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I. Nove Escolas Em Cinco Anos?

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| Garota do Blog |

Boa noite, excluídos e aberrações.
Achavam que o semestre em Nevermore seria apenas mais um desfile de garras afiadas, poções entediantes e escândalos reciclados? Pensem de novo.

Wednesday Addams acaba de pousar em nossos corredores góticos como um corvo em noite de tempestade - e já está deixando um rastro de calafrios por onde passa.

A nova garota parece ter saído diretamente de um conto de Edgar Allan Poe. Seus longos cabelos negros trançados caem sobre os ombros, criando uma moldura para um rosto pálido, mas sempre com um toque de mistério.

Uma beleza inimaginável, como uma escultura de Bernini. Mas não se enganem pela aparência macabra, pois W.A. é muito mais do que apenas uma fachada sombria.

A primogênita dos Addams foi expulsa de sua antiga escola por liberar piranhas na piscina durante o treino de polo aquático. E o resultado disso? Quatro atletas castrados e um novo recorde de trauma aquático. Wednesday não brinca em serviço - aliás, ela não brinca. Ponto.

E se vocês pensam que ela vai se encaixar em nossos círculos sombrios, pensem de novo. Ela não quer amigos. Ela quer enigmas. E, com seu olhar clínico e sorriso ausente, já está farejando todos os segredos sujos que vocês enterraram no bosque.

Apostem suas moedas amaldiçoadas, criaturas. Porque se tem uma coisa certa nesta escola, é que nada permanece enterrado para sempre - e Wednesday Addams está prestes a desenterrar tudo. Com estilo, sarcasmo e uma pá metafórica (ou talvez não tão metafórica assim).

|Vocês sabem que me amam.
XOXO - Garota do Blog! ♡ |

Pisquei lentamente após ler o celular de Martin. O desgosto veio mais rápido do que a morte do primeiro rato de Pubert. Eu ainda não havia chegado no manicômio, mas a energia dos adolescentes inseguros já estava dentro do carro.

In Dreams, de Roy Orbison, tocava no rádio. A frequência era tão ruim quanto a voz de meu pai, Gomez, cantando.

- À noite mágica. Digo suavemente. -

- Uma oração silenciosa. - Morticia, minha mãe juntou-se a ele, entrelaçando os dedos e quase engolindo meu pai com os olhos. - Com a qual sonhei. E durmo só para sonhar com você. -

Os corvos bateram no para-brisa, fazendo Pugsley dar um pulo em seu lugar.

- Eu me lembro que você disse adeus. - Os dois se encararam apaixonadamente e se beijaram com selvageria.

- Vocês me dão ânsia. Não de um jeito bom. - Martin destacou com seu sotaque francês característico, dando mais um longo gole em seu café.

- Não é tão ruim, Wednesday. - Minha mãe tentou me convencer.

- Nevermore é um lugar mágico, Wandinha. Você vai adorar! - Meu pai sorriu.

- Por que você gostou? Não me interessa seguir o seu caminho. -

- Querida, a culpa não é
minha se você foi expulsa de
oito escolas em cinco anos! -

E, logo, Nevermore seria a nona.

Nos afastávamos cada vez mais das grades enormes e pontiagudas para enfim nos aproximarmos dos muros de pedra e dos adolescentes mal humorados.

- O dia está lindo, não está? - Minha mãe suspirou, tentando esquecer o conflito.

A relva úmida que cobria o chão diante parecia mais um tapete verde-musgo estendido para um funeral. De fato. Se não fosse pela infelicidade de estar ali, a caminho do hospício, seria um dia muito bonito.

Are You Mine? (Wenclair, PT-BR)Onde histórias criam vida. Descubra agora