抖阴社区

Capítulo 11

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Mesmo com todos conversando e se divertindo, Mal ainda se sentia desconfortável com o que havia acontecido com a avó de Audrey. Por mais que tentasse se encaixar, parecia impossível. Ela sabia que era diferente de todos à sua volta. Não importava o que fizesse, sempre seria vista como a filha de Malévola.

Suspirando, Mal se levantou.

Vou tomar um ar.

Sem esperar por respostas, afastou-se da mesa e saiu do grupo.

Ben percebeu sua saída e, preocupado, foi atrás dela.

Aonde vai? — Ele perguntou ao alcançá-la. — Tá todo mundo curtindo a festa. Não vai embora, vai?

Mal soltou uma risada sem humor, cruzando os braços.

Curtindo a festa? Eu fiz uma senhora desmaiar! Você tem ideia do que é isso? — Seu tom estava carregado de frustração. — Não, não tem.

Ben respirou fundo antes de responder.

Mal, você não precisa se sentir assim. Ela já é idosa, tem suas crenças e não entende as coisas como nós. Era óbvio que ela reagiria desse jeito. Mas isso não significa que você é igual à sua mãe.

As palavras de Ben ecoaram na mente de Mal. Ser uma pessoa melhor e deixar o passado para trás… ou seguir os planos de sua mãe e ter o orgulho dela?

O conflito pesava sobre sua consciência, mas um pensamento de rancor rapidamente tomou conta.

Eles sempre vão me ver como a filha de Malévola. Nunca vão me enxergar como uma pessoa normal... Eu vou roubar a varinha.

Respirando fundo, Mal forçou um sorriso e assentiu.

Você tem razão. Tá tudo bem.

Ben pareceu aliviado com sua resposta e a guiou de volta para a festa. Mas, dentro de si, Mal já estava decidida. Ela roubaria a varinha. E faria sua mãe se orgulhar.

Na mesa, Evie percebeu algo estranho. Como amiga de Mal há anos, ela sabia exatamente o que estava passando pela cabeça dela.

Ela olhou discretamente para Carlos e Jay, movendo os lábios sem emitir som:

Ela realmente vai roubar a varinha.

Jay trocou um olhar rápido com Carlos, e os dois assentiram levemente. Sem chamar atenção, os três se levantaram e deixaram a mesa, despedindo-se rapidamente de Aurelyn e Lonnie. Mas as duas não eram bobas. Elas entenderam o que estava acontecendo.

Aurelyn ficou em silêncio, apenas observando seus amigos saírem. Já Lonnie, sempre perspicaz, entendeu o que estava acontecendo, mas decidiu não se envolver. Ela não queria se meter nos problemas do grupo.

Aurelyn, eu vou ficar com meus pais. Até depois. — Lonnie se despediu e seguiu seu caminho.

Aurelyn suspirou e se levantou também. Com passos calmos, caminhou até a mesa onde seus pais estavam. Assim que chegou, encontrou Audrey de braços cruzados e expressão emburrada. Já esperava uma reclamação.

Eu não acredito que você preferiu ficar com a filha da Malévola em vez de ajudar a vovó! Ela é sua família, a Mal não! Você tem ideia de como isso pode afetá-la? Sabia qu

Antes que pudesse terminar, Aurora a interrompeu com um tom calmo, porém firme:

Basta, Audrey. Aurelyn sabe o que faz. Você não precisa dar ordens a ela. E, por favor, perca essa expressão. Estamos em família.

Aurelyn sorriu de leve e se sentou. A conversa seguiu, sem mais discussões.

Mais tarde, no dormitório...

Carlos, Evie, Jay e Mal estavam reunidos, sentados em círculo. O plano de roubar a varinha durante a coroação de Ben era o assunto principal, mas o entusiasmo já não era o mesmo de antes. Todos pareciam hesitantes. Eles estavam gostando de Auradon. Sabiam que qualquer erro poderia mandá-los de volta para a Ilha dos Perdidos.

Evie quebrou o silêncio primeiro.

Mal, eu estive pensando muito sobre isso... Eu gosto daqui. Não quero ir embora.

Jay trocou um olhar rápido com Carlos e logo expressou sua opinião:

Eu também não quero roubar a varinha.

Carlos suspirou, parecendo pensativo.

Digo o mesmo… Antes, eu tinha certeza, mas agora…

Mal ficou em silêncio, absorvendo as palavras dos amigos. Aos poucos, a ideia de roubar a varinha parecia se dissipar de sua mente.

Eu entendo vocês. — Ela murmurou, desviando o olhar. — E, pra ser sincera, eu também estou começando a pensar diferente...

Os três a encararam atentos.

Eu sempre quis o orgulho da minha mãe. Mas agora… acho que é hora de pensar em mim primeiro. Chega de viver para ela.

Seu tom era sério, mas carregava um quê de tristeza. Pela primeira vez, Mal começava a se libertar do peso do nome de Malévola.

Amanhã é a coroação do Ben, não posso fazer isso com ele e nem comigo...

Um conto N?o t?o de FadasOnde histórias criam vida. Descubra agora