O morro estava barulhento com o som do baile e as pessoas que conversavam entre si, mulheres novas e velhas descendo até o chão na pista sem vergonha nenhuma de mostrar a calcinha pra quem quisesse ver. Esse bagulho de mina mais nova mostrar o rabo no meio de uma multidão de homem que nem disfarçava olhando me fazia revirar os olhos.
Dou a última tragada no baseado e levanto da linha cadeira no camarote indo até a grade vendo a movimentação, bato meus olhos em um branquinho todo tatuado com cara de marrento e com o fuzil na mão esperando os cara que estavam brigando se explicar.
Pago minha pistola e saio do camarote com dois na minha cola, papo de segurança mesmo.
– Bora caralho, tu vai me explicar essa porra lá atrás. Falou falou essa porra mas fica igual uma rapariga gaguejando.
Quando me aproximo escuto o branquinho falar e quando ele vira bate de frente comigo que balança a cabeça e eu toco em seu ombro.
Vejo os dois que estavam sendo segurados me olharem com medo e eu abro um sorriso instantaneamente.
– Qual é a da bagunça aqui? Tive que descer pra resolver essa porra.
– Patrão, o bn tava levando esses vagabundo pra trás pra eles se explicarem, não são homem não esses filho da puta.
– Então bora, se for pouca merda morre os dois.
Caminhamos em silêncio pra fora do baile e vejo os olhares de todo mundo em mim e nos caras, fecho a cara e passo na frente guiando eles até um lugar onde a música estava baixa e só tinha uma baixa iluminação do poste.
– Bn, quero que tu resolva essa porra.
Ele concorda com a cabeça e se aproxima dos vagabundo que estavam em pé na frente de uma parede, dessa vez sem ninguém segurar. Eles sabem que se correr é pior.
– Manda o papo aí juninho, tu não disse nada que preste lá no baile quero entender tá ligado? – O branquinho fala de cara fechada e apontando o dedo na cara do junior se aproximando dele, lambo os lábios discretamente com sua pose.
– Esse pau no cu que começou, 'tava olhando pra minha mulher na cara de pau, ele tá ligado que além de ser minha esposa é mina direita.
– Tão direita que 'tá em baile rebolando o cu pra todo macho que passa, você é a porra de um corno. – o outro fala sem ninguém dar a palavra a ele.
Cruzo os braços esperando alguma reação do bn.
Ele dá um tapa forte na cara do intrometido que tropeça pra trás, se não fosse a parede tinha caído. Abro um sorriso.
– Mandei você falar caralho? Citei teu vulgo nesse parada aqui?
O cara não diz nada e só baixa a cabeça.
– Tô falando com você lipão! tá surdo?
– Foi mal, não vai acontecer denovo.
– Continua Junior. – Ele pega o fuzil mas não aponta.
– Eu vi na hora ele encarando ela e fui logo pra cima mermo tá ligado? se eu descobrir de alguma coisa morre ele e ela.
Eu 'tava quieto até o momento que ele falou isso, pego minha arma e fico do lado do bn que me encara.
– Marcando o cara na minha frente, tem medo não né juninho? tá se confiando em quem no bagulho? – vejo a cara dele se transformar em medo. Ele sabe que comigo não tem papo de conversa igual tá tendo com bn.
– Em ninguém playboy, mas você tá ligado que esse bagulho não é pra ser nem discutido assim.
– Tá querendo dizer o que com isso?
– Lipão tá merecendo um corretivo, e eu que vou dar.
– Você vai dar é um jeito na tua mulher, quer deixar ela rebolar manda fazer isso na tua casa pra isso não acontecer denovo no meu baile, tô zero paciência. – digo e pego um pedaço de madeira entregando pra ele. – Quero que você seja homem nessa porra, as mina sabe qual postura tem que ter.
Olho pro digho que entendeu de primeira e saiu, voltou dois minutos depois puxando o cabelo da mulher do junior e jogando ela no chão.
– Pode começar.
Vejo ele encarar o pau na sua mão e encarar a kelly que estava no chão, mas agora chorando. Olho pro meu lado e vejo bn pegar um bolado e acender tragando e soltando a fumaça pra cima e olhando pra onde ele estava.
– Patrão te deu uma missão junior, tá tilt? Quer que eu te mostre como se faz? – Ele se aproxima fazendo kelly se arrastar pra trás.
A mina é bonita mas vacila demais, já chegou em mim que ela recebe em casa um mano do junior que é envolvido, e só tem um jeito de resolver isso.
– Não dá bn, irmão você me conhece! qual que foi? tá me desmerecendo demais.
Arqueio a sobrancelha e estalo a língua já cansado desse papo.
– Corretivo nos três que vão ficar pra varrer o baile, e casa pra vocês cabou o plantão.
Viro as costas e vou até meu carro abrindo e indo direto pra casa, já tô alto da bebida e a brisa tá batendo legal.

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No morro
FanfictionPlayboy mesmo sendo dono do morro tem sua vida calma na medida do possível, até se ver atraído pelo seu parceiro mais fiel.