????? || Liza Stark é agente da S.H.I.E.L.D. e uma herdeira bilionária, lidando com mil coisas ao mesmo tempo e estando mais sozinha do que nunca.
Mas quando é quase assassinada pelo Soldado Invernal, sua vida é virada de cabe?a para baixo e e...
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Escritório do Tony Stark, 2010
O cheiro nauseante da colônia que Tony passou em excesso chega no quarto antes que ele mesmo o faça.
Ele realmente acha que esses óculos escuros o deixam bonito?
"Me ligando no meio da semana pedindo para me encontrar? Tá tão estranho que já estou suspeitando de uma tentativa de assassinato. É melhor você tomar cuidado, porque meus investigadores pessoais são os melhores."
"Se eu quisesse mesmo te matar, nem me daria ao trabalho de fazer pessoalmente. Você tá assistindo muito Shakespeare."
"Ok, agora que já eliminamos a possibilidade de fratricídio, quero saber porque me chamou."
Dou um sorrisinho de canto. Mas ele percebe. Ele sempre percebe.
"Aconteceu alguma coisa," ele diz, se sentando com mais seriedade. "Fala."
Pego meu tablet e deslizo a tela até abrir o sistema MARCOS, também conhecido como Monitoramento Avançado de Rastreio e Controle Operacional Stark. O acrônimo é cortesia de meu irmão, que é obcecado por siglas criativas.
"Lembra no ano passado quando eu tive o acidente? Tinha uma mulher comigo."
"Claro que lembro. Os doutores me falaram que você não estava sozinha. E falaram que quem se acidentou pior foi você. Ela ficou bem."
Nego com a cabeça.
"Eu acho que não. Você chegou a ver ela?"
Ele não parece estar convencido, mas não me contraria.
"Não."
"É. Eu também não." Digo. Ficamos em silêncio.
Abro meu computador e sincronizo com a tela do tablet, deixando as telas parecendo uma extensão da outra.
"Sabe que isso é loucura, não sabe?"
É. Eu sei.
"Mas você tem como a rastrear, não tem?" Pergunto. Já sei a resposta.
"Claro que tenho, Capitão Gancho." Reviro os olhos. Não vou responder a esse tipo de futilidade.
O sistema começa a varrer as informações. A ficha de Jess aparece, como esperado: Agente de nível quatro. Última missão: Praga, República Tcheca. Status: Ativa.
"Viu? Está viva. Segura com vodka e sotaques agarrados."
Eu não teria tanta certeza.
Pego um fone de ouvido grande e preto na minha mochila. Conecto ao computador e ouço a frequência de tradução da missão.
É um costume antigo da S.H.I.E.L.D., herança dos tempos de Segunda Guerra Mundial. Hoje, esse código não é mais escutado com frequência. Claro, todos nós aprendemos a decodificar antes de entrar para a organização. Mas ainda sim é um tanto descartável quando se pode ler o relatório.
