抖阴社区

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Algumas horas haviam se passado. Recebo uma mensagem no meu celular: era Alex mandando eu descer, pois ele e Maria já estavam na porta me esperando. Calcei um tênis e desci em silêncio para que minha mãe não acordasse e visse que eu estava saindo nessa hora da madrugada para ir a uma casa abandonada invocar um demônio. Chego na sala e abro a porta bem devagar, sem fazer barulho, e saio em direção aos meus amigos.

Alex — Mas que demora pra descer uma escada, hein, Alice! — reclama.

Alice — Eu ainda não quero ir. — digo com medo.

Maria — Vamos logo, antes que aqueles idiotas zoem a gente depois.

Seguimos caminhando até o final da rua. Quando avistamos a casa, não havia ninguém na porta, então ficamos ali esperando o pessoal chegar, pois chegamos alguns minutos antes. Até que um carro luxuoso para na nossa frente: era Jack, Marcos, Clara e mais um amigo deles chamado Leo. Eles descem do carro.

Clara — Olha, achei que os nerds não estariam aqui!

Alex — Não perderíamos isso por nada.

Marcos — Então vamos entrar! — diz, adentrando a casa. O pessoal o segue, e eu e Jack ficamos mais para trás.

Jack — Está com medo? — pergunta.

Alice — Sim... — digo, olhando para a casa cheia de sujeira e teias de aranha.

Jack — Vai ficar tudo bem! — ele diz, dando um sorriso. Jack já estudou comigo no ensino fundamental, e éramos amigos, mas no ensino médio, quando ele entrou pro grupinho da Clara, paramos de nos falar.

Entramos na casa com a luz do flash dos celulares. Estava muito escuro e empoeirado.

Marcos — Vamos subir pro andar de cima. — todos concordam.

Alex — Nossa... Essa casa é sinistra! — diz, parecendo estar num parque de diversões.

Clara — Isso está sujando minha roupa nova da GUCCI. — reclama, passando a mão no vestido.

Subimos para o andar de cima. O vento batia nas janelas quebradas, fazendo barulhos assustadores. O piso da casa, por estar muito velho, rangia a cada passo. Chegamos ao andar superior, onde havia vários quartos. Exploramos os cômodos, ouvindo apenas sons estranhos e o uivar do vento. Entramos no quarto maior, que parecia ser o principal: móveis velhos cobertos de poeira, teias de aranha e marcas de desgaste pelo tempo.

Marcos — Vamos fazer aqui mesmo.

Jack — Cadê as velas e o livro, Clara?

Clara — Está aqui. — entrega os objetos a Jack.

Marcos — Vamos fazer um pentagrama no meio, colocar as velas e ler o ritual.

Eles começam a seguir as instruções do livro, animados e rindo de tudo. Como podem ser tão idiotas?

Marcos — Pronto! Vamos começar. — diz após acender a última vela.

Leo — Cada um fica num canto ao redor do pentagrama!

Assim fizemos. Eu estava morrendo de medo e não via a hora de fugir dali.

Clara — Comece a ler o livro, Marcos.

Marcos — Tá bom. — ele lê as palavras do livro em voz alta.

Um silêncio pesado toma a sala após ele terminar. Nada acontece.

Clara — Você leu certo isso, seu idiota? — pega o livro das mãos dele.

Marcos — Eu li sim! Não sei por que não deu certo.

Maria — Eu sabia que era só uma história do professor.

Clara — Seu burro! Está faltando a oferenda! Sem isso, o demônio não vem!

Leo — É agora?

Antes que eu reagisse, Clara me empurra para dentro do pentagrama, derrubando-me.

Clara — Aqui está sua oferenda, Príncipe do Inferno! — grita, lendo as últimas palavras do livro.

Uma ventania violenta surge, com trovões e relâmpagos. As janelas e portas batem freneticamente, as velas se apagam, e todos gritam e correm para fora do quarto. Quando me levanto para seguir, a porta do quarto se fecha. Bato nela desesperada, gritando por ajuda. A chuva lá fora se intensifica. Um relâmpago ilumina o quarto, e vejo um homem todo de preto no canto, com olhos escuros e rosto juvenil. Apavorada, tento abrir a porta novamente — desta vez, ela cede. Desço as escadas correndo, sem olhar para trás, e saio para a rua. Nenhum dos meus amigos ou do grupo está lá. Corro sob a chuva, entro em casa e subo para meu quarto, trancando portas e janelas. Sento no chão, tentando me acalmar, mas o medo me consome. Troco de roupa, encharcada, e me deito na cama, cobrindo a cabeça. Adormeço exausta.

...Acordo com um barulho no quarto. Levanto devagar e acendo o flash do celular. Caminho pelo cômodo: as janelas estão abertas, batendo com o vento. Feço-as e ouço algo cair atrás de mim. Viro-me lentamente — nada. Vou até a porta para fechá-la, mas, ao puxá-la, vejo o homem de preto do quarto abandonado. Ele avança com uma faca...

Mãe — Filha, acorda! Já são 06:30h! — me sacode, interrompendo o pesadelo.

Alice — Já vou, mãe. — respiro fundo.

Mãe — Nossa, está suando. Está tudo bem?

Alice — Sim! Foi só um pesadelo, nada demais. — levanto da cama.

Mãe — Não demora, vou preparar o café! — ela sai.

Sento na cama, lembrando do ritual e do sonho. Era a mesma figura do quarto... Será que estou ficando maluca? Ninguém acreditaria. Troco de roupa, desço para o café e me despeço da minha mãe, que fará plantão a noite toda. Péssimo momento para ficar sozinha.

notas da autora:

olá pessoinhas... não esqueçam de votar no capítulo, comentar bastante é seguir a página aqui no wattpad e no Instagram para interagir, lá vocês podem dar opinião e sugestões do que quiserem! e só mandar lá na DM, link na bio. beijinhos 😘





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