抖阴社区

02

49.1K 1.9K 228
                                        

Talibã🥇

"O filme é bom pá quem não viu os bastidores."

Pô, bagulho loucão né ? Em um dia você tá sendo humilhado pelo gerente de uma loja, no outro você pode comprar aquela loja toda.

O mundo da volta pá caralho, entrei nessa vida por diversão não, minha coroa passava necessidades, pau no cu do meu pai era um drogado, deixou minha coroa com duas crianças.

Bagulho foi doido por muito tempo, consegui pagar a faculdade da minha menor, consigo mandar dinheiro pra minha mãe todo mês, ou toda semana.

Dei tudo de bom pra as mulheres da minha vida. Pensar que amanhã eu não posso acordar vivo, e acaba deixando minhas prioridades aqui.

Entrei nessa vida foi por necessidade. Também não me abelo quando vejo esses menino bom de terno. Aqui na favela, menino bom é quem anda com o fuzil nas costas e arma na cintura.

Cuidando da segurança dos moradores.

Comecei como vendedor de balinha, depois como vapor e agora ? Sou dono dessa porra toda.

Maria Julia🧜🏽‍♀️

Coringa insistiu em me levar pra casa, mais eu recusei. Quero evitar conflitos.

É melhor assim, o Marcelo não ia gostar nada disso. Eu só queria ficar em paz, sem discussões, sem nada. Isso é um pouco difícil quando se mora com a porra de um drogado.

Chego em casa já avistando o Marcelo drogado, tranco tudo e já observo os olhares dele sob mim.

Marcelo: Onde você tava ? - Ele perguntou me olhando

Maju: Na casa de uma amiga - Menti

Marcelo: Uma hora dessas ?

Maju: Olha Marcelo, eu não te devo satisfação - Dou as costas pra ele

Marcelo: Você me deve satisfação sim, mora de baixo do meu teto - Ele disse agarrando meus pulsos

Maju: Quem paga a porra dessa casa sou eu, e solta o meu braço - Puxo meu braço

Marcelo: Cê foi se encontra com aquele traficante de merda né ? Diz Maria Júlia - Ele se altera

Maju: Que traficante ? Hein ? - Me altero também - Diz Marcelo

Marcelo: Eu vi, eu vi você subindo na moto do filho da puta do seu, traficantizinho de merda

Maju: Ah claro, você foi lá na boca comprar sua droga né ? Por isso - Cuspi as palavras na cara dele - Seu drogado de merda - Digo e sinto meu rosto arder, ele havia me batido. Não era a primeira vez.

Marcelo: Drogado é seu irmãozinho, você tá igual a sua mãe mesmo. Se tornando uma putinha igual a ela - Ele diz

Maju: Nunca mais fale da minha mãe, NUNCA MAIS - Digo entrando no quarto

Nesse momento eu me permitia chora, chora por tudo, pelo Marcelo, pela falta da minha mãe, por não estar do lado do meu irmão.

Eu só queria o colo da minha mãezinha, ela me deixou tão cedo e derrepente. Não consegui me despedir dela.

Maju: Mãe ? A senhora tá aí ? Tá olhando por mim ? - Sinto as lágrimas descer - Tá tudo tão difícil aqui mãe, o Marcelo vive me tratando com uma putinha dele, eu sinto falta do Henrique, do Lucca e nesse momento eu só queria tá com vocês. Somente eu, eles e a senhora - Olho nossa foto - Volte pra mim por favor, amor da minha vida.

Pego meu celular na esperança do Coringa está acordado.

Maju: Atendi, por favor - Digo olhando pra tela do meu celular

Coringa não havia atendido, eu só queria conversar.

Saio do quarto e entro na sala, vendo o Marcelo completamente drogado.

Marcelo: Vai pra onde ? Vai atrás do seu traficante ? - Ele perguntou levantando

Maju: Vai se foder, Marcelo - Pego o carregador e entro no quarto

Marcelo: Não se manda um homem se foder - Ele diz entrando no quarto

Maju: E você é um homem de verdade ? - Pergunto o olhando

Marcelo: Eu posso te provar isso agora - Ele diz vindo até mim

Maju: Não se aproxima, você está drogado - Digo colocando meu celular no carregador

Marcelo: Eu não tou não - Ele diz me prensando na cama

Maju: Marcelo, você está me machucando. - Digo tentando me soltar

Marcelo: Deixa eu cheirar seu pescoço - Ele diz sugando meu pescoço - Sinto falta disso

Maju: Marcelo, para por favor - Digo com falta de ar, não consigo respirar, por favor - Ele me soltou - Não encostar mais suas mãos em mim

Marcelo: Depois a gente continua - Ele diz saindo

Maju: Filho da puta, filho da puta - Comecei a chorar, nesse momento eu me permitia fazer rabisco em meu pulso.

Pego uma gilete que tinha na gaveta e faço alguns cortes. Eu prometi pro Coringa que não ia mais fazer isso ? Sim, mais é impossível.

Eu não queria ficar em casa, não queria ter que olhar na cara do Marcelo, não queria dormir alí.

Meu irmão não atendia, não tinha praticamente amizade nenhuma alí.

A única pessoa que tinha era a Victória, Henrique me levou até lá, hoje mais cedo.

[Continuação no próximo cap]

No Complexo Do Alem?o Onde histórias criam vida. Descubra agora