抖阴社区

XVIII.

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Dahyun não sabia colocar em questão o tamanho do nervosismo que estava sentindo.

A morena, em frente ao espelho, já estava em ponto de entrar em combustão, tão nervosa que seus dedos tremiam em uma intensidade forte, ao nível de se tornar doloroso.

O porquê? A maldita reunião, que precisou enfrentar sozinha, afinal Momo não conseguiu se recuperar à tempo.

Ela odiava essas ocasiões com todas as suas forças e precisou inventar qualquer motivo besta quando foi confrontada por Nayeon, perguntando-a sobre onde estava o anel de compromisso.

Ela havia esquecido completamente desse ponto.

O caos se instaurou quando, já cansada de responder tantas perguntas sempre repetitivas, a mulher decidiu encher sua cara em um nível maior do que ela era capaz de aguentar. Aquela mesa cheia de vinhos, whiskys e bebidas alcoólicas caríssimas se tornou um verdadeiro banquete e ela só conseguiu cair na realidade quando Momo a mandou uma mensagem, às três da manhã.

Ela precisava ir para casa urgentemente. Já havia feito todo o seu papel ridículo ali, provando com pontos mais do que suficiente que ela era sim alguém muito competente para dirigir a empresa. Fato esse que fez Nayeon quase explodir de raiva, descontando seu ódio em outras pessoas que transitavam ali, em sua maioria funcionários que não possuíam culpa alguma.

Isso revoltava Dahyun em um nível astronômico.

- Por que tão pensativa? Está pensando no amor da sua vida? - Momo, interrompendo sua linha de pensamentos, voltou para o quarto. - Desculpe a demora, estava verificando Mina. - Estendeu o copo de sua mão. - Toma, é água, você está precisando.

- Pensando no jantar, apenas. - Dahyun suspirou, pegando a água e bebendo-a em goles rápidos. - Obrigada.

Momo se sentou na ponta da cama, colocando o copo na mesa ao lado. Fitou Dahyun em frente ao espelho, se sentindo levemente desconfortável com a postura da mais velha.

Ombros caídos e olhar vago, ela percebeu como os olhos de Dahyun passavam pelo próprio corpo com uma expressão melancólica. Sabia que algo não estava certo quando sentiu a tensão da mulher no dia anterior, mas vendo seu estado teve quase certeza de que aquele jantar saiu muito pior do que o esperado.

- Está tudo bem? - De uma forma receosa ela perguntou, tomando o cuidado para deixar sua voz aveludada.

- Está. - Com um olhar duro, Dahyun não fez questão de se virar.

Fato esse que não incomodou a japonesa. Momo era boa em muitas coisas, mas péssima em outras e dentre essa última opção havia sua dificuldade enorme em entender sentimentos alheios.

Dahyun estava muito, mas muito desconfiada. Ficou mais ainda quando, na noite anterior, levantou e percebeu que Momo não estava na cama. Com passos leves ela se aproximou da escada, fitando uma conversa aparentemente muito boa entre ela e Sana.

Por que elas estavam conversando e pior, de madrugada?

Aquilo ficou na cabeça da coreana pelo resto do dia, sendo um dos fatores que com certeza influenciaram no dia péssimo da mulher. Ela já não gostava de ir nesses encontros e foi com a cabeça cheia de inseguranças: um prato cheio para sua ruína.

Sentiu braços quentes ao redor de sua cintura e fechou os olhos ao perceber que Momo a abraçou por trás, carinhosamente colocando o rosto em seu ombro.

Quando os abriu, seus olhos se conectaram e ela teve que lutar muito para conseguir manter aquele contato. Algo no seu peito martelava, a chamava e dizia que havia alguma coisa errada.

Hot Mess ? DahmoOnde histórias criam vida. Descubra agora