A DIFFERENT TALE?, once upon a time

05

— Normalmente, eu acabo no chão. — disse Elias com um sorriso irônico.

— Mentira, você não — retrucou Emma.

— Se eu tiver sorte o suficiente, consigo o sofá — respondeu ele, olhando para a irmã.

Emma revirou os olhos para o gêmeo. — E você tem sorte de ainda conseguir isso — retrucou o irmão e logo olhou de volta para Mary Margaret para responder sua proposta anterior. — Valeu, mas a gente não é muito do tipo "colega de quarto". Nunca foi nossa praia. Nos viramos melhor sozinhos — explicou ela, e Elias assentiu, concordando.

— Bom, boa noite então — despediu-se Mary Margaret.

— É... boa noite — disse Emma.

Mary Margaret olhou para Elias.

— Boa sorte com o Henry — desejou ela.

— Obrigado — respondeu ele, e Mary Margaret foi embora.

Emma olhou para o irmão.

— Vou buscar chocolate quente. Continua procurando algum lugar, tá? — disse ela.

— Você tá mesmo me deixando sozinho no carro que eu detesto? — perguntou Elias.

— Tô sim — disse Emma, virando-se e se afastando.

[...]

No hospital, a classe da qual Mary Margaret era professora corria de um lado para o outro quando Nadia entrou na ala onde eles estavam.

— Nadia, obrigada por ajudar a gente — disse Mary Margaret.

— Imagina, é um prazer — respondeu ela, caminhando até o grupo de crianças.

— Olá, senhorita Humbert! — disseram as crianças em coro.

— Oi, turma! — comprimenta ela — Que tal começarmos a pendurar essas decorações? — sugere Nadia, sorrindo.

Mary Margaret, que até o momento estava de olho no grupo, percebe então Henry dentro do quarto onde estava o paciente conhecido como John Doe. Ele estava prestes a tocar o rosto do homem quando ela entrou.

— Henry! — ela chamou, e ele se virou para a professora — Nós realmente poderiamos usar sua ajuda com as decorações — disse Mary Margaret.

— O senhor Doe vai ficar bem, senhorita Blanchard? — perguntou o garoto, preocupado.

— O nome dele não é John Doe, querido — disse ela, aproximando-se — Esse é só o nome que dão quando não sabem quem a pessoa é.

— Você sabe quem ele é? — perguntou Henry.

— Não faço ideia. Só trago flores pra ele nas minhas rondas — respondeu Mary Margaret.

— O que aconteceu com ele? — quis saber Henry.

— Não sei. Ele tá assim desde que comeceu a fazer trabalho voluntário aqui — disse ela.