Presa a um mafioso - com Min Yoongi

Dois Corações, Duas Vidas

O relógio marcava 03:27 da manhã quando os gritos ecoaram pela sala de parto particular da clínica. O ambiente, embora moderno e preparado, estava carregado de tensão e emoção. Yoongi segurava com força a mão de S/N, seu rosto suado e seus olhos aflitos acompanhando cada movimento da equipe médica.

— Você está indo muito bem, amor — disse ele, tentando manter a voz firme, mesmo com o coração acelerado. — Só mais um pouco, você consegue.

S/N ofegava, os olhos entreabertos e o rosto contraído de dor. Apesar do sofrimento, ela não soltava a mão dele.

— Se você falar “só mais um pouco” de novo, eu te mato — ela resmungou entre os dentes, arrancando uma risada nervosa dele.

A médica anunciou animada:

— Já vejo a cabecinha do primeiro! Força, S/N!

Ela gritou, apertando a mão de Yoongi com tanta força que ele quase perdeu a sensibilidade. E então… o choro. Um som alto, cheio de vida, rasgou o silêncio da sala.

— É um menino! — disse a médica, envolta na emoção.

S/N chorava, Yoongi também. Os olhos dele estavam grudados naquele pequeno ser que agora chorava em meio às luzes frias e aos toques delicados da equipe.

— Falta um, meu amor. A gente consegue — sussurrou Yoongi, beijando sua testa.

Com mais algumas contrações, suor e lágrimas, o segundo bebê veio ao mundo. Um segundo choro, mais suave, mas não menos poderoso. Yoongi levou a mão à boca, tentando conter a emoção.

— Dois meninos… eles estão aqui.

S/N virou o rosto na direção dele, exausta, mas com o sorriso mais genuíno que já tinha dado na vida.

— Eles são perfeitos.

Yoongi se aproximou quando os médicos colocaram os dois recém-nascidos sobre o colo dela. Ele os encarava como se o mundo tivesse parado ali.

— Eles são a prova de que o amor vence até no meio do caos — ele disse, baixo, com lágrimas nos olhos. — Min Haneul e Min Haru.

S/N sorriu, acariciando a cabeça de um deles.

— Céu e Dia. Porque mesmo no nosso mundo escuro, eles são a luz.

E naquele momento, com os gêmeos nos braços, S/N e Yoongi não eram mais apenas um casal. Eram uma família.

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Seis anos haviam se passado desde aquela noite em que o choro de dois meninos preencheu a sala de parto e mudou a vida de Min Yoongi e S/N para sempre.

A mansão, antes conhecida como o coração da máfia sul-coreana, agora era um lar onde a paz — mesmo que relativa — reinava. O poder ainda existia, os negócios ainda giravam nas sombras, mas o ambiente era mais leve, mais humano.

O jardim estava decorado com balões azuis, mesas de doces e brinquedos espalhados por todos os cantos. Era o aniversário de seis anos de Min Haneul e Min Haru, os gêmeos que, com seus sorrisos travessos e olhos atentos, tinham o temperamento dos pais e a coragem herdada de um passado de guerra.

S/N organizava os últimos detalhes ao lado de Lisa, Rose e Jisoo, todas agora com alianças nas mãos e vidas entrelaçadas com os homens que um dia juraram lealdade a Min Yoongi.

— Ei, onde estão as velas do bolo? — perguntou Rose, rindo ao ver que Haru tentava roubar um brigadeiro escondido.

— Se depender desses dois, o bolo nem vai chegar inteiro na mesa — brincou Jennie, ajeitando o vestido da sua filha, uma garotinha de cabelos escuros e olhos intensos, fruto de seu amor com Taehyung.