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SEGUNDA CHANCE | Capítulo 06
2025 ꧖. "Ligação Noturna"

Estudos em neuropsicologia mostram que o cérebro humano, especialmente na amígdala que é capaz de captar estímulos e perigos antes mesmo de compreendê-los racionalmente

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Estudos em neuropsicologia mostram que o cérebro humano, especialmente na amígdala que é capaz de captar estímulos e perigos antes mesmo de compreendê-los racionalmente. É ela quem dispara o alarme. Quem aciona o corpo para reagir antes do pensamento.

Pesquisas da Universidade de Stanford indicam que a amígdala pode interpretar sinais de ameaça em menos de 13 milissegundos. Tempo insuficiente até mesmo para que a razão se manifeste.

Ou seja: há momentos em que não pensamos. Só sentimos. Só reagimos.

Esse mecanismo primitivo é o que os cientistas chamam de resposta de ameaça subcortical ⎯⎯ quando o cérebro identifica um risco antes mesmo que saibamos nomeá-lo. Um som fora do ritmo. Um vulto rápido demais. Um arrepio que não veio do vento. É um instinto antigo, quase animal.

E no caso de Peter Parker, esse instinto ganhou forma. Tom. Ritmo.

Seu cérebro não apenas identificava o perigo ⎯⎯ ele zumbia. Como uma onda de estática pressionando os tímpanos. O famoso "sentido-aranha". Um termo simplificado para descrever um processo cerebral que mescla memória muscular, sensibilidade tátil e percepção de padrões.

E naquela noite ⎯⎯ entre as grelhas de ventilação, o ruído abafado de um gerador e um grupo de pombos que voou cedo demais ⎯⎯ Peter sentiu.

O alerta veio como um arrepio quente na nuca.

O sentido-aranha disparou com a força de um alarme de incêndio. Um espasmo elétrico subiu pela espinha de Peter como se alguém tivesse acendido uma luz no fundo do cérebro. Ele congelou no meio do salto, planando entre dois prédios.

Ele girou nos fios entre as fachadas molhadas de fuligem e néon, atento. As ruas abaixo estavam quietas demais para uma terça-feira. Dava pra ouvir o zumbido das geladeiras de mercado e o som abafado de uma sirene ao longe. Mas ali, naquele beco estreito que se escondia entre os esqueletos de prédios esquecidos, algo... dançava.

Literalmente.

Ela surgiu com um giro que parecia arrancado de um filme. O salto partiu do topo de um toldo antigo, e quando pousou sobre o cabo de aço de um fio telefônico estendido entre dois prédios, o equilíbrio foi perfeito demais pra ser coincidência.

Peter pousou silenciosamente sobre a lateral de um edifício, escondido entre o concreto rachado e a fuligem. Ela se movia como quem conhecia cada polegada do céu noturno. Corpo inclinado, pés descalços sobre o metal, cabelo branco amarrado num rabo de cavalo que tremulava como seda sob a luz pálida de um poste quebrado. A roupa ⎯⎯ se é que se podia chamar aquilo de roupa ⎯⎯ era um uniforme tecnológico colado ao corpo, preto com detalhes prateados, ajustado para combate. Ombreiras, joelheiras, manoplas metálicas. E a máscara moldada em um preto fosco recortava os olhos como uma lâmina. Um sorriso descansava nos lábios dela, como se estivesse se divertindo com o mundo. Ou talvez com quem a observava.

SEGUNDA CHANCE | peter parker.Onde histórias criam vida. Descubra agora