A visão turva denunciava o quanto o pequeno garoto havia chorado. Sentia um calor intenso e sua sede apenas aumentava.
- Papai.. - A voz saiu baixa e trêmula, vendo o homem à sua frente ensanguentado e machucado, com os pés e as mãos amarradas à cadeira, igualmente ao garotinho ruivo.
Aquele lugar fedia. Um odor pesado, o esperado de um local abandonado próximo a um lixão.
- Park.. Cuide da mamãe. - O homem falou, sua voz cada vez mais fraca, e mesmo nessas condições, ele tentou sorrir para o menino, mas o que conseguiu foi lhe entregar um sorriso triste.
Os olhos de Park se inundaram mais uma vez, não demorando para que voltasse a chorar.
Mas antes que pudesse dizer algo, a principal fonte daquilo entrou na sala novamente.
Park não sabia quem era ele e porque estava fazendo aquilo com seu pai.
Sentia os braços doerem pelo nó forte nos braços, mas o homem não sentia pena de envolver um garoto tão jovem naquilo.
- E então? Irá falar? - A voz do homem alto se fez presente, fazendo Park tremer naquela cadeira, abaixando o olhar.
- Eu nunca iria falar. Você não merece.- Hyeon, pai de Jimin diz, com a voz mais lenta.
- Se está tão difícil negociar com você, Hyeon, talvez seu filho seja mais sensato. Crianças costumam ser mais... maleáveis. - O homem disse com escárnio, caminhando até o garoto. Park abaixou a cabeça instintivamente diante os olhos negros do homem.
Era assustador.
- Não envolva meu filho, Dunna! - Mesmo enfraquecido, o pai de Park gritou, mas as palavras foram ignoradas.
Dunna agachou-se na frente do garoto ruivo, um sorriso sinistro nos lábios.
- Vai ajudar o titio? - O tom zombeteiro fez Park fungar baixinho, mantendo-se em silêncio. Mas Dunna não era paciente. Ele agarrou o maxilar do garoto com força, arrancando um pequeno gemido de dor. - Não vai? Então vou dar um incentivo. - Com um movimento lento e ameaçador, ele tirou um canivete do bolso, balançando-o na frente de Jimin.
- Enfia no seu cu. - A resposta saiu alta e clara, surpreendendo o homem à sua frente.
E mesmo enfraquecido, Hyeon largou uma risada baixa, era assim que ele queria ter a última imagem do seu filho. Alguém forte.
O garoto, pequeno e aparentemente frágil, revelou uma força inesperada. Dunna hesitou por um instante, mas logo o soltou com brutalidade, voltando-se para Hyeon. Sua paciência havia se esgotado.
Apesar de ter apenas seus dez - Quase onze - anos, sua criação era diferente. Muito diferente.
Dunna levantou-se levantou antes de pegar a arma em sua cintura, destravando-a antes de apontar para o pai do pequeno.
O homem mal esboçava reação, devido a tortura que havia sofrido naquelas horas, diante de seu filho. Não lutaria. Hyeon decidiu morrer do que ter seu filho o vendo fraco daquele jeito.
E sabia que Park Jimin era forte.
- Preste bem atenção, pirralho. Você é o próximo. - E sem deixar com que o avermelhado se pronunciasse, apertou o gatilho.
O som do disparo ecoou pela sala, mas foi o silêncio que se seguiu que abalou Park. Seu corpo tremeu, as lágrimas deslizaram pelas bochechas, e o mundo pareceu desaparecer. Sua mente se desligou da realidade.
Ele sentiu como se uma parte de si tivesse sido tirada. Seu mundo havia desaparecido.
Com os olhos arregalados e o ouvido zunindo, estava fora de si. Havia "desligado" Era como se estivesse espectando sua vida de longe, espectando

VOC? EST? LENDO
Como roubar um Mafioso | JIKOOK
ActionPark Jimin cresceu carregando o fardo de ter testemunhado a morte de uma das pessoas mais importantes de sua vida, bem diante dos seus olhos. Sentia-se fraco e indefeso naquela posi??o, e foi assim que decidiu que nunca mais se sentiria dessa forma...