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Capítulo 2 - Espinhos no Jardim

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A casa de campo de Colin e Marina aos arredores de Richmond, era rodeada por jardins floridos e cercada de silêncio. Era um lugar ideal para escapar da sociedade londrina - e, mais importante, para esconder os olhos cansados de Marina Thompson, agora Bridgerton.

Na manhã cinzenta daquela quinta-feira, Marina escrevia à Lady Featherington solicitando a autorização para que Penélope passase unsbdias com ela, servindovde dama de companhia.

"Lady Featherington,
Gostaria que autorizasse Penélope1 passar alguns dias comigo no campo. Preciso de companhia - de alguém que me veja com olhos gentis, sempre nutri muita estima por sua companhia.
Com carinho, Marina."

A carta, delicada em aparência, escondia intenções mais profundas. Marina não escrevera apenas por saudade. Ela precisava de Penélope ali, precisava que Colin a enxergasse. Precisava reverter o dano que causou antes que fosse tarde demais.

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Penélope chegou dois dias depois, mudada, na aparência e na personalidade, nao usava amarelo como de costume, seu vestido era verde-musgo e usava um poncho de pele para se proteger do vento gélido do campo. Seus olhos, antes suaves, estavam mais duros do que Marina se lembrava. Ela a abraçou, mas sem o mesmo calor de outros tempos.

- Pen, estou tão feliz que veio. - Marina segurou suas mãos com força, como se tivesse medo que a prima desaparecesse.

- Achei que precisava de uma companhia... feminina. - Penélope respondeu, o tom cuidadoso. - E minha mãe quase me obrigou a vir, acredito que para ela não quer ter trabalho comigo.

Colin observava de longe, encostado no batente da porta que dava para o jardim. Havia algo de estranho em ver Penélope ali - uma nostalgia dolorosa, como a lembrança de uma música esquecida. Tentou se aproximar, mas ela desviou o olhar.

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Durante o chá da tarde, Marina retirou-se mais cedo, queixando-se de dores de cabeça. Penélope e Colin ficaram sozinhos na varanda. O silêncio se estendeu como uma cortina entre os dois, até que Colin, impaciente, quebrou-o.

- Você parece zangada.

Penélope continuou com o rosto em direção ao jardim.

- Eu estou. Mas isso não deve importar, não é?

- Pen... - a voz dele era hesitante. - Eu queria te agradecer por ter vindo. Marina tem estado muito...

- Infeliz? - ela cortou, os olhos fixos nas folhas que dançavam com o vento. - Assim como você.

Colin a encarou, surpreso. Penélope nunca fora cruel, mas havia uma acidez em suas palavras que o desarmava.

- Eu sei o que está pensando - ele disse, mais baixo. - Que fui cego. E fui. Você me avisou. Você tentou me mostrar que ela amava outro homem...

- E você não quis ouvir. - A voz dela agora tremia. - Você queria um propósito, uma causa para lutar, um gesto nobre. Então se jogou de cabeça numa mentira porque parecia mais romântica do que a verdade que eu te ofereci.

Colin sentiu o golpe. Doeu mais do que esperava.

- Eu não queria te magoar, Penélope.

Ela riu, seca.

- Mas magoou mesmo assim, achei que fosse sua amiga e amigos dão ouvidos um ao outro.

Ele se aproximou um passo, cauteloso.

- Não posso mudar o que fiz. Mas posso pedir uma chance... de consertar, de... entender.

Ela o olhou pela primeira vez. Havia lágrimas contidas nos olhos azuis céu.

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