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Após nove meses do t?o esperado retorno de Mabel Hall ao País das Maravilhas, ela apenas desejava seguir normalmente com sua vida no reino humano, na tentativa de esquecer, por um tempo...
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Eu não consigo impedir essa energia terrível
É isso aí, acho bom ter medo de mim
Quem está no controle?
Halsey – Control
No dia seguinte, levantei da cama em um salto ao ouvir objetos se quebrando.
— UM RATO! — O grito de Ye-Eun vinha da cozinha. Ah, não. Tive que pular e ir descalça mesmo até a direção da confusão, sentindo a pulsação acelerar quanto mais chegava perto. Assim que minha visão embaçada se ajustou à luz matinal, deparei-me com algo que me recusava a ver.
Parecia a cena de um filme: Chessir estava com a nossa geladeira aberta, parado e com boca melada de chocolate, nos encarando assustado como se não tivesse sido pego no flagra. Outra garrafa de calda doce estava derrubada.
— Não fui eu.
Meus olhos confusos se direcionam a Ye-Eun e Chung Ho, e papai estava pronto para agredir o Rábido com uma vassoura.
— Não! — Meu grito agudo o impediu de fazer o pior. Mamãe estava por trás de papai, apertando seus dois ombros com precisão na tentativa de acalmá-lo. Dei a Chessir um olhar fulminante. Por que fez aquilo?Por que não tomou cuidado? Eu quis dizer. E, o mais importante, por que ele não se movia?
— Saia daqui — eu disse, cerrando os dentes. — Saia daqui, agora!
Chessir derrapou as patas no solo, assustado, e correu saltitando para pular a janela da cozinha.
Eu desviei o olhar dos meus pais, enterrando as mãos no rosto. Aquilo era um pesadelo.
— O que significa isso? — murmurou Chung Ho. — Eu te fiz uma pergunta, Mabel. O que era aquilo?
Eu tentei falar, mas as palavras travaram na língua. O feitiço estava se voltando contra o feiticeiro. Antes era eu quem inventava mentiras, mas agora havia me tornado a principal refém delas.