┈━? | × Após fracassar em uma luta contra um espírio, S/n foi amaldi?oada a ser uma crian?a por um dia! E a situa??o pode piorar, pois Gojo e Geto v?o assumir a responsabilidade de cuidar dela até que a pobre garota volte ao normal.
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- Essa é a sétima vez que você faz a mesma pergunta - Geto franziu a testa. - Falta um quilômetro.
- Eu te faço a mesma pergunta, porém você sempre responde em medidas. Tenho cara de régua?
- É impressão minha ou você está ficando com o mesmo senso de humor do Satoru? Um já é suficiente.
Não respondi a pergunta, apenas devolvi fazendo um careta. O moreno revirou os olhos fazendo um breve sorriso enquanto sua mão me segurava mais forte.
- Por aqui - Atravessamos a rua sem olhar para os dois lados, me sinto uma fora da lei com ele.
Já estamos andando há uma década. Tch! Minhas perninhas vão ficar doendo de novo, se ele fosse menos egoísta já teria oferecido seus ombros para me carregar faz tempo.
- Já estamos andando a tanto tempo... - Puxei um pouco a sua mão, acariciando levemente. - Você podia me carregar, né tio?
Ele me encarou por alguns segundos como se estivesse pensando, não parecia estar muito afim de fazer algo assim.
- Não - Seu tom era ríspido. - Exercício faz bem para saúde e você me parece sedentária.
- Tudo bem então, mas fique sabendo que os egoístas não herdaram o reino do céu.
- Muito menos pirralhas mimadas e carentes - Ele parou de andar e segurando meus dois braços, ergueu-me no ar com facilidade. - O que acha de eu te abandonar aqui no meio da rua?
- Mas você não vai - resmunguei. - Achei que você era mais responsável que o Gojo.
- E eu sou, não tenha dúvidas disso.
Em um movimento rápido ele me colocou em seus ombros mesmo com suas negligências a segundos atrás. Ele tinha quase o mesmo tamanho que o Gojo, só tinha mais massa muscular.
Não pude deixar de esboçar um sorriso por ter conseguido o que queria, por mais que ele tente se fazer de "sério", acho que ele é uma verdadeira criança por dentro.
- Feliz? - Ele perguntou de um jeito irônico.
- Mais do que você imagina.
Rindo um pouco e me ajeitando em seus ombros ele voltou andar em direção a esse tal mercado. Pergunto-me quanto tempo ainda falta. Se eu perguntar de novo a ele, posso deixá-lo mais irritado... É bônus.
- Quanto tempo ainda falta? - Balancei as pernas para frente e para trás, fazendo-as bater levemente em seu peito. - Estou entediada.
- Tenha paciência, estamos chegando.
- Ah!! Tá demorando muito. - Debruço-me sobre sua cabeça, passando os dedos por seu cabelo. - Hmn...
Os cabelos dele eram longos o suficiente para se formar um coque que estava preso com uma presilha. Meus dedos foram deslizando sobre alguns fios, bagunçado-os. Diferente de Gojo, o moreno não parecia se importar muito comigo mexendo em seu cabelo.
O coque se desfez e seus cabelos cairam sobre os ombros.
- Que cabelo sedoso.
- Você acha? - Sua voz irônica e sarcástica mudou para algo mais curioso e sincero.
- Sim, seu cabelo é bem mais longo que o de Gojo.
- Me comparando com o Satoru?
- Vocês dois estão sempre juntos, não estão? Só te comparei com ele por isso.
- Sempre é por isso - suspirou. - As pessoas sempre se referem a mim como "Satoru gojo e logo depois Suguru Geto." Quando se anda com alguém como ele é normal sempre ser a sombra. Depois de tanto tempo, sendo sincero, já me acostumei a ser tratado assim.
Fiquei sem saber como responder, o clima parecia ter mudado repentinamente. Suguru parecia triste de alguma forma, não que eu tenha entendido alguma coisa do que ele disse, é difícil pra minha cabecinha processar metáforas.
- Não precisa responder - ele falou cortando o clima desagradável. - Que nível medíocre eu cheguei ao ponto de desabafar com uma criança... Ah Suguru, você está terminando de ficar louco.
Faço um pequeno carinho de consolação na sua cabeça. Eu posso até gostar de deixá-lo irritado às vezes, mas ainda aprecio sua companhia.
- Posso te contar um segredo? - Suguru apenas consentiu com a cabeça sem deixar de prestar atenção no caminho. - Eu te acho mais bonito que o Gojo.
Isso foi o suficiente para o moreno esboçar em seus lábios um pequeno riso, o comentário parecia tê-lo deixado alegre novamente.
- Mas voltando ao Gojo - Mordo meu lábio inferior. - Se ele estivesse aqui diria: Quem mente vai pro inferno.