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XXIV: Depois de Você

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Boa leitura

Após aquela péssima conversa com Jeongguk, Taehyung voltou para casa completamente despedaçado. Mal conseguia enxergar o caminho entre as lágrimas que turvavam sua visão. Cada passo parecia pesar uma tonelada, como se o mundo tivesse desabado sobre seus ombros.

Assim que entrou, subiu direto para o quarto e trancou a porta, ignorando qualquer chamado dos pais. Desabou sobre a cama, abraçando o próprio travesseiro como se aquilo pudesse impedi-lo de se despedaçar por completo. Chorou como há muito tempo não chorava — um choro sufocado, desesperado, de dor crua e sem alívio.

Era como se seu corpo já não suportasse mais a tristeza. Estava exausto, desidratado, com a garganta arranhando de tanto soluçar. Seus dedos tremiam, os olhos ardiam, e o coração parecia implodir no peito. Tudo que ele conseguia pensar era no olhar quebrado de Jeongguk, nas palavras frias que ainda ecoavam em sua mente.

Eu nunca te amei, Taehyung...”

Taehyung apertou os olhos com força, como se isso pudesse apagar a lembrança. Mas não adiantava. Jeongguk estava em cada canto do quarto, em cada memória, em cada batida dolorosa do seu peito.

Ele queria gritar. Quebrar algo. Arrancar aquilo de dentro de si. Mas tudo que conseguia fazer era chorar.

E se perguntar, em silêncio, por que amar alguém doía tanto.
.

🎸🎸

.

Já havia se passado pouco mais de uma semana desde aquele dia, e Taehyung estava irreconhecível. Não ia para a escola, não comia direito e não saía do quarto. O loirinho parecia um fantasma dentro da própria casa — um corpo presente, mas uma alma ausente. Passava os dias encolhido sob os lençóis, olhando fixamente para o teto, como se buscasse respostas que nunca vinham.

Ele aceitava visitas, mas com a porta trancada entre ele e o resto do mundo. Nem sua mãe, nem seu pai conseguiam convencê-lo a abrir. Namjoon e Jimin tentaram inúmeras vezes, mas tudo que recebiam era um “estou bem” abafado, vindo de trás da madeira fria. A única vez que a maçaneta girava era para que ele saísse em silêncio até o banheiro ou para pegar algum lanche que deixavam do lado de fora. Mas mesmo isso estava se tornando raro.

O quarto, que antes era um espaço cheio de vida e risadas abafadas, agora era um túmulo de lembranças. O ar estava pesado, saturado com o cheiro de roupas não lavadas e tristeza acumulada. Taehyung não chorava mais.

Seus olhos estavam secos, como se já tivessem derramado tudo o que havia dentro dele. O peito, no entanto, continuava doendo. Uma dor profunda, silenciosa e constante — como se algo tivesse quebrado por dentro e nunca mais pudesse ser consertado.

Namjoon estava devastado com a situação. O mais velho rondava pela casa como um guardião impotente, dividido entre a raiva e a tristeza. Sabia o que havia acontecido — Jimin contou tudo, com os olhos vermelhos e o coração pesado.

Uma parte de Namjoon queria ir até Jeongguk, socar aquele idiota até que ele sentisse uma fração da dor que Taehyung estava sentindo. Mas outra parte... outra parte se lembrava do Jeon de antes.

Do garoto quieto, com os olhos cheios de segredos, que mesmo machucado fazia de tudo para proteger quem amava. E era isso que mais doía. Saber que Jeongguk amava Taehyung, e mesmo assim o destruiu.

Like a Rockstar  | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora