes se iluminam, ela sabe que a inteligencia artificial poderia fazer o mesmo por ela, mas ela gosta mais de fazer do modo tradicional, afinal é uma das poucas coisas que ajudam ela a não dissociar tanto sobre qual é o seu papel na sociedade atual.

Jennie caminha na ponta dos pés até um dos armários e abre-o com agilidade e mastria, seus olhos curiosos estão procurando pelo remédio.

— Ritalina?

— Não, apenas um remedio para cólica. Estou nos meus dias.

— Ahhh. — Irene ri fraco. — Se não achar, devo ter algo dentro da minha ecobag.

— Não precisa, eu já achei. — ela mostra o frasco do remedio e em seguida enche um copo d'agua antes de beber, logo depois abre a geladeira. —  Está com fome?

— Por enquanto não. — ela dispensa de forma educada não querendo soar rude.

— Tudo bem então, podemos ir para o meu quarto?

A mais velha concorda balançando a cabeça.

É incrivel como tudo ali dentro daquele apartamento grita Jennie, Kim por uma razão obvia, mas não deixa de ser impressionante do mesmo jeito. Elas entram no quarto, Irene deixa a mochila ao lado de cama e vê ela guardar todos os pertences dela em seu devido lugar, tudo é tão organizado e bonitinho. Joohyun suspira admirada.