Behind The Fame- JENLISA

Jennie Ruby Jane

— Experimente é muito bom. - Alain, Ceo da chanel, me oferecia um cigarro.

— Não, obrigada. - Falei baixo olhando para os lados.

— Você não sabe oque está perdendo mademoiselle Kim. - Ele soltou a fumaça e eu virei o rosto.

— Tenho certeza que nada. - Suspirei. — Vim encerrar o contrato. - Ele arregalou os olhos.

— Não está na hora para brincadeiras. - Ele apagou as cinzas do cigarro no cinzeiro rindo com sua secretária.

— Não estou brincando, quero encerrar o contrato. - Bufei.

— Você sabe que a quebra de contrato paga um valor altíssimo, não sabe? - Ele me encarou agora sério.

— Sei, e dinheiro é o que não falta na minha conta bancaria. - Peguei meu blackcard e mostrei pra ele segurando apenas com dois dedos.

— Gosto da sua confiança, mas por que irá querer encerrar? - Agora foi a vez da sua secretária. — O valor sera altissimo, odeio assumir isso mas precisamos de você, nossas ações sobe toda vez que postamos apenas uma foto sua.

— Estarei sendo embaixadora de outra marca de grife, e pra isso será necessário sair da Chanel. - Respirei fundo. — Também não quero fazer parte de uma colaboração onde problematiza absolutamente tudo, você é um maconheiro sem vergonha que da em cima das suas modelos mais nova. - Me levantei. — Mais tarde chegará notificação do dinheiro caindo na sua conta.

— Jennie, não faça isso! - Alain me chamava batendo a mão na mesa. — Você não é nada sem a gente.

— Ah eu sou! - Antes de sair pela porta, me virei encarando ele. — Faço parte do maior grupo do mundo, sou embaixadora de várias marcas, CEO de uma das marcas mais famosa, compositora, escritora, atriz, cantora, quer mais? com certeza não acaba por aqui.

Não esperei ele responder e sai da sala respirando fundo, o barulho do meu salto ecoava no estabelecimento silencioso, cada passo que eu dava era mais de 20 olhares sobre mim daqueles funcionários, cumprimentei todos sorrindo e chamei meu segurança para irmos embora.

Enquanto eu observava o edifício principal da Chanel em Paris eu pude respirar fundo e colocar na minha cabeça que agora seguiria em frente sem peso algum na consciência. As polêmicas virão a tona após o anúncio que será postado amanhã sobre a nova campanha que graças ao bom Deus pude recusar por estar com a agenda cheia pois se não fosse isso eu teria aceitado sem ter lido o termo e qual seria o tal tema dessa campanha, como eu sempre fazia.

Eu fechei os olhos escutando "Anti-Hero" da Taylor Swift no meu fone de ouvido e cantarolando algumas partes. Eu particularmente tenho a Taylor como minha idola desde a adolescência e até hoje amo ela e suas músicas.

Parei de prestar atenção na música quando meu tornozelo começou a doer, toda vez que estou em movimento eu não sinto nada, quando me sento ou fico parada ele simplesmente dói pra caralho, como se alguém tivesse martelando ele com um martelo.

— Você quer passar em mais algum lugar? - O motorista perguntou dando partida no carro.

— No museu, por favor. - Pedi abaixando o vidro do carro.

Assinarei um contrato com a Celine, mesma marca de Lalisa, mas será apenas por dois meses e se eu gostar poderei ficar mais tempo como embaixadora, Lisa ainda não sabe e não sei se ficará feliz ou não, apenas me chamaram e eu aceitei com um pouco de receio.

O motorista parou no estacionamento e eu sai do carro acompanhada de Alisson e meu outro manager, o ar de Paris é tão bom as vezes, mas quando se estar brigada com sua namorada não é um bom lugar pra ir pois tem tantos casais tirando foto, fazendo piquenique, se beijando, abraçando e por aí vai, era lindo.

Fiquei por um tempo observando o museu e as pessoas e resolvi ir de volta pro hotel, a dor estava começando a ficar insuportável então eu precisava de uma cama urgentemente para descansar. Os dias estão passando tão rápido, falta menos de 7 dias para nossa turnê começar, estou nervosa só de imaginar voltar para os palcos.

Depois de uns 30 minutos no trânsito de Paris, chegamos no hotel, me despedi e agradeci os seguranças pelos seus trabalhos e fui para o meu quarto nervosa sabendo que veria Lalisa.

— Jennie? - Quando abri a porta a voz de Lisa ecoou no quarto. — Já chegou?

— Sim.. - Tirei meu salto e entrei no quarto.

— Cadê as muletas? por que não está usando? - Ela perguntou tirando seu fone.

— Não estou precisando mais delas. - Menti desfazendo o laço do meu cabelo.

— Não minta pra mim. - Lisa se levantou afastando seu notebook e veio até mim. — Posso ver seu tornozelo?

— Não.. - Dei dois passos pra trás.

— Jennie.. - Lisa me puxou e se abaixou para ver meu tornozelo.

Ela demorou para se levantar, não tive coragem de abaixar a cabeça para olhar pra ela, eu sabia que ela me olhava.

— Está roxo.. como não sente dor? - Lisa tocava meu pé.

— Estou dizendo pra você desde ontem, não dói. - Mordi meu lábio inferior.

— Sente-se na cama. - Ela respirou fundo. — Irei fazer a massagem.

Eu obedeci ela e me sentei no meio da cama coçando a nuca, mentir pra Lisa me quebrava por dentro mas era necessário, não estava adiantando nada e mesmo assim ela se preocupa.. Jisoo estava certa.

Ela massageava meu pé com muito cuidado, sua mão era leve pra fazer isso é um alívio toda vez que ela massageia com cuidado a parte que mais dói.

— Eu quebrei o contrato com a chanel. - Me ajeitei na cama.

— Você oque? - Lisa levantou o olhar pra me olhar.

— Terminei o contrato com o Alain. - Falei baixo. — Estou na celine agora.

— Por que fez isso??? - Lisa veio até mim verificando se eu estava com febre. — Você assinou com a Celine??

— Ele sempre me oferecia drogas quando eu ia pra lá.. agora vai sair uma campanha não muito legal e eu resolvi meter o pé. - Ri baixo. — A Celine me chamou pra ser embaixadora junto com você..

— ISSO É DEMAIS! - Lisa deu pulinhos apagando a luz do quarto e acedendo o abajur. — Estou tão feliz! agora que se livrou da Chanel não preciso me preocupar de minha namorada voltar pra casa dopada.

— Bobona. - Eu ri baixo abraçando ela assim que deitou na cama.

— Eu te amo, Jennie.. desculpa por ter sido grossa com você ontem a noite. - Lisa abaixou seu tom de voz acariciando meu rosto.

— Está tudo bem, contanto que você ainda me ame. - Deixei dois selares em seus lábios. — Eu também te amo, idiota.