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17. nightmare is real

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Todos começaram a se afastar, deixando a tensão no ar ainda mais palpável. Atlas, Josh, Mark e Tigrinha desapareceram entre as árvores, cada um com seu próprio olhar uns de diversão, outros de preocupação.

- Boa sorte, Galadriel. - Tigrinha disse, ao sair, virou a cabeça para mim com uma expressão resignada. Não houve ironia em sua voz, apenas um reconhecimento amargo de que eu precisaria de mais do que coragem para enfrentar o que viria.

Peter ainda estava no mesmo lugar, pressionando o ferimento em seu braço, o sangue manchando sua camisa, mas ele parecia não se importar. Seus olhos estavam fixos no corte, o semblante duro, como se estivesse calculando algo. O silêncio entre nós era sufocante, mas eu sabia que não podia deixar isso assim.

Respirei fundo e me aproximei, as mãos trêmulas, mas a determinação me impulsionando.

- Peter, - chamei, tentando soar firme, mas minha voz saiu hesitante. - Eu... eu só estava tentando...

Antes que pudesse terminar a frase, ele se levantou de uma vez, avançando em minha direção com uma rapidez que me fez dar um passo para trás. Seus dedos se fecharam ao redor do meu pescoço com uma força bruta, me puxando para mais perto. A raiva em seus olhos era feroz, algo quase animalesco.

- O que caralho você estava pensando? - Ele rosnou, a voz baixa e ameaçadora, apertando ainda mais minha garganta. - Enfrentar Atlas? Você tem ideia do que acabou de fazer?

Eu lutei para respirar, meus olhos arregalados, mas mesmo assim, algo em mim se recusava a ceder. Mesmo com a pressão esmagadora em minha garganta, encontrei forças para responder, embora a voz saísse ofegante.

- Eu não... eu não vou deixar vocês me controlarem. Não tenho medo de você, Peter, e nem dele. - A provocação, mesmo que dita com dificuldade, fez os olhos dele brilharem ainda mais de raiva. Ele apertou o meu pescoço com mais força, a respiração dele saindo pesada e descontrolada.

- Você é mais estúpida do que eu pensei, - ele murmurou entre dentes, claramente no limite.

Mas eu não podia parar. Algo em mim insistia em desafiá-lo, mesmo que a lógica gritasse o contrário.

- Você acha que pode me quebrar, mas não pode, - eu continuei, minha visão ficando turva, mas a coragem teimosa me mantinha falando. - Eu sou mais forte do que você imagina.

Peter bufou com força, seus olhos queimando de fúria. Então, com um movimento brusco, ele me empurrou contra uma árvore próxima, com tanta força que o impacto me deixou sem ar por um instante. A dor se espalhou pelas minhas costas, mas eu me mantive de pé, mesmo que mal conseguisse respirar.

- Você não faz ideia do que está fazendo, - ele disse, a voz um misto de raiva e frustração. - E eu vou te ensinar o que realmente significa sobreviver aqui.

Eu sabia que tinha passado dos limites, mas o medo não me dominava mais. A adrenalina corria nas minhas veias, e mesmo sabendo que estava à beira de uma punição severa, eu não me arrependeria. Se Peter queria me dobrar, ele precisaria se esforçar muito mais.

Peter se aproximou novamente, seus olhos brilhando com algo mais sombrio do que apenas raiva. Ele ficou em silêncio por um momento, me encarando, a sombra dele se agitando de forma sinistra ao redor.

- Corra. - Ele falou com uma frieza cortante, eu sabia que a tempestade ainda estava por vir.

Eu franzi o cenho, confusa, tentando entender o que ele estava planejando.

- Eu disse… corra, - ele repetiu, a voz fria e baixa. - Porque quem vai te caçar não sou eu... vai ser minha sombra. - Ele deu um passo para trás, a escuridão ao redor dele se tornando mais densa, como se estivesse se preparando para se desprender de sua forma. - Reze, Galadriel. Reze muito. Porque se ela te pegar, não vai ser nem um pouco gentil.

Piratas em Neverland - Peter Pan Onde histórias criam vida. Descubra agora