A casa de campo de Colin e Marina aos arredores de Richmond, era rodeada por jardins floridos e cercada de silêncio. Era um lugar ideal para escapar da sociedade londrina - e, mais importante, para esconder os olhos cansados de Marina Thompson, agora Bridgerton.
Na manhã cinzenta daquela quinta-feira, Marina escrevia à Lady Featherington solicitando a autorização para que Penélope passase unsbdias com ela, servindovde dama de companhia.
"Lady Featherington,
Gostaria que autorizasse Penélope1 passar alguns dias comigo no campo. Preciso de companhia - de alguém que me veja com olhos gentis, sempre nutri muita estima por sua companhia.
Com carinho, Marina."A carta, delicada em aparência, escondia intenções mais profundas. Marina não escrevera apenas por saudade. Ela precisava de Penélope ali, precisava que Colin a enxergasse. Precisava reverter o dano que causou antes que fosse tarde demais.
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Penélope chegou dois dias depois, mudada, na aparência e na personalidade, nao usava amarelo como de costume, seu vestido era verde-musgo e usava um poncho de pele para se proteger do vento gélido do campo. Seus olhos, antes suaves, estavam mais duros do que Marina se lembrava. Ela a abraçou, mas sem o mesmo calor de outros tempos.
- Pen, estou tão feliz que veio. - Marina segurou suas mãos com força, como se tivesse medo que a prima desaparecesse.
- Achei que precisava de uma companhia... feminina. - Penélope respondeu, o tom cuidadoso. - E minha mãe quase me obrigou a vir, acredito que para ela não quer ter trabalho comigo.
Colin observava de longe, encostado no batente da porta que dava para o jardim. Havia algo de estranho em ver Penélope ali - uma nostalgia dolorosa, como a lembrança de uma música esquecida. Tentou se aproximar, mas ela desviou o olhar.
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Durante o chá da tarde, Marina retirou-se mais cedo, queixando-se de dores de cabeça. Penélope e Colin ficaram sozinhos na varanda. O silêncio se estendeu como uma cortina entre os dois, até que Colin, impaciente, quebrou-o.
- Você parece zangada.
Penélope continuou com o rosto em direção ao jardim.
- Eu estou. Mas isso não deve importar, não é?
- Pen... - a voz dele era hesitante. - Eu queria te agradecer por ter vindo. Marina tem estado muito...
- Infeliz? - ela cortou, os olhos fixos nas folhas que dançavam com o vento. - Assim como você.
Colin a encarou, surpreso. Penélope nunca fora cruel, mas havia uma acidez em suas palavras que o desarmava.
- Eu sei o que está pensando - ele disse, mais baixo. - Que fui cego. E fui. Você me avisou. Você tentou me mostrar que ela amava outro homem...
- E você não quis ouvir. - A voz dela agora tremia. - Você queria um propósito, uma causa para lutar, um gesto nobre. Então se jogou de cabeça numa mentira porque parecia mais romântica do que a verdade que eu te ofereci.
Colin sentiu o golpe. Doeu mais do que esperava.
- Eu não queria te magoar, Penélope.
Ela riu, seca.
- Mas magoou mesmo assim, achei que fosse sua amiga e amigos dão ouvidos um ao outro.
Ele se aproximou um passo, cauteloso.
- Não posso mudar o que fiz. Mas posso pedir uma chance... de consertar, de... entender.
Ela o olhou pela primeira vez. Havia lágrimas contidas nos olhos azuis céu.

VOC? EST? LENDO
It was always you
RomanceColin se casa com Marina, descobre a verdade sobre seu casamento e a atitude que achava ser correta. Perde sua melhor amiga por suas próprias escolhas. E se vê diante da verdade que evitou por tanto tempo: seu cora??o pertence a alguém que sempre es...