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II. Unwritten

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A enxurrada de informações me atingiu com a força de uma tempestade, e minhas pernas fraquejaram, como se o peso de tudo o que estava sendo revelado fosse demais para suportar. Antes que eu pudesse cair, um dos meus primos, o mais alto entre eles, se aproximou, os braços se estendendo rapidamente para me amparar. Com uma força cuidadosa, ele me guiou até o sofá, me acomodando ali. Seus olhos estavam repletos de uma preocupação sincera.

— Está tudo bem? — A voz dele, suave, carregada de uma leve hesitação, parecia se perder no turbilhão de pensamentos que tomava conta da minha mente. — Quer que o Khao traga uma água para você?

Eu não conseguia formar palavras. Apenas consegui balbuciar, com um esforço visível, um fraco:

— P-pode ser...

Ele se afastou rapidamente, e eu fiquei ali, tentando encontrar algum sentido naquelas palavras, nas emoções que me atropelavam. Enquanto isso, Namjoon se aproximou. A sua presença era calma. Ele não falava rápido, como eu esperava, mas com uma paciência que parecia invadir o ambiente, como se estivesse esperando que eu o seguisse no ritmo do momento.

— Eu sei que tudo isso deve ser um choque. Eu também fiquei surpreso, admito, ao saber que seus pais nunca me mencionaram — disse, sua voz serena, mas com uma carga de sinceridade — Mas sou eu quem está aqui agora. Sou eu quem foi designado como contato para cuidar de você, caso algo acontecesse com eles.

Eu o olhei em silêncio, como se as palavras não tivessem ainda encontrado seu lugar. Era difícil assimilar o que ele estava dizendo, o que estava acontecendo. A mente ainda me traía, resistindo em aceitar que eu estava, de alguma forma, jogado em um mar desconhecido, sem saber se iria me afogar ou nadar.

Nesse momento, Khaotung entrou novamente, trazendo um copo de água. Ele me estendeu o copo sem pressa, mas eu não hesitei. Peguei com rapidez e bebi de uma só vez, sentindo o líquido gelado percorrer minha garganta, mas ainda assim não conseguindo afastar o peso da angústia. A água, apesar de fria, não era capaz de apagar o incêndio que me consumia por dentro.

Namjoon não se afastou, permaneceu ali, ao meu lado, esperando, como se soubesse que as palavras vinham em pedaços e a decisão não poderia ser forçada. Ele observou meu silêncio, mas não se apressou.

— Você já é maior de idade, portanto não tem nenhuma obrigação legal de ficar comigo, claro. — Ele falou com uma sinceridade quase palpável, como se estivesse oferecendo uma verdade simples, mas que tinha o poder de mudar tudo. — Mas eu gostaria de propor que venha morar conosco. Queremos ser sua família agora, queremos ser o apoio que você precisa neste momento.

A proposta estava ali, clara, diante de mim, como um novo caminho a ser escolhido. Eu poderia rejeitar, poderia me afastar, mas a ideia de ficar sozinho me corroía por dentro. O que seria de mim sem uma mão que me guiasse? Mas a proposta de recomeçar, de aceitar um novo lar, parecia tão grande, tão difícil de abraçar.

Ele notou minha hesitação, e a voz dele se suavizou, mais uma vez buscando não me pressionar.

— Se precisar de tempo para pensar, sem problema — ele disse — Mas mas não queremos que fique e se sinta sozinho, não é bom para sua mente, não faz bem para o seu coração, especialmente em momentos como este.

Eu estava perdido. Vi tanto desmoronar, que não sabia mais como seguir em frente. Talvez eu precisasse de tempo, talvez fosse essa a resposta. Mas o vazio que se formava dentro de mim parecia querer me consumir, e as palavras dele estavam tentando me alcançar, me convencer de que havia, sim, uma chance de recomeçar. Eu só não sabia se estava pronto para isso.

Quando Máfias Colidem - JJk + PJmOnde histórias criam vida. Descubra agora