Lucas Lacerda gutierréz dias
Depois de um tempo, o Matheus já tava com a Antonella, meu pai e minha mãe sentados nas cadeiras debaixo da sombra, trocando conversa fiada. A Maria Cecília tava na beirinha da piscina com a Maria Antônia no colo, as duas brincando com a água, enquanto o sol batia bonito ali.
Me aproximei devagar, sentei na beirada e fiquei só observando. A pequena ria alto e batia os pezinhos, toda animada.
De repente, ela esticou os bracinhos na minha direção de novo, como se pedisse pra vir comigo. Antonella riu lá do fundo e soltou:
— Ih, acho que tem alguém querendo o dindo dentro da piscina agora, viu?
— Sério isso? — resmungo, já entrando na borda . — Nem pra me deixar aproveitar a carne direito...
Cecília olha pra mim, segurando o riso.
— Se ela quer, você não vai negar, né? — provoca, com aquele ar divertido que ela faz questão de usar quando tem plateia.
Entro na piscina devagar por causa do frio da água, e ela ri baixinho. Chego perto, estendo os braços e Cecília me entrega a Maria Antônia, com aquele cuidado de mãe que ela já tem com a menina. A pequena se joga toda em mim e segura meu pescoço, feliz da vida.
— Pronto, agora sim — falo, andando com ela pela piscina. — A Maria Antônia mandou, o dindo obedece.
Maria Cecília continua ali pertinho, agora apoiada no braço da borda. Nossos olhares se cruzam por um segundo, e eu disfarço brincando com a bebê.
Maria Cecília Duarte Casagrande
Já era umas cinco e meia da tarde quando acordei de um cochilo gostoso. Depois do almoço e da piscina, todo mundo acabou achando um cantinho pela casa pra descansar um pouco — aquele soninho pós-sol que ninguém resiste.
Me espreguicei devagar, levantei e vesti uma calça jeans que eu já tinha trazido de casa. Peguei emprestada uma bota da Antonella e uma blusa que ela mesma já tinha separado pra mim outro dia. O clima tava começando a esfriar de leve, e eu tava precisando de um momento só meu.
Desci e encontrei o tio Álvaro perto do galpão. Perguntei se eu podia dar uma volta rápida com um dos cavalos pela fazenda, e ele logo sorriu, como sempre gentil.
— Claro, Cecília. Vai te fazer bem. Quer que eu peça pra selarem um pra você?— Se puder, tio, agradeço demais.

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A ?ltima Pessoa Que Eu Amaria
Teen Fiction[+16] Lucas Lacerda tem quase 30 anos e uma vida que parece ter tudo no lugar. Mas, por trás da fachada de sucesso, ele vive empurrando um relacionamento fracassado, sem coragem de terminar o que já acabou há muito tempo. Ele tenta ignorar, tenta se...