Trem bala
Resmunguei quando senti alguém me cutucando, dei um tapa na pessoa me virando pro outro lado.
Mas acordei na hora quando senti o tapa no meu braço, abri os olhos com o pé pequeno no meu rosto, e a cara do farrat bem na minha frente.
Farrat: Eu tô saindo, quando você ou o gael acordar que provavelmente vai ser difícil, me liga. -Balancei a cabeça sem entender, fecho os olhos tirando o pé da criança do meu rosto, senti um lábios gelado no meu, que logo foi retirado.-
Me enrolei todo por causa do frio, o quarto tá gelado pra cacete e eu fiquei sem lençol umas três vezes na madrugada.
O gael parecia que estava sambando na cama, sem caô, ele rodou a cama na madrugada, acordei uma hora com ele agarrado nos meus pés.
Não sei que horas era, mas acordei com um braço fino e pequeno enrolando no meu pescoço me agarrado, cocei os olhos olhando pro teto tentando processar.
Olhei pro lado encontrando Gael dormindo, ele estava agarrado no meu pescoço enquanto uma perna tava em cima de mim. Puxei ele mais pra mim o abraçando, fiquei quietinho com os olhos fechados sentindo a respiração dele que me fez dormir de volta.
Quando acordei, foi com o pequeno me olhando, ele me deu um sorriso fofo que fez eu retribuir na hora. Me afastei sentando na cama, soltei um bocejo olhando pra ele.
– Nos dormiu pra caramba, teu pai deve achar que nós dois morreu.- Peguei meu celular na mesinha do lado, olhei a hora, tomou um susto, uma hora da tarde mané.- Vish, já passou a hora do café da manhã.
Gael: Assistir. -Levantei da cama sem entender.-
– Tu quer assistir? -Ele balançou a cabeça,mas eu nego.- Agora não pô, deixa passar uns minutos que eu coloco algo, tu acabou de acordar e é ruim pra ti. Desse jeito, vai ficar ceguinho igual teu pai.
Ele fez cara de choro, coloco as mãos na cintura olhando pra ele.
– Que coisa feia, pode ser assim não, ser mimado não leva a nada. Bora tomar uma água e ir pra casa dos outros comer, depender de mim, nós dois vai ficar com fome.
Peguei ele no braço levando pra cozinha, tomei água e dei um pouco pra ele, voltei pro quarto ligando a TV e fui abrindo as portas do guarda-roupa do farrat.
Em uma parte só, tinha um monte de coisa de criança, fralda, roupa, sandália, e uma parte específica onde só tava perfume, creme de pele, shampoo, condicionador,sabonete,uma escova e pasta pequena de criança.
– Sem neurose, Anderson pode ser tudo, menos um péssimo pai. -Olho pras coisas todas arrumadinhas e organizadinha.- Se esse porra fosse mulher, eu fazia questão de menter um gêmeos nele. Com todo respeito, Gael.
Beijei sua bochecha pegando uma toalha do homem aranha, peguei a pasta e a escova que estava no guarda-roupa e fui pro banheiro. Deixei ele em cima do vaso começando a escovar os dentes dele e fui escovar o meu também. Vou ficar com bafo por acaso?
Tirei a fralda dele que tava pesada de mijo, imagina se ele não usasse? A mijada era grande na cama.
– Meu irmão, tu mija em, chega tá pesada mano. -Joguei a fralda no lixo, procurei a toalha que eu estava usando antes.- Espera uns dez segundos que eu vou pegar uma toalha pra mim, não desce.
Gael: Tá! -Semicerro os olhos e saio rápido indo pegar uma toalha, fui em um pé e voltei no outro.-
– Vem. -Estendi os braços e ele veio, abri a porta do box novo que o Farrat colocou já que o maluco tinha quebrado.-
